Cap. 122 - Just for show

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Eu ainda estava olhando para a foto de Jenny com os garotos quando ouvi Taylor pigarreando.

– Uh hum, você está usando o celular?

– Só checando as mensagens – Sorri despretensiosa e acenei com o aparelho, passando para Harry para que ele visse a foto também.

– Não aqui em casa, por favor.

– Não vai me dizer que você é uma dessas loucas que acha que usar um aparelho por muito tempo pode causar câncer! – Brinquei.

Taylor ficou em silêncio por alguns segundos, antes de piscar duas vezes e sorrir de volta para mim.

– Não. Não é isso. Só quero, sabe... Um momento só nosso.

– Nesse caso, acho que posso ir embora, certo? – Harry me devolveu o aparelho e esfregou uma mão na outra – Tava ótimo o chocolate, Taylor, por mais que eu odeie admitir. Adieu!

– Ah mas você não vai à lugar nenhum, Styles – Com um puxão no ombro, fiz com que ele se sentasse novamente.

– Olha, sinceramente – Taylor nos lançou seu olhar característico, pálpebras contraídas – Se for pra continuar assim, pode ir embora.

– Agora é que eu fico! – Harry sorriu de forma debochada.

– Gente, parem por favor! – Resmunguei – Eu só quero um pouco de paz! Eu já disse que errei em armar esse... Encontro, mas...

– Ah isso não é um encontro – Taylor balançou a cabeça, rindo – Não, não, não!

– Não mesmo – Harry bufou – Deus me livre!

– SHIU! – Gritei, fazendo sinal para que ambos ficassem quietos.

– Então... Cookies? – Taylor suspirou e foi até sua geladeira, tirando de dentro uma assadeira forrada com papel-manteiga onde repousavam vários cookies em formatos de gatinho, ainda crus.

– Deixa que eu te ajudo – Levantei e peguei a bandeja das mãos dela, aguardando que Taylor abrisse a porta do forno que já estava aquecido para receber os biscoitos.

– HARRY, CELULAR! – Ela gritou do meu lado, quase me fazendo derrubar tudo que estava segurando antes de me virar para Harry e perceber que ele estava digitando uma mensagem.

– Caramba, garota! – Ele franziu a testa – Tô falando com minha irmã, irmã! E faz de conta que você tem importância o suficiente pra me proibir de alguma coisa!

– Ai Deus – Resmunguei.

– Não tenho nada contra sua irmã – Taylor mexeu os ombros – Na verdade, gosto dela, só não quero essa palhaçada na minha casa!

– Palhaçada? – Harry arregalou os olhos e encarou nós duas – Tami!

Decidi que já havíamos passado dos limites. Eu havia errado em ter trazido Harry para a casa de Taylor e precisava corrigir isso de alguma forma. Suspirei, tentando encontrar uma saída.

– Desculpa – Murmurei – A culpa é minha, eu sei. Eu não devia ter armado ess...

– Por favor não fale encontro – Taylor falou de forma ríspida, braços cruzados.

– Essa... Situação – Continuei – Harry, ahn... Posso falar com você um instante?

Pedi licença à Taylor e puxei Harry pelo ombro, o conduzindo até aquela espécie de ante-sala onde estávamos antes.

– Tami, a culpa não é sua – Ele piscou vagarosamente, dando um meio sorriso, antes mesmo que eu pudesse falar qualquer coisa.

– É sim. Desculpa. Na minha cabeça eu achei que vocês poderiam, sei lá, ser amigos depois que eu consegui entender que ela não é uma pessoa de todo ruim.

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