Sai pelo corredor e imediatamente senti meus braços se arrepiarem por causa do frio, eu ainda usava minha regata de ursinhos e meu shorts de dormir desde a última vez que deitei em minha própria cama.
Pensar naquilo fez meu coração palpitar, eu não voltei pra casa desde aquela noite, desde que atropelei Thomas. Será que conhecê-lo um dia antes foi apenas coincidência?
Minha mente ferveu de perguntas, então imediatamente enfiei a mão no bolso e retirei de lá o bilhete que Marcos me dera. Se tinha algo para descobrir, estava naquele pedaço de papel.
Observei- o com atenção.
"Sabemos o que os dois fizeram, sabemos que vocês os acobertaram, e sabemos que estão com a garota. Vamos encontrá-la, e Clara também, vocês infringiram o acordo e vão pagar."
Haviam duas coisas que eu sabia, meu pai tinha feito algo que quebrava o acordo entre nós, os minguantes, e sabe-se lá quem. Eu sabia também que quem quer que sejam essas pessoas, Marcos tinha conhecimento sobre elas, isso quer dizer que ele não podia fazer nada a respeito, pois se pudesse já teria feito.
Uma outra coisa me intrigava, eles estavam a procura de uma garota, que supostamente estava conosco, e de Clara, mas o que elas tinham a ver com o meu pai? E que acordo eles tinham quebrado afinal?
Suspirei, eu precisava de respostas, mas como iria consegui-las?
Continuei caminhando pelo corredor, guardei o bilhete no bolso e fui até a porta que saia para o frente da casa. Eu precisava pensar.
Assim que pisei na grama e senti o sol sobre minha pele , uma paz me invadiu, não sei como, nem por que, mas aquele jardim tinha uma certa influência sobre mim. Eu relaxava perto dele.
Segui mais para frente, cheguei bem perto da floresta que cercava a casa e me sentei na sombra de uma árvore.
Assim que fiz isso, me perguntei o que o que eu estava fazendo ali? Eu realmente era descendente de um anjo? Eu realmente fazia parte daquilo? E minha mãe, por que ela tinha ido embora? Sera que ela descobriu sobre nossa linhagem? E a visão que eu tive? Quem era a garota ao lado dela que se parecia comigo? Era eu? Eu veria minha mão de novo? E Thomas, por que ele me levara até a clareira? Será que ele sabia de algo? O que meu pai tinha feito de tão ruim para sequestrarem ele? E o mais importante, e se eu não conseguisse salvá-lo, e se eu nunca descobrir a verdade?
Deus, eram tantas perguntas sem respostas, eram tantos segredos, tantas duvidas. Minha vida parecia um grande novelo de lã, que ninguém conseguia desembaraçar.
Uma leve brisa refrescou meu rosto na sombra. E pela primeira vez naquele dia eu não tive vontade de responder todas aquelas duvidas. Só queria deitar meu rosto na grama, fechar os olhos, dormir e ter um sonho bom, coisa que eu não fazia a muito tempo, sonhar.
Virei-me para o lado, tentando esquecer todas aquelas duvidas, questionamentos e por quês, mas assim que virei dei de cara com o pé de alguém.
Sim, um pé, ligado à uma perna que era possivelmente de alguém que estava encostado no tronco atrás de mim.
Segui meus olhos até a parte de trás da árvore, e vi Leo sentado, lendo.
Ele notou minha cabeça inclinada para frente e me olhou por cima do livro, arqueando as sobrancelhas.
- Posso ajudar? - Ele perguntou.
- Não, é... desculpa, eu não queria atrapalhar.
- Tudo bem, meu personagem favorito morreu então. - Ele suspirou. - Eu posso conversar com você.
Olhei para as mãos dele, o livro que ele lia era o último da saga Fallen da Lauren Kate.
Eu adorava aquela saga.
- Um anjo lendo livros sobre anjos. - Eu disse. - Que ironia.
- Eu não sou um anjo, sou descendente dos filhos deles. - Ele ajeitou os óculos. - Pensei que estivesse claro.
- Está, mas ser descendente de um filho de anjo nos torna, mesmo que só um pouco, meio anjo também.
Ele me olhou com um brilho nos olhos, como se eu tivesse dito algo que ele sempre quis ouvir.
-É, pode ser. - Ele fechou o livro e o colocou na grama. - Em que posso lhe ajudar?
Então eu vi uma oportunidade de esclarecer as coisas, e perguntei o que eu mais queria saber naquele momento, algo que até agora ninguém tinha dito nada a respeito.
- Você sabe de alguém que tenha feito algum acordo ou algo do tipo com os minguantes?
Ele me olhou desconfiado e disse:
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Caros leitores,
Vocês são uns lindos mesmo, estou adorando todo o incentivo que vocês estão me dando, as mensagens fofas e os comentários inspiradores, vocês são demais! >.<
Espero que estejam gostando, e me desculpem pela demora nos capítulos, andei meio ocupada, mas não se preocupem, vou escrever até o final. (;
Estou pensando em publicar esse livro quando eu acabar, o que vocês acham? Comentem ai u.u
Há! uma última novidade, no capitulo 31 entrará uma nova personagem muito importante, estou trabalhando nela desde o começo do livro e acho que gostei do resultado, por favor me deem sua opinião sobre ela ok? É muito importante :)
É isso gente, eu aguardo ansiosamente os comentários de vocês, um beijo da autora, seus lindos! >.<
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Minguante
FantasyLuce sempre foi uma garota esquisita, tinha sonhos e sensações sobre o futuro que as pessoas a sua volta não conseguiam entender, mas a verdade era que nem mesmo ela entendia. Tudo piorou quando seu pai recebeu uma proposta de emprego e eles se muda...