Cap. 121 - Trouble

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Harry pigarreou algumas vezes durante o caminho, claramente incomodado com a distância que estávamos tomando do centro de Londres.

– Por acaso a gente tá indo pra minha casa? – Ele me olhou desconfiado.

– Nah, mas é perto... Eu acho.

– Tami, seria muito, muito mais fácil se você falasse o nome do restaurante!

– Não é bem um restaurante – Gemi, sabendo que a coisa ia ficar feia.

– Como assim?

Tentei mudar o rumo da conversa mexendo no rádio, mas Harry me interrompeu, dando um tapa em minha mão.

– Sério, Tami! Onde a gente tá indo?

– Você vai ver.

– Thamara Verdi!

– Não faz pergunta difícil!

– Eu só quero saber onde a gente tá indo, caramba!

Nesse ponto, nós já estávamos gritando. Eu suspirei, sabendo que era hora de contar a verdade, no exato momento em que virei a rua que dava para a mansão de Swift.

– A Taylor me chamou pra um jantar – Respondi baixinho, num fôlego só.

– PUTA QUE PARIU! – Hary xingou, levando uma das mãos à testa – E você resolveu me trazer pra essa furada? Eu achei que a gente era amigo!

– É justamente por isso! – Estacionei no portão e segurei a mão de Harry entre as minhas – Por favor, Hazza, não me deixa aqui sozinha!

– Ué, até onde eu sei vocês estavam se dando muito bem, não? – Ele riu sarcástico, puxando a mão.

– Harryyy! – Resmunguei – Eu não vou sobreviver à isso sem você!

Sim, talvez eu estivesse fazendo um pouco de drama. Mas era fato de que a presença de Harry ali comigo tornaria tudo mais fácil. Pelo menos era o que eu esperava.

– Okay – Ele suspirou – Tudo bem. Eu entro. Uma hora, nada mais do que isso.

– Eu ia sugerir quarenta minutos, mas já que você tá tão bonzinho – Sorri, puxando a mão dele de volta.

– Não abusa – Percebi que Harry tentava parecer sério e sisudo, mas não resistiu quando dei um beijo em sua mão, deixando escapar um sorrisinho – Mas e aí? Taylor aceitou de boa que eu viesse com você?

– Ah, sobre isso... – Fiz careta assim que vi uma cortina se abrir em uma janela do primeiro andar, ativando o mecanismo do motor dos portões logo em seguida.

– Eu não acredito, Thamara! – Harry estava em choque outra vez e logo começou a tentar abrir a porta que eu havia estrategicamente travado – Abre a porta desse carro, deixa eu sair pelo amor de Deus! Sua louca!

– Tarde demais – Falei entre dentes enquanto dirigia pelo caminho de pedras que levava até a porta da mansão.

– Eu vou te matar – Ele bufou – Eu juro que vou te matar.

Estacionei em uma área coberta, destravei as portas e tirei a chave da ignição, tomando o cuidado de guardar muito bem para que Harry não pudesse fugir em seu próprio carro. Ele claramente estava emburrado.

– Vai ficar com essa cara feia a noite toda?

– Não, é só até eu ir embora, o que vai acontecer em minutos.

– Harry você prometeu!

– E você mentiu. Mentiu pra mim e pra Taylor!

– Desde quando você se importa que mintam pra ela?

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