Você precisa respirar

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Biles não havia calculado muito bem a surpresa. Levariam praticamente vinte e quatro horas para conseguirem chegar até às Maldivas. Vinte e quatro horas dentro de um avião? É um filme de terror? As ideias para se divertir dentro de um avião eram muito restritas e até Stop ela já tinha jogado com a esposa, que também já tinha feito de tudo para que ela não tomasse o Dramin, a brasileira também não queria passar horas sozinha. 

— Acho que todo mundo está dormindo agora. — Simone falou sussurrando e na opinião dela, aquele era o pior tipo de voo. Todos eram horríveis, mas voar a noite, com todo mundo dormindo e esse silêncio absurdo... Jesus Cristo, me ajuda.

— Esse voo foi um dos mais confortáveis que já fiz na vida! Literalmente estamos deitadas e já ofereceram todo tipo de comida e bebida, me sinto maravilhosa. — Rebeca sussurrou de volta. — Vou no banheiro e já venho! — A brasileira falou alguns minutos depois.

A cabeça da estadunidense não parava de trabalhar nem por um segundo. Como é possível um troço enorme desses voar? Tipo, entendo as questões de aerodinâmica, mas e todo o peso?  O avião está quase cheio e ainda tem as bagagens... Segurei uma mala da Rebeca e tem pelo menos uns quinze quilos, meu Deus. A ginasta não se deu conta, mas quando tornou do surto de pensamentos, estava de pé na porta do banheiro. Rebeca tomou um susto quando abriu a porta e foi empurrada para dentro de novo. 

— Amor? O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou e pela cara da esposa, sabia que a situação não era muito boa. A mulher estava pálida e com as mãos frias... Se isso for uma crise de ansiedade, não poderia ter chegado em hora pior! Acho que ainda temos umas nove horas de voo pela frente e já fizemos a conexão, então agora será sem pausas!

— Eu só estava pensando muito, muito mesmo e como é possível isso aqui tudo voar? — Biles falou apressada. — Tipo, não é uma loucura enorme? E se esse avião estiver pesado demais? Sei lá essas coisas podem cair...

— Você precisa respirar... — Rebeca até pensou em formular uma resposta, mas teve uma ideia brilhante. O banheiro era muito apertado e com um cálculo rápido, ela sabia que não conseguiria fazer muito, mas poderia fazer alguma coisa! Precisava fazer! E então, ela encarou a esposa e em seguida, a beijou. E de novo, e de novo, e de novo.

UAU. — Foi tudo o que Simone conseguiu falar enquanto respirava fundo. Mas Rebeca não parou por ali. Não queria parar! Aproveitou que o espaço era pouco e imprensou a menor contra a parede, que arfou quando a brasileira apalpou seu seio.  

— Babe... 

— Shhh... Você quer ir embora? — Rebeca perguntou baixinho e uma parte muito grande de seu peito torcia para que a resposta fosse não. Se sentiu cambaleante quando a esposa apenas sorriu negando com a cabeça.

Rebeca prontamente seguiu com os beijos e sua coxa já estava entre as da esposa. Sorriu quando Biles arquejou um pouco mais alto e em seguida tapou a boca alarmada. Se ela gemer alto estamos fritas... Vão nos colocar no chão de paraquedas. A brasileira seguiu provocando com beijos e mais beijos, abriu o zíper do casaco da menor e somente agradeceu por ela estar usando apenas uma regata branca por baixo. Com cuidado, a maior começou a explorar a pele por baixo da regata  e sabia que a esposa sentia cosquinha perto das costelas, aproveitou para dar uma provocada.

— Rebeca! — Biles falou sorrindo no meio do beijo. — Se eu gargalhar aqui, acabou! 

— Mas você não vai gargalhar por muito tempo. — Rebeca respondeu e enterrou os dedos na nuca da menor, em seguida, foi deslizando com a outra mão pelo cós da calça e Simone ficou na ponta dos pés para facilitar o trabalho da mulher, logo depois abriu o botão do jeans e o abaixou o máximo que conseguiu

Fora do GinásioOnde histórias criam vida. Descubra agora