Capítulo 13 - Negativa a Matemática

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Perspectiva de Mon

Já havia chegado ao escritório, um pouco atrasada. A manhã tinha sido agitada. Primeiro, fui com Sam deixar Chai e Song na escola. Depois, tive que voltar em casa para que Sam pegasse o carro. Era por isso que estava mais tarde do que o habitual. Ao entrar no escritório, logo me deparei com Tee.

— Então, dorminhoca? — Ela comentou com um sorriso travesso.

— Desculpa, Tee. Hoje demorei mais com os meninos, mas isso não vai se repetir — tentei me explicar rapidamente, odiando quando minha vida pessoal interferia no trabalho.

— Ah, deixa disso! Hoje o dia está tranquilo. E então, como foi o jantar? — Tee perguntou, visivelmente curiosa.

Olhei ao redor, certificando-me de que ninguém estava perto o suficiente para ouvir, e sussurrei:

— Tee... Eu dormi com a Khun Sam.

— O quê? Fala mais alto, mulher!

Engoli em seco, meu coração acelerando. O que estava fazendo?

— Eu dormi com a Khun Sam! — Falei, desta vez mais alto do que deveria, chamando a atenção de algumas pessoas.

Tee, rápida, me puxou para seu gabinete, fechando a porta. Assim que o fez, ela parecia explodir de euforia.

— Como assim dormiu com ela, Mon? Você não ia jantar com a Sua? — Sua expressão estava cheia de confusão.

— E fomos... Ela me beijou! — Expliquei, enquanto me sentava, sentindo a cabeça rodar.

Tee franziu a testa, parecendo ainda mais confusa, antes de se jogar em sua cadeira.

— Espera aí... Você beijou uma mulher e depois foi transar com outra?

— Não, Tee! Nada disso! Que horror! — Minha voz saiu desesperada. — Eu fui jantar com a Sua, e foi tudo muito bem. Ela é muito gentil e a noite foi agradável. Você tinha razão, eu devia sair mais e me permitir. Mas, quando voltei pra casa, Khun Sam estava lá... com nossos filhos. — Respirei fundo, ainda me acostumando a parar de chamar Chai e Song de "meus filhos" apenas. — Aí, a certa altura, a perna dela simplesmente parou de funcionar. Tee, foi horrível! Ela estava com tanta dor que mal conseguia se mexer. Eu a ajudei a ir para o quarto e a deitei. Não podia deixá-la naquela condição.

— Meu Deus, ela não conseguia se mexer? — Tee perguntou, chocada.

— Não, Tee. Ela esqueceu de tomar a medicação, e a perna... Simplesmente não funcionava mais. — Senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, revivendo a cena.

Tee, com uma expressão preocupada, balançou a cabeça.

— E foi só por isso que você a deixou ficar?

— Como assim? — Perguntei, sem entender a insinuação.

— Quero dizer... Você realmente a deixou ficar só porque ela não podia ir embora? Ou isso foi uma desculpa perfeita pra vocês dormirem juntas? — Ela questionou com uma mistura de seriedade e provocação.

— Foi só por isso... Eu juro. — Respondi, tentando convencer tanto a mim quanto a ela.

— Tá bem, vou fingir que acredito, Mon. — Tee disse com um sorriso, antes de se levantar e me dar uma pequena festa no cabelo. — Agora preciso ir para a reunião. Te vejo depois, quero continuar essa conversa!

Quando saí do gabinete, lá estava Sua, sentada na minha cadeira, girando como uma criança.

— Sua, o que está fazendo na minha mesa? — Perguntei, rindo da cena quase cômica.

Mon & Sam - Passado e PerdãoOnde histórias criam vida. Descubra agora