Capítulo 10

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Vasculhei a caixa, na esperança de encontrar uma chave, escondida em algum lugar, mas ela estava vazia.

Cutuquei Thomas, que a essa altura já havia voltado para realidade.

- Thomas. - Chamei, esperando que ele pudesse de alguma forma me ajudar.

Ele olhou para mim e parou seu olhar em minhas mãos, em meu livro.

Sua expressão foi de surpresa.

- Que decepção, pensei que isso fosse uma daquelas caixas de música. - Ele suspirou. - Era só isso?

- Como só isso? - Olhei para ele. - Deve ter alguma coisa importante escrita aqui, mas eu não consigo abrir.

Tentei mais uma vez abrir o livro, inutilmente.

Desisti e joguei-o no colo de Thomas.

- Toma. - Disse, impaciente. - Tente abrir você.

Ele olhou para o livro e aproximou a fechadura de seus olhos, examinando-a.

Em seguida ele olhou para a minha pulseira e logo percebi o que tínhamos de fazer.

- Seu braço. - Ele esticou sua mão esquerda. - Me dá aqui.

Obedeci.

Lentamente ele pegou o pingente de lua e o inseriu na tranca da fechadura, que entrou com facilidade.

Surpreendentemente, Thomas virou o pingente cinco vezes para a esquerda, sem hesitar, e o livro se abriu. 

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