Capítulo 4

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Eu estava na sala de uma casa, que era escura e empoeirada. Haviam varias pessoas sentadas em circulo.

Ninguém percebeu minha presença.

- Vocês acham que ele é o amuleto dela? - Perguntou um menino baixinho de olhos verdes.

- Não diga besteiras, um amuleto humano?? Você tem muita imaginação. - Disse um rapaz alto, forte e moreno.

- O que você acha que pode ser o amuleto dela então? - Ele retrucou.

- Sei lá, pode ser qualquer coisa importante pra ela.

Comecei a ficar irritada com aquela situação. Entrei na frente deles e coloquei minha mão sob seus olhos. Nada.

Decidi sair daquela casa, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa uma sensação de medo percorreu meu corpo.

Então eu a vi . A mais linda e bela garota entrando pela porta e passando direto por mim, como se eu não existisse.

Seus cabelos eram claros como o dia , seus olhos eram da cor do céu, seu corpo era esbelto e atlético.

Ela vestia uma blusa xadrez vermelha, uma calça jeans preta e, uma bota chanel marrom.

Notei que ela tinha uma tatuagem do sistema solar no braço direito (imagem da multimídia), muito linda por sinal.

- Oi gente. - Ela disse, dando uma mordida na maça que segurava.

- Oi Anna! - Todos sorriram e acenaram, como se estivessem hipnotizados por sua beleza.

- A garota já acordou? - Ela perguntou, jogando seus cabelos longos e brilhosos para trás.

- Não. - Todos responderam ao mesmo tempo.

Ela se sentou com os outros, cruzando as pernas.

Chega, vou sair daqui.

Assim que sai da casa, eu ouvi uma voz.

- Luce! - Disse a voz.

- Quem está ai?

- Luce!

-Quem é você?

- Luce!! - A voz ficou mais alta.

- O que você quer? - Comecei a correr, afim de me livrar dela.

- Acorde!!

Senti mãos em meu ombro, tudo virou de cabeça para baixo e quando abri os olhos ainda estava em meu quarto.

Thomas me olhava com preocupação.

- Graças a Deus. - Ele disse.

- O que aconteceu?

- Você estava gritando e se contorcendo.

- O quê?

Não consegui acreditar naquilo.

- Cade o meu pai? - Perguntei.

- Eu não sei. - Ele disse, sentando - se na cama.

Meu pai nunca foi muito protetor, mas não ia me deixar sozinha com alguém que acabara de conhecer.

Um instante se passou.

Notei que tinha um pano na minha cabeça, tirei-o devagar.

-Foi você? - Perguntei, apontando para o pano.

Ele fez que sim com a cabeça.

- Você começou a ficar febril e a apertar as cobertas.

- Obrigada Thomas - Olhei para ele. - Por cuidar de mim.

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