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Minhas mãos vão até sua nuca e a arranho enquanto o sinto pressionar mais seu corpo ao meu.

— Eu te odeio, Hades.

— E o que mais? — Ele beija meu pescoço e o suga. Dou tudo de mim para reprimir um gemido.

— Nunca me teria, nunca na sua vida. — Isso é uma verdade?

A mão de Hades envolve meu pescoço com certa possessividade, seu olhar escuro sobe lentamente enquanto roça contra minha intimidade. Levanto o queixo fazendo com que o aperto fique... agressivo.

— Nunca? — sussurra, com a boca próxima a minha. — Anda repetindo as merdas que seu pai fala, hum?

Ele passa sua língua pela minha bochecha e lábios entreabertos. Eu concordo e seu aperto fica forte, me tirando um pouco de ar, engulo em seco.

— Eu vou fazer o que Liam mandou e ficar o mais longe que posso, você destrói tudo que toca, essa é a maior verdade que ele já disse.

Seu aperto aumenta e sua outra mão passeia pelo meu corpo, deixando cada parte tocada formigando, queimando, clamando por mais de seu toque. Meu corpo é um maldito que se rende a tudo que ele faz, as sensações são sempre novas e eletrizantes, mas nunca o suficiente. Talvez isso seja o mais excitante.

— Você sempre fica presa às vontades de seu pai, você segue tudo o que ele fala como uma maldita regra e não vê que essa é só mais uma forma dele te controlar. Ele sabe que a filhinha vai fazer tudo que ele quiser.

— Só porque o meu pai se importa com o meu futuro, não significa que esteja me controlando.

— Você fala merda demais, cega por quem não te merece. — Hades parece estar com raiva.

— É isso que quer? Fazer com que ele me odeie?

Ele bufa uma risada e eu tento o empurrar novamente, estou ficando cansada de tentar.

Quando realmente canso de me debater, vejo que ele me encara.

Sempre intenso, como se fosse invadir toda minha alma e pegá-la para ele sem dó, meu estômago se revirava e então me arrependo do que disse. Mas o arrependimento dura pouco.

— Ele te odiaria mais se soubesse que fica molhada e quase nua se esfregando em mim, imagina a decepção? — Hades diz entre dentes, o rosto próximo do meu e seus olhos queimando em raiva pura.

Eu não podia estar diferente depois dessas palavras vomitadas. Começo a me debater e a toalha se solta aos poucos, eu fico nua com ele no meio de minhas pernas.

A vergonha me consome junto com a raiva, não penso duas vezes e cravo minhas unhas em suas bochechas e mordo seu queixo.

Ele vai ter que sair de cima de mim pela dor.

Hades grunhe quando minhas unhas entram mais na pele do seu rosto e forço mais a mordida, sem dó, eu aumento a pressão, e então ele se afasta.

Rastejo para o meio da cama, me enrolando novamente na toalha e puxo o lençol para esconder meu corpo. Seu queixo está avermelhado e as marcas de unha pouco visíveis em seu rosto, ele não fala nada e me olha por breves segundos, me fazendo pensar que agora ele me mataria.

Me sinto, de certa forma, traída, não tenho mais controle sobre mim em relação a ele e isso me enfurece. Eu o odeio pela sua maldade e pela maldade que desperta em mim.

— Não pense que isso acabou.
Então ele sai do quarto, batendo a porta.

Eu poderia chorar, mas isso não fazia parte de mim. Não me renderia as suas ameaças, e ele teria que matar o mundo inteiro se não aguentasse me ver com outro.

Continuar ....

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