Em uma pequena cidade do Tennessee, Ruby Mae Caldwell busca um recomeço, deixando para trás a vida agitada da cidade grande. Lá, ela conhece Elijah Walker, um fazendeiro reservado e determinado, que a contrata para trabalhar em sua fazenda, mesmo du...
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RUBY
O sol já havia subido há algumas horas quando desci para a cozinha da pensão, onde Betty, a dona, preparava o café da manhã para os hóspedes. O aroma de café fresco e panquecas invadia o ambiente, e me dei conta de que aquilo, de certa forma, começava a se tornar um conforto para mim. Era uma sensação de lar que eu não sentia há muito tempo.
— Bom dia, Ruby! — disse Betty com seu sorriso acolhedor. Ela enxugava as mãos num pano de prato, seu rosto iluminado pela luz que entrava pelas janelas da pequena cozinha. — Dormiu bem?
— Dormi sim, Betty, obrigada — respondi, pegando uma caneca para me servir de café. — A comida parece incrível como sempre.
— Ah, você sabe que eu faço tudo com amor — ela riu. — E falando nisso, ouvi dizer que você anda procurando emprego por aí.
Assenti, tomando um gole do café. — Pois é, Betty. Minha poupança não vai durar muito mais, então preciso arranjar alguma coisa o quanto antes.
Ela assentiu, com um ar pensativo. — Pois então acho que hoje é seu dia de sorte, querida. Acabei de ouvir que abriram uma vaga na Fazenda Walker. Eles estão procurando ajuda. É trabalho pesado, mas acho que você é forte o suficiente para encarar.
Ao ouvir o nome "Walker", meu coração deu um leve salto. A imagem de Elijah surgiu na minha mente. Ele não parecia o tipo de homem que contrataria alguém de fora, muito menos uma desconhecida, mas a oportunidade era tentadora demais para ignorar.
— Fazenda Walker? — perguntei, tentando disfarçar o interesse. — Não sabia que eles contratavam pessoas de fora.
— Eles quase nunca contratam — disse Betty, pegando uma jarra de suco e servindo em copos. — Mas ouvi dizer que Elijah está precisando de ajuda. Parece que os outros funcionários da fazenda não conseguem lidar com todo o trabalho agora que a colheita está para começar.
Mordi o lábio, ponderando. Trabalhar na fazenda significaria um salário fixo e talvez até algumas horas extras, o que ajudaria muito. Mas também significava lidar com Elijah Walker, o homem mais enigmático e intimidador da cidade. Não sabia se ele aceitaria sequer me entrevistar, mas decidi que valia a tentativa.
— Você acha que ele aceitaria me ver? — perguntei, minha voz carregada de incerteza.
— Ah, Elijah pode ser durão, mas no fundo ele é um bom homem — disse Betty, como se adivinhasse minha hesitação. — Ele não vai dispensar alguém disposto a trabalhar. E você, Ruby, está aqui em busca de uma nova vida, então vá lá e mostre a ele que você está disposta a enfrentar o que for preciso.
Respirei fundo, tentando absorver a confiança de Betty. — Tem razão, Betty. Vou até lá hoje mesmo.
Ela sorriu, aprovadora. — É assim que se fala! Vá lá e conquiste seu lugar, querida.