O sol do da cidade maravilhosa parecia ter um brilho diferente, os raios preguiçosos que invadiam o quarto pela fresta da persiana acabaram despertando a brasileira, que particularmente não se considerava muito matinal, apesar de precisar ser produtiva no turno da manhã. Mas sorriu assim que se esticou em silêncio e viu os raios encontrarem com o pequeno diamante em seu anel de noivado. Estou noiva! O sorriso aumentou ainda mais quando olhou para o lado e a noiva dormia encolhida. Rebeca tentou se conter, ela pode dormir mais um pouco, mas o fato de não se aproximar parecia até mesmo criminoso.
— Ei, você me ama? — A brasileira perguntou baixinho e a menos apenas balançou a cabeça em afirmação e emitiu um "humrum."
A brasileira se virou apoiada no cotovelo e começou a beijar as pontas dos dedos da mão da menor, depois os pequenos calos da palma, o punho e parou na dobra do cotovelo, quando a menor se espreguiçou.
— Bom dia. — Rebeca falou baixinho e logo foi feita de travesseiro. Permaneceram deitadas e em silêncio, Simone respirava lentamente no pescoço da maior, que sentia arrepios por todo o corpo.
— Você tem um cheiro muito gostoso. — Biles falou com a voz rouca.
— Não vai responder o meu bom dia? — Rebeca perguntou sorrindo.
— Não, estou ignorando o fato de que já amanheceu e que precisamos sair da cama. — A menor falou e a maior sorriu.
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— Eu levo a sua mãe no aeroporto e depois te encontro no ginásio. — Simone falou enquanto bebia seu café.
— Sozinha? — Rebeca perguntou aflita.
— É o mais lógico, amor! Te deixamos no ginásio e vou levar ela, depois volto e a gente treina. — Simone falou convicta.
Rebeca se despediu de dona Rosa com um abraço apertado e mais uma vez, a mãe fez questão de parabenizar ambas pelo noivado, depois deu um beijo rápido e sorriu durante o ato ao perceber que a menor segurou sua nuca e deu um beijo rápido no seu queixo.
— Até mais. — Biles falou e novamente, confiou sua vida e os seus caminhos ao Waze.
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— E como foi a noite, hein, Bequinha? — Flávia perguntando e e movendo as sobrancelhas para cima e para baixo.
— Foi boa, Flávia... Tudo parece muito com um sonho, sabe? Sei que é clichê, mas nossa história é isso e a Simone faz umas coisas que me deixam fraca demais! — A brasileira admitiu e todas sentiram os efeitos de uma overdose de fofura.
— Posso ver o anel com calma, agora? — Lorrane pediu e a amiga estendeu a mão. — Caramba, a Simone fez o esboço disso num guardanapo de posto? — A carioca falou completamente impressionada.
— E vocês duvidando quando eu falei que tudo o que ela fazia era bem feito... — Flávia falou.
— E como você está, Rebe? — Jade perguntou.
— Eu estou nas nuvens. — Ela admitiu sorrindo.
— Pois trate de descer! Vamos começar o treino, pessoal! — Chico berrou, mas em seguida abraçou a mais recente noiva. — Estou feliz por vocês. — Ele falou baixinho.
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— Quando ele falou que seria um treino comemorativo, pensei que pegaria mais leve... — Jade falou enquanto davam a vigésima volta correndo.
— As bochechas da Flávia estão muito vermelhas, estou com medo que ela exploda. — Lorrane falou provocando a menor. — Boneco Fofão, você ainda respira?
— Chico, pelo amor de Deus, acabei de pedir a Rebeca em casamento, não posso morrer agora! — Simone falou sorrindo.
— Liberei vocês na sexta e acabei descobrindo que três comeram brownie com droga e as outras duas comeram besteira ontem, nada de moleza! Vamos! — Ele berrou de volta.
O treino seguiu pesado e depois as meninas foram para os aparelhos individuais. A todo momento, os olhos de Rebeca estavam em Simone. A brasileira ainda seguia intrigada com tamanha perfeição na hora de realizar os movimentos e os finais cravados. Chico seguia como uma mãe pata, olhando todas as suas crianças ao mesmo tempo.
— Você precisa juntar mais os pés na hora de passar de uma barra para outra. — Biles falou para a noiva na hora das paralelas.
— Exatamente! — Chico endossou.
Depois de finalizar o treino, Rebeca se sentou ao lado da noiva, que não passou muito tempo sentada, já que insistia em tentar lhe mostrar a forma correta de realizar o movimento, a brasileira queria muito realizar aquilo com perfeição, mas se encontrava num estado absurdo de desatenção. Todas as vezes que a ginasta americana se pendurava e os músculos do braço saltavam, a concentração de Rebeca saia correndo.
— A gente pode ficar e praticar mais alguns minutos, Chico? — Biles perguntou.
— Eu acho muito válido, mas tomem cuidado! Ao invés de irem para as barras, pratiquem as paradas de mão aqui no chão! — O treinador orientou.
Simone acompanhou o homem até o lado de fora e assim que ele foi embora, ela trancou a porta. Rebeca bebeu um gole do seu gatorade azul e logo voltou a prática. Começaram com movimentos simples, para estabilidade do ombro e em seguida, foram evoluindo para alguns mais complicados, mudando inclusive a estabilidade do solo. Biles fez questão de higienizar o colchão, para evitar escorregões por conta do suor.
— Bae, acho que não vou render muito mais que isso, hoje. — Rebeca falou e não conseguiu segurar o sorriso.
— O que há de tão engraçado? — Biles perguntou se aproximando.
— Não é engraçado, chega a ser infantil, na verdade. — Rebeca respondeu com a cabeça baixa.
— E o que é?
— E-eu não consigo me c-concentrar quando... Estou super focada e do nada vejo os seus braços desse tamanho. — A brasileira falou gesticulando com as mãos. — Aí eu me derreto toda. — Rebeca falou e suspirou, Simone apenas sorriu balançando a cabeça. É sério isso?
— Me desculpe... — Simone falou rindo. — Só tentei ajudar no movimento. — A americana falou rindo, mas parou assim que foi surpreendida pela namorada.
— Vem cá, vou te mostrar um movimento novo! — A brasileira falou deitando a menor contra o colchão.
— Ah, é? E qual é? — Simone perguntou entrelaçando os dedos na cintura da menor.
— O Andrade. — A brasileira respondeu entre beijos.
— Em breve ele será o Andrade Biles ou o Biles Andrade? — A menor perguntou, mas logo fez silêncio. Não é hora para pensar em muita coisa, é hora de aproveitar.
queria saber que chá foi esse que deram a essas duas para serem tão boiolas, quem for diabético saia pq as docinhos estão na área!
me atualizem aí se estão curtindo pfvvv
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Fora do Ginásio
FanfictionDurante o período olímpico tudo pode acontecer, inclusive, o inesperado. As duas maiores rivais da ginástica mundial se encontram e para a surpresa de todos, inclusive delas, o que saiu desse encontro foi algo diferente. Fora do ginásio, as coisas f...