VEGAS
EU NÃO PRECISAVA IR A WASHINGTON.
Poderia ter conduzido os negócios virtualmente, mas achei que seria bom me afastar do clima tenso em casa. Também aproveitei a oportunidade para conversar com Christian, que eu havia encarregado de um novo projeto, além de toda a questão envolvendo Chan.
Ele estava recostado no sofá à minha frente, o olhar frio. Estávamos na biblioteca de sua cobertura no centro da cidade, e havíamos passado a última hora falando sobre o Valhalla, negócios e segurança. Mas, a julgar por sua expressão, ele ainda estava chateado com o que havia acontecido no saguão mais cedo.
Eu tinha apenas beijado a mão de uma de suas vizinhas... em quem ele parecia particularmente interessado. Não era todo dia que eu via Christian Harper sofrendo por uma mulher, e eu jamais deixaria passar a chance de sacaneá-lo. Ele ia superar. Os dois nem sequer estavam namorando.
– Heath Arnett. CEO de uma startup de armazenamento em nuvem que vai abrir o capital no fim do ano – disse Christian, levantando uma sobrancelha. – Desde quando você liga para armazenamento em nuvem?
A menção ao nome de Heath acabou com toda a graça da reação de Christian a um simples beijo na mão. "Pensei em você à meia-noite. Com amor, Heath". Algo sombrio e indesejado serpenteou pelo meu peito.
– Não se faça de idiota. – Tomei o restante de minha bebida e coloquei o copo de cristal na mesinha ao lado. – Encontrou alguma coisa útil?
Eu tinha pedido a Christian para investigar o passado de Heath. Não demorou muito para que ele descobrisse o nome completo do homem, bem como tudo sobre seu trabalho, sua família e seus hobbies. Educação norte- americana padrão de classe média. Graduação em Columbia, onde Heath conheceu Pete. Uma carreira em ascensão como desenvolvedor de software antes de fundar uma startup que vinha se tornando um verdadeiro sucesso.
Mas essa era a superfície brilhante, o que estava à mostra. Eu queria os podres ocultos. Christian sorriu. Poucas coisas o animavam mais do que arrancar os esqueletos de alguém do armário.
– Há uma chance de ele estar envolvido em atividades questionáveis que levaram ao crescimento da empresa. Não é criminoso, mas questionável. O suficiente para afetar severamente o resultado do IPO.
– Ótimo. Dê um jeito nisso antes que eles abram o capital. - Estendi a mão para pegar a água ao lado do copo vazio de uísque, mas a bebida não foi suficiente para aliviar o fervilhar do meu sangue.
– Claro. – Christian me observou, um brilho curioso em seus olhos cor de âmbar. – Você não respondeu à minha pergunta. Por que se importa tanto com esse Heath? Não é possível que seja por ele ser ex-namorado da Pete. O homem por quem ele estava perdidamente apaixonado e que os pais dele o obrigaram a largar porque não vinha de uma família rica no nível da sua. – Christian girou a bebida no copo. – Ouvi dizer que ele mandou rosas para ele depois do Ano-Novo. Bem bonitas. - A quentura se intensificou.
– Ele sabe que Pete é meu noivo, e mesmo assim mandou flores para ele. É desrespeitoso.
Eu não tinha contado a Christian sobre o que houve no Valhalla Club e em Bali, nem sobre qualquer mudança ocorrida em meu relacionamento com Pete. Fornecer-lhe esse tipo de informação seria como entregar dinamite a uma criança com uma mente destrutiva. Infelizmente, o desgraçado tinha um radar assustadoramente preciso quando se tratava das fraquezas de outras pessoas.
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Rei Impetuoso - VEGASPETE
FanfictionPete Saengtham não tem planos de se casar, mas seus pais pensam diferente. Mesmo contra sua vontade acaba indo em um jantar obrigado por seus pais, e lá conhece o frio, calculista e sem saber vingativo Vegas Theerapanyakul, que só tem um objetivo na...