Perspectiva de Sam
Eu estava sentada na mesinha do jardim com Jim e Mon. Mon segurava minha mão com força, e eu simplesmente não conseguia desviar o olhar dela. Jim falava sem parar há mais de dez minutos, mas tudo que eu fazia era trocar olhares com Mon, perdida em pensamentos. "Como Mon é linda... Mal posso esperar para me deitar com ela de novo. Será que ela está cansada? Ou será que podemos transar mais um pouco antes de dormir?"
— E pronto, é isso. Nossos filhos estão transando um com o outro! — disse Jim de repente, me arrancando dos meus devaneios.
— O quê??? — finalmente prestei atenção no que ela dizia.
— Como assim? Isso não pode estar acontecendo! Chai é muito novo! — Mon exclamou, incrédula.
— Seu filho é mais velho! Com certeza está levando o Chai por maus caminhos! Jim, faça o favor de colocar juízo na cabeça do seu filho! — eu disse, quase sem conseguir conter a indignação.
Jim olhou para mim com as sobrancelhas erguidas.
— Olha, Sam, calma lá, viu? Precisa de dois para acontecer esse tipo de coisa! — rebateu Jim, também perdendo a paciência.
— Quem sabe ele pressionou o Chai! — retruquei, minha voz subindo de tom.
— Não admito que fale assim! Meu filho nem dizia que gostava de garotos! O seu é que sempre foi assumido! — Jim se defendeu, erguendo o dedo em minha direção.
Mon, tentando manter o controle da situação, interrompeu antes que a briga escalasse ainda mais.
— Calma, calma, vamos parar com essa discussão agora! — ela pediu com firmeza, tentando acalmar os ânimos. — Vamos chamá-los e conversar com eles.
— Isso! Chamamos e proibimos essa história na hora! — eu disse, convencida de que essa era a solução.
— Ah, claro, Sam. Vamos proibir dois adolescentes e esperar que eles nos obedeçam cegamente. Vai dar super certo. — Jim ironizou, revirando os olhos.
— Vamos ouvi-los primeiro e depois decidimos o que fazer, ok? — sugeriu Mon, mantendo a calma.
Seguimos até o carro de Jim, onde Kamal deveria estar esperando. Mas, ao abrir as portas, ele não estava mais lá.
— Onde está seu filho? — perguntei, já com raiva subindo pelo meu corpo.
— Ah, meu Deus... — murmurou Mon, apontando para a janela do quarto de Chai e Song.
A cena era quase inacreditável. Kamal estava pendurado na varanda do quarto, tentando entrar pela janela. Nós três cruzamos os braços, observando a ousadia do garoto, que conseguiu finalmente se esgueirar para dentro.
— Isso já é demais! — explodi, entrando na casa e subindo as escadas com passos furiosos.
Fui direto ao quarto dos meus filhos, mas no caminho fui interrompida por Song no corredor.
— Oi, mãe! — disse ela, colocando as mãos nos meus ombros, tentando me parar. — Estive pensando e preciso da sua ajuda com uma coisa na garagem.
Olhei para ela desconfiada.
— Song, eu não sou idiota. Me deixa passar! Eu sei que eles estão no quarto. — falei, tentando desviar dela, que continuava se colocando no meu caminho.
Finalmente, consegui passar por Song, que então começou a gritar desesperada:
— Não deu certo! Vistam-se!!!
Empurrei a porta do quarto e encontrei Kamal e Chai paralisados, encarando-se com a maior cara de pânico que eu já tinha visto.
— Lá pra baixo agora! Vamos conversar com vocês dois! — gritei, apontando para a porta, sem a menor paciência. — E você também, Song!
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Mon & Sam - Passado e Perdão
Fiksi PenggemarApós ser diagnosticada com uma doença que a condenaria à perda dos movimentos, tornando-a dependente dos cuidados de Mon, Sam toma uma decisão drástica: foge da Tailândia. Sem explicar nada a ninguém, nem mesmo à sua esposa, ela embarca para os Esta...