Capítulo 32

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PETE


FUI EMBORA DE PARIS completamente extasiado.

Comida deliciosa. Roupas belíssimas. Sexo incrível. Havia trabalhado durante meu tempo lá, mas parecera mais férias do que algumas férias de verdade que já tive.

Além disso, o planejamento do Legacy Ball estava finalmente correndo bem, os preparativos do casamento também, e meu relacionamento com Vegas estava em seu melhor momento.

A vida era boa.


– Que coisa horrível – disse Sloane quando saímos do cinema. – O que foi aquela cena do avião? E a confissão de amor. Eu vomitaria se alguém me comparasse ao planeta Vênus, principalmente se a pessoa só me conhecesse há três semanas. Como alguém pode se apaixonar em três semanas? - Isabella e eu nos entreolhamos, achando graça. Tivéramos que adiar a noite de cinema devido à minha viagem a Paris, mas finalmente havíamos assistido à comédia romântica que Sloane tanto queria. Como já era esperado, ela odiou.

– O tempo funciona de maneira diferente na ficção – expliquei. – Você sabe que pode parar de ver esses filmes quando quiser, certo?

– É uma relação de amor e ódio, Pete. É terapêutico.

– Aham. - Eu e Isabella trocamos olhares novamente, depois viramos o rosto para que Sloane não pudesse perceber que estávamos rindo.

– Enfim, eu tenho que ir para casa e alimentar o Peixe antes que ele morra por minha culpa. – Do jeito que Sloane falava, parecia que aquela tarefa era equivalente a limpar os túneis do metrô com uma escova de dentes. – Já tenho problemas demais para ainda lidar com a morte de um bicho.


Ela havia ficado com o peixinho que o inquilino anterior de seu apartamento deixara para trás, mas se recusava a dar a ele um nome de verdade, pois sua presença na vida dela era "temporária".

Fazia mais de um ano.

No entanto, Isabella e eu sabíamos que era melhor não mencionar nada disso, então simplesmente lhe desejamos uma boa noite e fomos cada uma para um lado.

Parei no restaurante tailandês favorito de Vegas a caminho de casa. Greta estava em suas férias anuais na Itália, então precisaríamos nos virar sozinhos, em termos de alimentação, nas semanas seguintes.


– Vegas já está em casa? – perguntei a Edward quando voltei para a cobertura.

– Sim, senhor. Ele está no escritório.

– Ótimo. Obrigado.


Eu havia tentado fazer com que Edward me chamasse pelo primeiro nome quando me mudei, mas depois de dois meses acabei desistindo.

Bati na porta do escritório de Vegas e esperei seu "Pode entrar" antes de abrir.

Ele estava sentado à sua mesa, a testa franzida enquanto olhava para algo no monitor. Devia ter acabado de chegar em casa porque ainda estava com a roupa do trabalho.


– Ei. – Coloquei a comida em cima da mesa e o beijei na bochecha. – Já passou do horário de trabalho. Você deveria estar relaxando.

– Ainda não passou do horário de trabalho na Ásia. – Ele se afastou da mesa e esfregou a têmpora, então olhou para a sacola de comida sobre a mesa. – O que é isso?

– Jantar. – Havia vários recipientes de plástico, guardanapos e talheres. – Daquele tailandês que você tanto gosta. Eu não sabia ao certo o que você ia querer, então pedi pasteizinhos folhados, o frango com manjericão e... – Abri o último recipiente com um floreio. – A salada de pato clássica deles.

Rei Impetuoso - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora