Thirty

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RUBY

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RUBY

Eu estava começando a me acostumar com a ideia de que minha vida agora tinha um ritmo, uma rotina. E, ao contrário de antes, esse ritmo não me parecia opressor ou incômodo. Ele era confortável, seguro, como um abraço acolhedor. No fundo, o que mais me surpreendia era a sensação de pertencimento que eu sentia na fazenda. Eu, que durante tanto tempo sentira que não tinha um lugar onde pudesse me encaixar, agora me via naquele pedaço de terra, naquele lugar onde tudo parecia ter ganhado um novo significado.

Eu e Elijah completamos cinco meses de namoro, e posso dizer que foi a melhor fase da minha vida. Ao contrário do começo, quando estávamos nos ajustando, agora parecia que tudo estava se encaixando, fluindo de forma natural. Eu me sentia parte da família, da rotina dele, da fazenda. Cada momento ao lado dele me dava a certeza de que tinha tomado a decisão certa ao mudar minha vida. E isso, por si só, já era uma grande conquista.

Mas, claro, a vida nunca é só feita de coisas boas, e em cada sorriso, havia também um desafio. Eu sabia que Elijah estava lidando com questões complicadas relacionadas à fazenda. Embora não tivesse falado muito sobre isso, eu sabia que as coisas estavam mais difíceis do que ele queria admitir. Ele havia me dito algumas vezes que a fazenda estava enfrentando uma crise financeira. Eu via a preocupação nos seus olhos, mas ele sempre tentava manter o tom otimista, como se quisesse me proteger de qualquer tipo de estresse.

Eu ainda estava me adaptando a tudo isso, mas as coisas entre nós estavam melhores do que nunca. Eu me mudei definitivamente para a fazenda de Elijah. Quando tomei a decisão de ficar, não foi por impulso, foi porque senti que aquele lugar e ele eram o meu lar. A fazenda me dava uma sensação de paz e tranquilidade que eu nunca imaginaria sentir. Cada canto da casa, cada espaço ao redor dela, parecia abraçar-me de uma maneira única.

Uma vez por semana, eu ainda ia à pensão, onde Betty sempre me esperava com um sorriso caloroso. Ela já estava se tornando mais que uma amiga para mim, uma espécie de mãe adotiva. Na pensão, colocávamos as fofocas em dia, e a conversa sempre acabava em boas risadas. Betty sempre fazia questão de me lembrar que, mesmo com a nova rotina, eu não podia me afastar das minhas amigas, Abby e Liza e toda quinta-feira à noite, nós ainda mantínhamos a nossa tradição de sair e beber juntas no bar da cidade.

Eu me sentia grata por essas amizades, por esses momentos que me lembravam quem eu era antes de tudo começar a mudar. Abby, com seu humor irreverente, e Liza, com seus conselhos sensatos, eram duas das pessoas mais importantes na minha vida. Mesmo agora, com a vida mais tranquila, com Elijah e a fazenda ocupando grande parte dos meus pensamentos, aquelas noites no bar eram o meu refúgio.

Naquela quinta-feira, eu saí mais cedo da pensão, sentindo uma mistura de felicidade e cansaço. Conversar com Betty sempre me dava uma sensação de leveza, mas também me fazia pensar nas mudanças que minha vida havia passado. No entanto, eu sabia que havia tomado a decisão certa, e Elijah sempre me lembrava disso com pequenos gestos de carinho.

𝐓𝐄𝐍𝐍𝐄𝐒𝐒𝐄𝐄 𝐖𝐇𝐈𝐒𝐊𝐄𝐘Onde histórias criam vida. Descubra agora