Capítulo 9 - Termimando a festa

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POR ARTHUR

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POR ARTHUR

DROGA! Odeio essa sensação de descontrole. Isso nunca acontece comigo, sou sempre tão dono das minhas emoções. Essa falta de controle está me deixando perturbado. Depois que a Mel saiu da cozinha para evitar que o Lucas entrasse aqui e nos pegasse em flagrante, fiquei atordoado.

O que estava acontecendo comigo? Eu estava agindo feito um adolescente idiota. Tenho que controlar meus impulsos. Por que não consigo me afastar dela?

Forcei a barra dizendo que a via como uma irmã. Obviamente, isso mudou hoje quando coloquei os meus olhos em cima dela nessa tarde. Mas não sabia o que falar, fiquei nervoso e usei a pior frase que poderia ter usado. Agora ela quer me enlouquecer, me fazer pagar por insinuar que não sinto atração por ela. O problema é que eu sinto, e muito.

Sentia um misto de sensações em meu corpo. Raiva por vê-la com o Thales, por insinuar querer que ele a desejasse, e um tesão incontrolável por ela. Se não fosse o Lucas, eu certamente a teria beijado. Provavelmente seria um caminho sem volta.

Dei um tempo para o meu corpo se acalmar. Voltei para onde todos estavam. Ela tinha voltado a dançar e, mais uma vez, não conseguia tirar os olhos dela. Minha situação dentro da calça estava bem complicada, quase impossível de disfarçar. Então fui para o meu apartamento, indo diretamente para a cozinha, tomar uma água gelada e para tentar acalmar meu amigo, que resolveu ficar só acordado hoje.

Logo ouvi uma voz feminina que entrou atrás de mim. Devo ter deixado a porta aberta.

— Oi Arthur! Estava com saudade de você, gato — falou manhosa, se insinuando. E consegui me lembrar de ter ficado com ela uma vez.

— Eu não! — falei, já cortando na raiz. Eu não vou ficar com ela de novo. Ela é muito interesseira.

— Poxa Arthur! Vai me tratar mal agora? — fez beicinho, se fingindo magoada.

— Não estou te tratando mal, só estou sendo sincero. É...?

— Sabrina, esqueceu?

— É que não costumo mesmo lembrar o nome das minhas fodas casuais — ela ficou sem graça, mas não desistiu.

— Eu bem que poderia ser mais que isso, se você quiser.

— Não quero! Foi uma foda, não vai acontecer de novo, Sandra — falo o seu nome errado de propósito.

— SABRINA! É SABRINA! Você é um grosso.

— Eu sei disso, e você bem que gostou quando ficou comigo, tanto que quer repetir. Todas gostam da minha grossura — falei com um sorriso safado. — Não me leve a mal, mas você não é especial a ponto de me fazer mudar por você. Já te falei, eu pego e não apego.

— Cretino... safado!

Ela virou as costas em direção à porta, e nesse momento meus olhos encontraram os olhos arregalados da Melissa, paralisada no meio da porta. A mulher passa esbarrando o ombro nos ombros dela, mas ela não se movimenta, a não ser um pouco com o ombro pelo choque com a garota que passou como um furacão.

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