Thirty-one

46 10 0
                                    

ELIJAH

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ELIJAH

As coisas estavam indo bem. Eu sabia que tínhamos nossos altos e baixos, mas, no geral, Ruby e eu estávamos nos saindo bem. Ela se adaptou à vida na fazenda como eu nunca imaginei que ela faria, e, para minha surpresa, gostava do ambiente mais tranquilo. Eu adorava vê-la criando raízes ali, sentindo-se cada vez mais parte de tudo. As noites no sofá, os jantares tranquilos e até as conversas sobre o futuro; tudo parecia perfeito. Mas como sempre, as coisas podem mudar de repente, e foi exatamente isso que aconteceu naquela noite.

Era uma dessas noites em que a vida parecia calmaria. O céu estava limpo e estrelado, e Ruby e eu planejávamos uma noite simples: assistir um filme, comer pipoca e relaxar. Depois de um longo dia de trabalho, a ideia de ficar em casa, com ela ao meu lado, era tudo o que eu mais queria. A fazenda estava tranquila, e eu estava ansioso para passar tempo com Ruby, para sentir o calor dela perto de mim.

Ela estava na cozinha preparando a pipoca, como sempre fazia, e eu estava na sala, organizando um pouco as coisas para a noite. A gente tinha essa rotina simples, mas, de algum modo, me fazia sentir que tudo estava bem. Eu a ouvia cantando baixinho, mexendo na panela e rindo de algo que tinha visto na televisão. Era bom. Era o tipo de momento que eu tinha procurado, uma paz que me acalmava, que me fazia sentir que as coisas finalmente estavam em seu lugar.

Então, o telefone de Ruby tocou.

No começo, não dei muita atenção. Era algo normal, já que ela tinha uma vida antes de mim, com amigos e pessoas com quem se comunicava. Mas quando ela deixou o celular em cima da mesa, sem olhar, e eu vi a notificação piscando na tela, algo dentro de mim mudou. Era uma mensagem, não uma, mas várias. E o nome que aparecia na tela me fez congelar por um segundo: Lucas.

Lucas era um dos ex-clientes do bar onde Ruby havia trabalhado antes de se mudar para o Tennessee. Ela me contou sobre ele, como ele sempre parecia flertar com ela, mas eu nunca tinha dado muita atenção. Ela me disse que ele era apenas um cliente, e não significava nada, que ela havia cortado qualquer tipo de vínculo com ele assim que saiu de lá. Eu nunca questionei isso, confiava nela. Mas ver o nome dele agora, em uma mensagem, me fez sentir algo desconfortável, algo que eu não queria sentir: ciúmes.

O telefone vibrou novamente. A luz da tela brilhou na escuridão da sala e eu não consegui evitar de olhar. Uma nova mensagem apareceu.

"Ei, Ruby, como você está? Faz tempo que não nos vemos. Me manda uma mensagem quando puder."

Aquilo me incomodou mais do que deveria. Não era apenas a mensagem, mas a forma como ele se dirigia a ela. Não era casual. Era como se ele ainda estivesse tentando se aproximar, de alguma forma, como se houvesse algo mais ali que ela não havia me contado. Eu tentei me controlar, mas a raiva começou a crescer dentro de mim, e, antes que eu soubesse, eu já estava me levantando da cadeira e indo em direção à cozinha.

𝐓𝐄𝐍𝐍𝐄𝐒𝐒𝐄𝐄 𝐖𝐇𝐈𝐒𝐊𝐄𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora