É claro que eu fui pega de surpresa pelas palavras de Ed. Apesar de nosso relacionamento ser muito intenso, ainda era recente e eu lembrava muito bem de algumas entrevistas antigas onde ele havia dito que só levaria uma namorada conhecer sua mãe e seu pai caso houvesse esperança de algo mais sério no futuro. Prendi a respiração por um momento, sem saber o que dizer.
― Vai ser muito bom conhecer Suffolk ― Finalmente consegui formular uma frase, rolando para cima dele na grama.
― Ahn, é ― Ed sorriu, os olhos fechados ― Só que não é em Suffolk. Quero te levar pra Irlanda, conhecer minha avó também.
Ai caramba! Se a idéia de conhecer os pais de Ed já me deixava nervosa, sua avó então... Não era segredo para ninguém que a avó dele sempre foi sua pessoa favorita.
― Você acha que ela vai gostar de mim? ― Perguntei enquanto brincava com o cabelo dele.
― Óbvio que sim! ― Ed me roubou um selinho, rolando para que eu voltasse a me deitar do lado dele e ficando lado a lado enquanto me observava ― Mas vai ser bacana, sabe... Receber a benção da vovó Sheeran.
― Ela parece super divertida!
― Ah ela é! ― Ele riu ― Só ficou meio nervosa alguns meses atrás quando soube que minhas tatuagens eram... Bem, tatuagens.
― Como assim? ― Me sentei, meio que sem entender.
― Ela achava que eu pintava meus braços antes de todos os shows pra parecer mais legal, mas que era tudo falso ― Ed gargalhou e seu riso se espalhou pelo parque.
― E você sustentava essa mentira? ― Dei um tapa no ombro dele, o censurando ― Edward! Que feio!
― Ai! Pára! ― Ele se protegeu, me abraçando em seguida ― Eu tinha medo da reação dela, sei lá... Por anos recebi pentes de natal da minha família, pensa... Se não gostavam do meu cabelo, óbvio que não iam gostar das tatuagens!
― Mas eles gostam agora, não?
― Ainda bem ― Ele concordou ― Mas como ia dizendo, quero te levar pra Irlanda, acho que a gente pode viajar uma semana depois do teu aniversário, o que acha? Vou ver com Stuart mas não tenho nada agendado pra essa época.
― Quando quiser, pra você eu tô sempre livre ― Pisquei ― Quero dizer, menos na quinta feira daqui duas semanas, porque 1D tem show do iTunes Festival pra fazer e eu preciso trabalhar.
― Às vezes eu me esqueço que você trabalha pra eles ― Ed se espreguiçou.
― Às vezes eu queria trabalhar pra você ― Confessei ― Mas acho que Stuart ia se estressar.
― Quem sabe no futuro? ― Ele sorriu de canto, se levantando e me puxando com ele ― Podemos abrir uma gravadora, nós dois... Contratar novos artistas, caçar talentos.
― E assim viveram felizes para sempre ― Rodei, fingindo segurar uma saia fofa de princesa ― no castelo encantado!
― Olha, não duvida não, vai que eu compro um castelo de verdade! ― Ed me abraçou pela cintura e me beijou, antes de avisar que era hora de voltar para o carro.
Já estava amanhecendo quando voltamos para meu apartamento. O porteiro do condomínio sorriu quando nos viu entrando e disse que haviam entregado uma caixa para mim.
― Essa hora? ― Perguntei, confusa, assinando o documento e recebendo uma caixa muito maior do que eu imaginava.
― Sim, deixaram a poucos minutos ― O porteiro respondeu ― Parece importante!
Agradeci e tive um pouco de dificuldade para carregar até o elevador, mas Ed me ajudou.
Quando entramos em casa é que notei um pequeno envelope preso com fita no topo da embalagem. Havia um bilhete dentro:
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Evergreen
Fanfic"Era uma vez uma cidade cheia de cor, um ano cheio de promessas e uma garota com uma mochila cheia de sonhos. A cidade? Londres. O ano? 2014. E a garota? Sou eu. Para mim, uma garota brasileira, viver no Reino Unido é como morar em um lugar onde as...