― Eu sou um otário! ― Louis cantarolou batucando no volante assim que deu a partida em seu carro, sorriso de deboche nos lábios, os olhos ainda um tanto quanto vermelhos ― Eu sou um otário!
― Louis eu... ― Pensei no que dizer e decidi reformular a frase enquanto colocava o cinto ― Se eu soubesse que Eleanor iria prejudicar você com esse processo eu teria segurado a Jenny.
― Processo? ― Louis riu, dirigindo rápido pelas ruazinhas próximas da casa de Harry até pegar a avenida principal ― Bom se fosse só isso.
― De qualquer forma, foi tudo rápido demais, quando eu e Perrie vimos, a Jenny já tinha ido pra cima da Eleanor e... ― Parei no meio do meu monólogo quando percebi que ele não falava da intimação ― Quê?
― Não tem nada a ver com a Jenny ― Ele deu de ombros ― Na verdade tem, indiretamente.
― Eu não tô entendendo ― Murmurei, apreensiva e preocupada com a forma como ele estava dirigindo.
― Eu não sei como começar ― Louis balançou a cabeça, acelerando ainda mais.
― Pelo começo, talvez? ― Fiz minha melhor cara de empatia, com medo de assustar Tomlinson. Eu estava começando a ficar nervosa com tudo aquilo.
― Você conhece minha casa, Tami? ― Ele mudou de assunto rapidamente, mudando também o tom de voz, mais alto e claro, as palavras curtas.
― Ahn... Não ― Cocei o pescoço, me perguntando onde ele queria chegar ― Acho que só vi uma foto daquela que você morou com Harry.
― Bons tempos ― Louis sorriu amargamente ― Mas essa é outra, faz tempo que comprei, me admira você não conhecer.
― Não sou uma stalker maluca! ― Sorri também, tentando descontraí-lo ― De qualquer forma, não me adiantaria muito saber o endereço lá do Brasil né? E mesmo aqui, quando cheguei, jamais imaginava encontrar vocês.
― Ah eu sei ― Ele confirmou com a cabeça, virando à esquerda e tomando uma ruazinha mais calma e com casarões antigos ― É que eu tava me perguntando se você por acaso queria conhecer o lugar.
― Seria legal ― Confirmei, tentando entender onde Louis queria chegar com tudo aquilo.
Então antes que eu pudesse perguntar alguma coisa, ele acionou um controle para abrir um portão de ferro mais à frente. No fundo, uma mansão como as outras da rua, maior que a casa de Harry e com arquitetura antiga.
― Seis quartos ― Louis riu, estacionando perto das grandes portas duplas e pretas ― Um para cada garoto e um para visitas... Sabe, minha mãe, irmãs.
― Elas sempre vem aqui? ― Perguntei enquanto saía do carro e dava a volta para olhar a casa direito.
― Algumas mais do que as outras ― Ele me abraçou pelo ombro, me conduzindo para a entrada ― Vem, deixa eu te mostrar tudo!
― Se eu soubesse que iria visitar uma mansão como essa, teria me vestido de forma adequada pra ocasião ― Brinquei, bagunçando o cabelo de Louis enquanto passávamos pela porta. Meu queixo naturalmente caiu ao observar o hall e a sala, dignos de novela.
― Não é pra tanto, é? ― Louis riu também, aparentemente um pouco mais tranquilo ― Tami? Tami? ― Ele estalou os dedos na frente de meus olhos ― É sério, não é pra tanto!
― Que medo de encostar em alguma coisa e quebrar ― Recolhi os braços na frente do corpo ― Tudo parece tão... Raro e caro.
― Relaxa ― Ele riu, me abraçando novamente pela cintura ― Eu sou meio consumista, se vejo alguma coisa que eu gosto, compro na hora ― Louis deu um beijo em minha bochecha, se afastando para segurar em minha mão e me puxar pelo corredor ― E tenho um fraco pra objetos de decoração.
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Evergreen
Hayran Kurgu"Era uma vez uma cidade cheia de cor, um ano cheio de promessas e uma garota com uma mochila cheia de sonhos. A cidade? Londres. O ano? 2014. E a garota? Sou eu. Para mim, uma garota brasileira, viver no Reino Unido é como morar em um lugar onde as...