Capítulo24

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PETE

EU DEVERIA EMPURRÁ-LO.

Ainda não havíamos resolvido nossas questões, e nos beijarmos – ou mais do que isso – só complicaria as coisas.

Eu deveria empurrá-lo.

Mas não fiz isso. Enfiei os dedos no cabelo dele e sucumbi ao seu habilidoso ataque aos meus sentidos. Ao aperto firme na minha nuca. À pressão experiente de seus lábios. À maneira como o corpo de Vegas se moldava ao meu, puro músculo e calor.

Seus lábios roçavam os meus, quentes e exigentes. O prazer embaçou meus sentidos quando seu gosto intenso invadiu minha boca. Nosso beijo em Bali tinha sido apaixonado, mas impulsivo. Aquilo? Aquilo era feroz. Primitivo. Viciante.

As preocupações de mais cedo se dissolveram, transformando-se em nada, e instintivamente curvei o corpo na direção dele, buscando mais contato, mais calor, mais.

Havia beijado vários homens ao longo dos anos, mas nenhum deles jamais me beijara daquela maneira.

Como um conquistador decidido a derrubar minhas defesas. Como alguém em um deserto, me considerando sua última esperança de salvação.

Um suspiro suave escapou quando Vegas enganchou minhas pernas em volta de sua cintura e me carregou para fora da sala sem interromper nosso beijo. Vislumbres borrados de pinturas emolduradas e arandelas douradas passaram pela minha visão periférica enquanto ele nos conduzia pelo labirinto de corredores.

Quando chegamos ao seu quarto, ele chutou a porta para que ela fechasse atrás de nós e me colocou no chão, sua respiração tão irregular quanto a minha. Em qualquer outra circunstância, eu teria saboreado minha primeira visita a seu santuário particular, mas captei apenas um leve indício de carvalho caro e cinza-escuro antes de a boca de Vegas encontrar a minha outra vez.

Afastei o paletó de seus ombros enquanto ele abria o zíper da minha calça. Nossos movimentos eram frenéticos, quase desesperados, enquanto tirávamos as roupas um do outro. A camisa dele. Minha blusa. A calça dele. Todas as peças foram caindo, com trancos e puxões, deixando apenas calor e pele nua.

Nós nos separamos para que Vegas pudesse colocar a camisinha, e minha boca ficou seca diante daquela visão. Eu o tinha visto sem camisa em Bali, mas, de alguma maneira, aquilo era diferente. Seu corpo era esculpido com tanta perfeição que eu comecei a achar que encontraria a assinatura de Michelangelo escondida em seu abdômen definido.

Ombros largos. Peito musculoso. Pele bronzeada e uma leve camada de pelos pretos que se afunilavam até...

Meu Deus.

O pau dele se projetava, enorme e duro, e a simples ideia de tê-lo dentro de mim fez calafrios de apreensão e expectativa girarem em meu estômago. Não tinha como caber. Era impossível.

Quando finalmente voltei o olhar ao dele, os olhos de Vegas já estavam focados em mim, escuros e ardentes com um calor contido. Fogo derretido desceu pela minha coluna quando ele me girou de modo que sua ereção pressionasse a parte inferior das minhas costas.

Havia um espelho de corpo inteiro na parede à nossa frente, refletindo meus olhos brilhantes e minhas bochechas coradas enquanto Vegas tocava meu peitoral, apertando-os delicadamente e pressionando meus mamilos entre os dedos até que endurecessem.

Luxúria, expectativa e uma pitada de constrangimento se acumularam na minha barriga. Vê-lo explorar meu corpo, seu toque quase arrogante de tão seguro, era de alguma forma mais íntimo do que o sexo em si.


– Você não deveria ter deixado ele te tocar, mio caro. - A voz suave de Vegas me causou arrepios um segundo antes de ele beliscar com força meus mamilos entumecidos. Eu instintivamente estremeci com o choque de dor e prazer.

Rei Impetuoso - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora