- FIM -

324 34 7
                                    


VEGAS


O DIA DO NOSSO CASAMENTO amanheceu claro e ensolarado sobre o lago de Como.

Recebemos 250 convidados vindos de todo o mundo para acompanhar as festividades na Mansão Maior, onde as reformas haviam sido concluídas bem a tempo de um exército de funcionários aparecer e transformá-la em um paraíso de luzes, flores e plantas pendentes.

A cerimônia foi realizada ao ar livre, no terraço mais alto da Mansão Maior com vista para o lago. O sol brilhava, forte e quente, enquanto, sob o caramanchão, eu esperava que Pete aparecesse.


– Não acredito que você vai casar. – O sussurro saiu do canto da boca de Macau. – Não achei que fosse realmente acontecer. Sei que disse para você lutar por ele, mas eu tinha certeza de que ele ia te chutar e...

– Cala a boca – respondi sem desfazer o sorriso. As câmeras estavam apontadas para nós e eu queria que as fotos ficassem perfeitas. – Fazer comentários inconvenientes não é o trabalho do padrinho.


Corri os olhos pela multidão, inquieto. Quase todos os convidados haviam confirmado presença. Avistei Dominic e Alessandra entre os Sathamrents e os Singhs, e a namorada de Christian, Stella, sentada ao lado da rainha Bridget e do príncipe Rhys de Eldorra. Surpreendentemente, meus pais também estavam presentes e haviam trocado suas roupas de praia habituais por trajes apropriados para a ocasião.

Meu olhar passou pelos Saengtham. Chan viera como acompanhante de Cecelia, mas havia sido destituído de todos os deveres atribuídos ao pai da noivo. Em vez disso, Cecelia levaria Pete até o altar. Era uma humilhação pública para alguém tão obcecado pela própria reputação, mas ele devia achar que não comparecer seria pior do que ir como convidado de um convidado.

Estava sentado ao lado do genro, sisudo, mas quieto. Pete tinha passado semanas angustiado, questionando-se se deveria convidá-lo, até que chegamos a um acordo. Ele estava preocupado em me chatear, mas eu já tinha deixado Chan no passado, onde se tornara uma mancha no espelho retrovisor.

Se Pete estivesse feliz, eu estava feliz.


– Deveria ser. Você não estaria aqui se não fosse por mim – comentou Macau, trazendo minha atenção de volta para ele, que soava muito satisfeito consigo mesmo. – Quem foi que te tirou da lama quando você estava lá chafurdando?

– Estou prestes a chafurdar você, se não calar a boca. - A pessoa que inventou irmãos mais novos merecia um lugar especial no inferno.

– Calem a boca, os dois – disse Christian, do outro lado de Macau. – Cacete, como irmãos são irritantes. Graças a Deus eu não tenho um.


Porra, amém.

Nop era o único padrinho com o bom senso de manter a boca fechada. Ele olhava fixamente para o arco, onde Agnes, Sloane e Isabella, as madrinhas, estavam paradas em vestidos rosa-claro.

Isabella ergueu as sobrancelhas para ele, que estreitou um pouco os olhos antes que os tons profundos e majestosos da marcha nupcial preenchessem o ar, fazendo com que Nop desviasse os olhos para o corredor.

Os convidados se levantaram em uníssono. Todos os pensamentos envolvendo irmãos irritantes e padrinhos igualmente irritantes cessaram quando Pete surgiu no final do corredor. Inferno, todos os pensamentos cessaram, ponto-final.

Rei Impetuoso - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora