Mon & Sam - Passado e Perdão

Capítulo 23 - Chamcham

Perspectiva de Sam

O resto do dia foi perfeito. Acabamos todos jantando numa esplanada, e as crianças não paravam de falar, especialmente Chai, ainda eufórico com a vitória no jogo. Quando a noite avançou, Mon e eu voltamos para casa com as crianças, ambos já dormindo, exaustos de tanto brincar. Nós duas nos jogamos no sofá, igualmente exaustas.

— Gostou do dia, Khun Sam? — Mon perguntou, esparramada no sofá.

— Adorei. Acho que foi um dos melhores dias da minha vida! — Respondi com um sorriso sincero. — Deixa ver, talvez o segundo melhor, não, o terceiro.

— Terceiro? — Ela me olhou curiosa, arqueando uma sobrancelha. — Você tem um top de dias preferidos? — perguntou, rindo.

— Tenho. — Admiti, sorrindo de volta. — O primeiro lugar é o nosso casamento e o segundo, nossa primeira vez.

Mon corou e se ajeitou no sofá, claramente sem jeito, mas com um sorriso adorável nos lábios.

— Gosto do seu top. — Ela disse, inclinando-se para me dar um beijo no rosto. — Vamos deitar? Estou exausta.

— Vamos. — Concordei, sorrindo.

Subimos juntas em direção ao corredor dos quartos, e eu não conseguia desviar os olhos de Mon enquanto ela subia as escadas. As calças jeans que ela usava realçavam cada curva de seu corpo, e meu coração começou a bater mais forte.

— Bem, vou colocar uma toalha no seu quarto e ajudar você a levar umas roupas. Amanhã a gente arruma seu roupeiro. — Disse ela com naturalidade.

Fiquei confusa.

— Meu quarto?

— Sim, não vai viver dormindo no sofá, né? — Ela respondeu, rindo, e eu finalmente percebi que ela estava falando do quarto de hóspedes.

Ela rapidamente se virou, um pouco envergonhada.

— Você prefere que eu fique no quarto de hóspedes para dormir no seu antigo quarto? Não me importo. Desculpa, não pensei que pudesse querer seu quarto de volta.

Na verdade, eu não me importava com qual quarto dormiria. O que eu realmente queria era estar perto dela. Mas percebi que talvez fosse cedo para Mon, e respeitei.

— O quarto de hóspedes está ótimo. — Respondi, tentando tranquilizá-la.

— Ok. — Ela sorriu, voltando a buscar as coisas que eu precisaria para passar a noite. — Amanhã é domingo, podíamos fazer algo com as crianças. Talvez algo mais ao seu gosto. O que gostaria de fazer?

— Qualquer coisa, Mon. Desde que esteja com vocês, estou feliz. — Respondi, abraçando-a com carinho.

Ela sorriu e me beijou a ponta do nariz, ficando pensativa por um momento.

— Podia nos levar para comer camarões do rio!

— Acho uma excelente ideia. — Disse, animada. — Eles nunca foram?

— Não. — Ela respondeu. — Só os levaria com você. É nosso lugar especial.

Ficamos alguns minutos abraçadas, nos olhando nos olhos, e meu olhar inevitavelmente caiu para seus lábios. Aqueles lábios rosados que sempre me deixavam louca. Assim que percebeu onde estava olhando...

— Vamos dormir? — Ela perguntou, quebrando o clima.

Nos afastamos suavemente.

— Vamos, Mon. — Peguei as roupas que ela tinha separado para mim e a deixei sozinha no nosso antigo quarto.