Harry pigarreou algumas vezes durante o caminho, claramente incomodado com a distância que estávamos tomando do centro de Londres.
– Por acaso a gente tá indo pra minha casa? – Ele me olhou desconfiado.
– Nah, mas é perto... Eu acho.
– Tami, seria muito, muito mais fácil se você falasse o nome do restaurante!
– Não é bem um restaurante – Gemi, sabendo que a coisa ia ficar feia.
– Como assim?
Tentei mudar o rumo da conversa mexendo no rádio, mas Harry me interrompeu, dando um tapa em minha mão.
– Sério, Tami! Onde a gente tá indo?
– Você vai ver.
– Thamara Verdi!
– Não faz pergunta difícil!
– Eu só quero saber onde a gente tá indo, caramba!
Nesse ponto, nós já estávamos gritando. Eu suspirei, sabendo que era hora de contar a verdade, no exato momento em que virei a rua que dava para a mansão de Swift.
– A Taylor me chamou pra um jantar – Respondi baixinho, num fôlego só.
– PUTA QUE PARIU! – Hary xingou, levando uma das mãos à testa – E você resolveu me trazer pra essa furada? Eu achei que a gente era amigo!
– É justamente por isso! – Estacionei no portão e segurei a mão de Harry entre as minhas – Por favor, Hazza, não me deixa aqui sozinha!
– Ué, até onde eu sei vocês estavam se dando muito bem, não? – Ele riu sarcástico, puxando a mão.
– Harryyy! – Resmunguei – Eu não vou sobreviver à isso sem você!
Sim, talvez eu estivesse fazendo um pouco de drama. Mas era fato de que a presença de Harry ali comigo tornaria tudo mais fácil. Pelo menos era o que eu esperava.
– Okay – Ele suspirou – Tudo bem. Eu entro. Uma hora, nada mais do que isso.
– Eu ia sugerir quarenta minutos, mas já que você tá tão bonzinho – Sorri, puxando a mão dele de volta.
– Não abusa – Percebi que Harry tentava parecer sério e sisudo, mas não resistiu quando dei um beijo em sua mão, deixando escapar um sorrisinho – Mas e aí? Taylor aceitou de boa que eu viesse com você?
– Ah, sobre isso... – Fiz careta assim que vi uma cortina se abrir em uma janela do primeiro andar, ativando o mecanismo do motor dos portões logo em seguida.
– Eu não acredito, Thamara! – Harry estava em choque outra vez e logo começou a tentar abrir a porta que eu havia estrategicamente travado – Abre a porta desse carro, deixa eu sair pelo amor de Deus! Sua louca!
– Tarde demais – Falei entre dentes enquanto dirigia pelo caminho de pedras que levava até a porta da mansão.
– Eu vou te matar – Ele bufou – Eu juro que vou te matar.
Estacionei em uma área coberta, destravei as portas e tirei a chave da ignição, tomando o cuidado de guardar muito bem para que Harry não pudesse fugir em seu próprio carro. Ele claramente estava emburrado.
– Vai ficar com essa cara feia a noite toda?
– Não, é só até eu ir embora, o que vai acontecer em minutos.
– Harry você prometeu!
– E você mentiu. Mentiu pra mim e pra Taylor!
– Desde quando você se importa que mintam pra ela?
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Evergreen
Fanfiction"Era uma vez uma cidade cheia de cor, um ano cheio de promessas e uma garota com uma mochila cheia de sonhos. A cidade? Londres. O ano? 2014. E a garota? Sou eu. Para mim, uma garota brasileira, viver no Reino Unido é como morar em um lugar onde as...