Capítulo 15

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Thomas percebeu meu olhar apavorado e se virou para ver o que estava acontecendo.

Um grupo de mais ou menos cinco pessoas se aproximavam lentamente de nós, sem se importar com a chuva, que agora fazia um barulho alto.

Assim como no sonho todos eles usavam as mesmas roupas, inclusive o maior, que possuía a mesma tatuagem de lua que eu vira quando tudo quilo era apenas uma produção da minha mente.

Eles chegaram a dois metros de distancia de nós e pararam.

- Luce! Você vem conosco! - O provável "líder" disse, com uma voz dura, fazendo todos os meus músculos se contraírem.

Não tive a coragem de me mexer, e muito menos Thomas que olhava para tudo como se nada estivesse realmente acontecendo.

Eu não podia culpa-lo, aquilo era surreal.

- Se não vai vir por bem, vai vir por mal. - Ele agarrou meu braço e me puxou para longe de Thomas, antes que eu pudesse me dar conta de que já sabia o seguimento de suas ações, e poderia às te-la evitado.

- Quem é você e como sabe o meu nome? - Perguntei, mesmo sabendo qual seria a sua resposta.

- Sei muitas coisas sobre você. - De perto sua voz era mais grossa e intimidadora.

Eu tentava desesperadamente me soltar, pois sabia o que ele faria a seguir, e Thomas também sabia.

- Larguem ela! - Ele gritou, num tom de voz quase alucinógeno.

Queria dizer para ele parar, pois eu sabia que nada do que ele fizesse adiantaria, mas não consegui fazer com que minha boca se movesse.

- E o que você vai fazer? - O grandão que me segurava pelos braços disse, e eu já esperava por aquelas palavras.

- Eu... eu - Thomas pareceu se dar conta do que estava falando e onde estava se metendo.

- Poupem-me dessa palhaçada, vamos em bora! . - Alguém dentre eles gritou, fazendo com que eu procurasse o dono da voz, mas tudo o que consegui ver foram cabelos ruivos balançando, pois a chuva praticamente me cegava.

Todos começaram a se mover, fazendo o pânico reinar de novo em meu copo, eu sabia o que vinha à seguir.

- Me desculpe Luce, mas você não poderá estar consciente enquanto estiver com a gente. - Ele falou baixo, com uma voz quase tranquilizante. - É muito arriscado.

Depois disso era colocou um pano no meu nariz, de uma forma desconfortável, e mesmo sabendo que aquilo ia acontecer me surpreendi.

Tentei de todas as formas me livrar do braço forte que pressionava o pano contra meu rosto, mas era inútil.

Aos poucos pude sentir meu corpo desfalecer e minhas pálpebras ficarem pesadas, tentei deixa-las abertas, mas era quase como olhar para o sol, elas se fecharam involuntariamente, e tudo o que estava à minha volta se tornou um um vazio e completo breu.





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