Forty-one

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ELIJAH

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ELIJAH

Era uma noite tranquila na fazenda. O céu estava limpo e as estrelas brilhavam com uma intensidade que só o interior do Tennessee poderia oferecer. Eu estava deitado na cama, observando Ruby dormir calmamente ao meu lado. O suave ritmo de sua respiração me acalmava, como sempre fez. Era curioso como o simples fato de tê-la ali, ao meu lado, poderia transformar qualquer dia difícil em algo suportável. Nossa vida de casados estava em um ótimo momento, mas, como sempre, havia desafios à vista. Contudo, naquele momento, não pensava em nada além da tranquilidade que Ruby me proporcionava.

Nos últimos meses, nossa vida na fazenda tomou proporções maiores do que eu imaginava. A expansão da produção de uísque estava mais próxima do que nunca, e isso me deixava empolgado. Tudo parecia caminhar perfeitamente, como se o destino estivesse ao nosso favor. Eu não poderia estar mais feliz, mas sabia que, ao mesmo tempo, o trabalho nunca parava. Sempre havia algo a ser feito, uma decisão a ser tomada, uma melhoria a ser implementada.

Mas, por mais que eu estivesse absorvido nos meus pensamentos sobre a fazenda, o crescimento de nossos negócios e o futuro que estávamos planejando juntos, havia algo que me incomodava. Algo que estava mudando, mas eu não sabia exatamente o que era. Ruby vinha evitando conversar sobre o que estava acontecendo com ela. Os últimos dias tinham sido estranhos, e, embora ela tentasse disfarçar, eu sabia que algo estava acontecendo. As náuseas constantes, os pequenos sinais de cansaço e, mais importante ainda, o jeito que ela tentava esconder tudo de mim. Ruby sempre foi uma mulher forte, mas algo me dizia que, desta vez, não era só uma questão de cansaço.

Eu a observava enquanto ela dormia, sentindo uma leve inquietação crescer dentro de mim. A gravidez era uma possibilidade, mas eu não queria levantar o assunto sem antes ter certeza. Ela já havia mencionado algumas vezes que não queria filhos por agora, e eu respeitava isso. Sabia que, com a fazenda em crescimento e a expansão de nossos negócios, talvez esse não fosse o melhor momento. Mas eu também sabia que Ruby adoraria ser mãe. Eu podia ver isso nos olhos dela, sempre que falava sobre filhos, e eu a via com um brilho diferente quando pensava no futuro que poderíamos construir.

No silêncio da noite, a inquietação se fez mais forte. Eu estava começando a desconfiar. Eu sabia que ela estava escondendo algo, e não era mais apenas uma questão de "algo passageiro". Não demorou muito para que minha intuição fosse confirmada.

De repente, Ruby se mexeu na cama. Eu a ouvi se levantando, e meu corpo automaticamente ficou alerta. Então, em um movimento rápido, ela saiu correndo para o banheiro. Eu a ouvi vomitar e o som me fez levantar imediatamente da cama. Meu coração disparou, e eu fui até o banheiro, onde a encontrei se apoiando na pia, com o rosto pálido e os olhos marejados. Ela estava visivelmente fraca e tonta, e naquele momento, eu soube. Não era apenas uma indisposição. Algo estava acontecendo, e eu precisava fazer algo.

— Ruby... — falei suavemente, segurando sua mão, sentindo o calor dela e, ao mesmo tempo, a tremor que estava em seu corpo. — Eu não queria te pressionar, mas... você tem que me dizer o que está acontecendo.

𝐓𝐄𝐍𝐍𝐄𝐒𝐒𝐄𝐄 𝐖𝐇𝐈𝐒𝐊𝐄𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora