Twenty-seven

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ELIJAH

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ELIJAH

Acordei um pouco mais tarde do que o normal. Minha mente estava turvada, cheia de pensamentos sobre a briga com Ruby, e eu me sentia desconfortável, como se estivesse faltando algo. Normalmente, eu acordava antes dela. Gostava de ter um tempo para mim, de respirar fundo antes que o mundo começasse a se mover. Mas, naquele dia, o silêncio na casa parecia mais pesado.

Passei meus olhos ao redor do quarto, mas não encontrei nada além de um vazio. O lençol estava amassado, e o travesseiro ainda estava no mesmo lugar, como se ela tivesse se levantado sem fazer barulho. Minha mente começou a correr: e se ela tivesse ido embora? E se a nossa discussão tivesse sido a gota d'água para ela decidir que não valia mais a pena?

O pânico cresceu dentro de mim enquanto eu andava pela casa, os passos pesados e rápidos. Eu me senti um idiota, pensando que poderia ter resolvido tudo na noite anterior, sem saber como consertar a situação. Quando entrei no meu quarto, o alívio veio como uma onda que me derrubou. O som do chuveiro ecoava pela casa.

Ela estava lá.

Eu não consegui evitar um suspiro profundo de alívio. Ruby estava aqui. Depois de tudo o que aconteceu, ela não tinha ido embora. Eu sabia que precisava conversar com ela, resolver tudo o mais rápido possível, mas também sabia que precisava dar espaço para que as coisas se acalmassem.

Me despi rapidamente e fui até o banheiro. A porta estava entreaberta, e vi o vapor subindo do box, criando uma cortina embaçada. Ela estava lá, de costas para mim, a água escorrendo pelo corpo enquanto ela se lavava. Eu fiquei parado por um momento, observando, tentando decidir se deveria esperar ou se deveria me aproximar logo.

Ela não me viu. Ou talvez tenha fingido não me ver, porque a distância entre nós ainda estava ali. Mas, ao me aproximar e abrir a porta com um toque suave, ela me olhou rapidamente, e algo na expressão dela fez meu coração bater mais rápido. Eu sabia o que estava prestes a acontecer, sabia que seria a hora de falarmos sobre tudo.

— Posso me juntar a você? — perguntei, a voz rouca, quase nervosa. Ela não respondeu imediatamente. A tensão ainda estava no ar, mas ela não me mandou embora. Então, com um gesto lento, ela fez um movimento com a mão, me convidando para entrar.

Entrei, fechando a porta atrás de mim, e me juntei a ela debaixo do chuveiro. A água estava quente, confortável, e a sensação de estar ali, com ela, me trouxe um pequeno conforto, mas eu sabia que precisávamos resolver as coisas.

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Ela estava de frente para mim, a água caindo sobre nós dois, e eu a observei, tentando encontrar as palavras certas. Finalmente, Ruby foi a primeira a quebrar o silêncio.

— Eu não posso mais lidar com isso, Elijah — ela disse, a voz baixa, mas firme. — Você me magoou demais ontem. Não sei se consigo continuar assim, com você agindo desse jeito.

𝐓𝐄𝐍𝐍𝐄𝐒𝐒𝐄𝐄 𝐖𝐇𝐈𝐒𝐊𝐄𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora