Eu jamais havia imaginado que em minha primeira noite em Londres, estaria jantando com Harry Styles, Zayn Malik, Louis Tomlinson, Liam Payne, Niall Horan e... Ed Sheeran. Mas ali estava eu, sentada entre os seis, conversando como amigos de longa data e compartilhando da mesma garrafa de tequila, após já ter esvaziado a primeira. Os copos, como eu havia imaginado, não foram necessários. Depois de repetir a brincadeira de tequileira, todos os garotos quiseram fazer o mesmo comigo, me fazendo beber mais que os demais. Por sorte, ao longo dos anos eu havia adquirido uma certa resistência ao álcool e demorava pra ficar realmente tonta.
Após comer muito, recolhemos os pratos e voltamos para a cozinha. Me admirei com o fato de todos trabalharem em conjunto. Talvez seja a cultura britânica, mas não costumava ver garotos fazendo serviços de casa assim, em colaboração, no Brasil. Ajudei a colocar a louça suja na lavadora e depois que Harry passou um paninho com álcool na bancada, fomos para a sala do terceiro andar.
Harry explicou que anteriormente a sala servia de suíte, mas como ele não via necessidade de um banheiro no quarto, decidiu por transformar numa espécie de mini estúdio/sala de vídeo e diversão. Havia um grande sofá de couro encostado na parede oposta à grande tv, um tapete e muitas almofadas pelo chão, além de alguns instrumentos encostados na parede ao lado da porta que levava à uma pequena área externa. Reconheci um dos violões imediatamente. Era o penúltimo adquirido por Ed, modelo criado pela Martin para arrecadar fundos para a caridade. Bonito, como todos os que ele tinha.
Algo mais chamou minha atenção naquele espaço. Uma pequena bolinha acinzentada enrolada sob o braço do sofá. Eu não resisti.
– Ei, Graham! – Corri em direção ao gatinho que acordou ao ouvir seu nome e me recebeu com um miado fraquinho – Ai meu Deus, como você é fofo! Posso te pegar? Ai que dó, meu Deus, você tá com frio, vem cá que eu te esquento, vem! – Coloquei o filhotinho em meu colo.
Sempre tive essa ligação com gatos, não me perguntem por quê. Minha mãe diz que sou como aquele cara americano que treina cachorros de uma forma que quase os hipnotiza, pois sou assim com felinos. Eles que são arredios com a maioria das pessoas, vem com facilidade para perto de mim. Eu adoro isso.
– E aí? O que vamos fazer? – Ed se sentou ao meu lado e acariciou as orelhinhas de Graham, que ronronava para o dono.
– Vocês ou a gente? – Louis sentou em uma das almofadas em nossa frente, um sorriso cheio de segundas intenções nos lábios.
– Louis, meu amor. Tu já apanhou alguma vez na vida ou hoje vai ser tua primeira vez mesmo? – Franzi o cenho enquanto questionava.
– Relaxa que ele é assim mesmo, um pentelho – Harry disse enquanto fechava a porta externa e também as persianas, ao que Louis mostrou a língua para ele.
– Cara, tá muito tarde pra ensaiar! Mas eu realmente tô com vontade de tocar – Niall estava parado no meio da sala, coçando a cabeça, como se tentasse pensar numa segunda opção.
– Então vamos fazer um jam, ué! Não precisamos das caixas acústicas – Liam começara a desligar as caixas de som que estavam plugadas no violão de Niall e no sistema de som da sala – Algo mais íntimo, pra brincar mesmo. Amanhã a gente ensaia.
– Valeu! – Zayn se jogou no sofá ao nosso lado, apoiando a cabeça na perna de Ed – Estamos de férias, cara. Vamos relaxar. Quando é o próximo show? Daqui a meses. MESES! A gente merece um respiro.
– Como assim? Eu não vou ganhar show particular? – Fingi estar emburrada, cruzando os braços – Desse jeito eu vou voltar pro Brasil!
– Sua boba, vai rolar um jam aqui e você tá pedindo show? Menina louca! Doente! – Louis apertou meu joelho com dois dedos, me causando (muita) cócega.
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Evergreen
Fanfiction"Era uma vez uma cidade cheia de cor, um ano cheio de promessas e uma garota com uma mochila cheia de sonhos. A cidade? Londres. O ano? 2014. E a garota? Sou eu. Para mim, uma garota brasileira, viver no Reino Unido é como morar em um lugar onde as...