Capítulo 30

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Caros leitores,

Today is my birthday! Heeeeeeeee!

Isso mesmo gente, hoje eu completo dezesseis anos, e quem ganha presente? Claro, vocês! Hoje, como é um dia especial vou postar dois capítulos inteirinhos só pra vocês, falem se eu não sou o máximo? hahah Brincadeirinha, vocês que são o máximo. >.<

E falando em gente especial eu queria agradecer a ankss_ pela capa maravilhosa que ela fez pra mim. Não existe presente melhor no mundo :) Você é uma fofa viu. (Imagem da multimídia)

Então, sem mais delongas, vamos ao capítulo :)

Um beijo, seus lindos

PS: Adivinhem que lua estará no céu essa noite?

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- Meu tio? - Perguntei, sem acreditar. -  Por toda minha vida meu pai disse que nossa família morava longe demais para se visitar, e agora você diz que é meu tio?

Ele olhou pra mim de maneira calma e persuasiva.

- Eu sei, foi eu quem inventou essa desculpa, e seu pai a usou.

- Porque ele não me contou?! - Gritei, mas para mim mesma do que para ele. - Por que ele não me disse que eu fazia parte dos Minguantes?

E mais uma vez eu descobria que não sabia nada da minha própria vida.

Marcos me olhou fixamente, analisando minhas ações, seu olhar parecia preocupado e eu deduzi que ele estava esperando eu desmaiar uma segunda vez, para poupá -lo das respostas.

- Ele não contou por que não quis. - Sua vos estava mais ríspida do que o normal. -  Os  pais tem essa escolha, provavelmente ele queria que você tivesse uma infância normal.

Infância normal? - Ironizei. - Eu não conseguia fazer amigos, já que eles não me notavam devido aquele véu imbecil.

Marcos suspirou.

- Olha, seu pai e eu somos irmãos, o que tem demais nisso?

- O que tem demais? - Aquela pergunta simbolizou o fim da minha paciência. - Como assim o que tem de mais? !A vida toda fomos só eu e o meu pai, sem festas de aniversário, sem almoço aos domingos, sem casamentos de primos! Só eu e ele, e já que também nunca falava da minha mãe, eu mal sabia sobre os parentes dela. - Parei para respirar. - E você simplesmente diz que é meu tio, que estava no país todo esse tempo mais nunca nos procurou, me desculpa, mas pra mim isso é demais.

Ele ficou parado me encarando.

- Você esta se sentindo bem? - Ele perguntou, e eu não sabia se ele estava fugindo da explicação ou se estava realmente preocupado.

- Por quê?

- Você desmaiou na nossa ultima conversa, eu só queria ter certeza.

- Eu estou bem. - A verdade era que por fora eu estava realmente bem, mas por dentro, meu coração, meus sentimentos, minha alma, estavam destruídos, e eu não sabia o que fazer para recupera-los.

- Sendo assim - Marcos continuou. - Vou responder. - Ele respirou fundo e começou a falar. - Primeiramente, eu não te visitei porque não sabia onde você morava, e eu não conseguia sentir seu pai, já que ele escondia muito bem sua presença. Só consegui encontrá-lo porque você achou seu amuleto e o véu de proteção saiu do seu corpo, te deixando exposta. Entendeu? Não foi escolha minha.

Bufei. Suas palavras pareciam sinceras mas eu não conseguia gostar dele, não sabia por que, simplesmente não conseguia, não importa qual desculpa inventasse.

- Tudo bem, eu entendi, mas não espere que eu te chame de tio.

Não dei chance dele responder, sai andando em direção a porta, eu estava farta de revelações, só queria deitar numa cama confortável e dormir.

***

Assim que cheguei no quarto minha cabeça latejou, eu senti meu corpo vacilar e minha visão ficar turva.

Me apoiei na parede e respirei devagar. O que está acontecendo?

Tentei continuar andando, mas eu não conseguia, me sentia fraca, mole.

Depois de alguns minutos naquela situação eu comecei a me desesperar, eu não sabia o que estava acontecendo, eu não conseguia me manter em pé, minha visão estava apagando.

Quando estava prestes a gritar por ajuda, a porta se abriu e Anna entrou no quarto.

Assim que ela me viu veio em minha direção.

- Luce? O que aconteceu?

- Eu não sei. - Disse. - Parece que o meu corpo pesa toneladas, não consigo me mover. - Minha voz soou desesperada.

- Eu vou buscar ajuda! - Ela disse e saiu correndo pela porta.

Eu queria dizer para ela ficar, para não me deixar sozinha, mas minha voz não saiu.

Eu estava com medo, nunca tinha sentido aquilo em toda a minha vida, parecia que eu estava desfalecendo, que a vida estava saindo do meu corpo.

Minutos depois Anna chegou com Marcos e eu revirei os olhos, ela podia ter chamado qualquer um, mas tinha que ser ele?

- O que aconteceu Luce? - Ele perguntou, me ajudando a sentar na cama.

- Eu não sei... me sinto...fraca. - Eu disse com dificuldade, parecia que as forças estavam deixando o meu corpo.

Ele não disse nada, apenas pôs a mão em minha testa e olhou o fundo das minhas pálpebras.

- Isso não é nada bom. - Ele disse, e meu coração acelerou.

- O que ela tem? - Anna perguntou, e eu agradeci mentalmente, pois já não conseguia falar.

- Ela está morrendo.

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