Capítulo 53 - Eu vou ser pai!

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POR ARTHUR

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POR ARTHUR

Aqueles minutos pareceram horas. Eu estava ansioso, mas estava me acalmando mentalmente. Preciso ser forte caso ela não esteja grávida; não quero parecer triste para ela. Eu quero muito ter uma família com a Mel, mas não posso ditar o momento de ter filhos; isso tem que partir dela, e não sei se ela quer isso agora, se seria bom para ela. Mas não consigo esconder a minha empolgação com essa possibilidade.

Eu me sinto pronto para ser pai. Quero muito que isso aconteça e serei um pai presente, como o meu foi para mim. Farei tudo o que for preciso para que ela consiga estudar sem grandes dificuldades, se essa gravidez se confirmar.

— Está demorando muito, eu estou ansioso demais. — falo, andando de um lado para o outro.

— Eu também! Vai demorar muito aí dentro? — grita o Lucas, batendo na porta.

— Só eu estou achando que tudo está acontecendo rápido demais? — pergunta meu pai, pensativo.

— Eu tenho a sensação de que o trem do tempo me atropelou, passando por cima de mim e eu nem vi. — fala meu sogro, levando a todos a gargalhar.

Era exatamente isso. Em pouco mais de um mês, tanta coisa aconteceu que parece que se passaram anos inteiros, tamanha a intensidade do que vivemos.

— Eu tenho quase certeza de que a Bia está grávida. — diz Matheus, com um sorriso satisfeito.

— Por que tem tanta certeza? — pergunta meu pai.

— Não vou falar disso na frente dos meus sogros, pai. — responde, com um sorriso de lado. — Mas ela tem sintomas que me fazem desconfiar de gravidez.

— Já até sei o que é. — afirma meu sogro. — Se for igual à mãe dela, deve estar com um fogo do caralho. — fala, levando todos a gargalhar.

— EDUARDO! — repreende a Isadora, sorrindo.

— Estou mentindo, meu amor? Você tem fogo, mas grávida eu não tinha paz.

Todos gargalhamos ainda mais, e fico imaginando se seria possível um fogo maior do que ela já tem.

— Pode ser pelo sono excessivo dela também. Você só pensa em safadeza. — Isadora fala, dando um tapa em seu braço.

— Se fosse isso, ele não teria problema em falar, meu amor. — retruca, e dá um beijo na cabeça dela, que fecha os olhos o abraçando.

— Elas não ficaram presas no banheiro? — questiona Lucas, nervoso.

A porta do banheiro se abre e as três saem de lá com os olhos molhados de lágrimas, e meu coração dispara. Elas nos olham em silêncio, fazendo um suspense. Meu coração está batendo tão forte que parece que eu vou infartar a qualquer momento.

— E aí, meu amor? — pergunto, ansioso.

O silêncio permanece por alguns segundos, e todos olhávamos para elas com expectativa.

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