Twenty

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ELIJAH

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ELIJAH

Ao abrir a porta, meus olhos imediatamente encontraram Sarah. Ela estava ali, em pé na frente de mim, com o olhar fixo, como se tivesse esperado muito tempo para estar naquele lugar novamente. A expressão dela me atingiu como uma onda, algo inesperado. Eu a conhecia bem, muito bem, e, naquele instante, tudo o que eu sentia era uma mistura de confusão e desconforto.

— Elijah... — Sarah disse com um sorriso quase triste, e minha garganta se apertou. — Achei que você não me receberia assim.

Fiquei parado por um momento, não sabendo o que dizer. Sarah e eu não terminamos da melhor maneira, e muito menos nos distanciamos em bons termos. Era difícil saber o que fazer com ela ali, ainda mais com Ruby e tudo o que estava acontecendo entre nós. A presença dela me deixou tenso, como se um fantasma do meu passado tivesse ressurgido.

— O que você está fazendo aqui, Sarah? — Eu tentei manter a voz firme, mas minha surpresa e o desconforto eram óbvios.

Ela deu um passo à frente, entrando na sala sem esperar uma resposta. Ela parecia confortável ali, como se a fazenda fosse sua casa, e de certa forma, parecia que nada tinha mudado. Eu estava completamente em choque, sem saber como lidar com ela. Eu nunca esperava vê-la novamente.

— Eu sei que as coisas terminaram mal entre nós, Elijah, mas... Eu precisava te ver. Eu estava sentindo sua falta — ela disse, olhando-me com aquele sorriso melancólico que sempre me fazia pensar que ela queria algo mais de mim.

— Sarah, nós terminamos há muito tempo — eu falei, tentando ser firme, mas algo dentro de mim vacilou. — Eu não... não esperava que você aparecesse agora.

Ela suspirou, um suspiro de quem já sabia que ia me perder novamente. Algo nela parecia diferente, e eu não sabia o que era, mas sentia a necessidade de afastá-la, de me manter fiel àquilo que estava tentando construir com Ruby.

—Não terminamos de verdade, eu ainda sou a sua namorada, você sabe disso!

Revirei os olhos.

— Eu entendo, Elijah. Eu só... queria tentar, pelo menos, conversar — ela disse com uma leveza na voz. — Mas parece que... o tempo não cura tudo, né?

Eu balancei a cabeça, tentando evitar o confronto. Não queria ser rude, mas também não podia fingir que estava bem com a situação. A presença dela me desestabilizava, e, quando vi que o clima estava pesado demais, decidi que a única solução seria deixá-la dormir na fazenda naquela noite. Eu sabia que, ao amanhecer, ela iria embora, e tudo voltaria ao normal. Pelo menos era o que eu queria acreditar.

— Está bem. Você pode ficar, mas amanhã você vai embora. — Eu disse, tentando ser o mais direto possível. — Não vou permitir que nada interfira no que estou tentando construir aqui.

Ela assentiu, sem reclamar. Ela sabia que eu estava sendo claro, e não me pressionou para mudar de ideia. Ela se acomodou em um dos quartos,enquanto eu fui para o meu quarto, sentindo a necessidade de processar tudo o que havia acontecido. A conversa ainda martelava minha mente.

𝐓𝐄𝐍𝐍𝐄𝐒𝐒𝐄𝐄 𝐖𝐇𝐈𝐒𝐊𝐄𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora