– Acha que ele vai gostar? – Segurei a guitarra no alto para que Harry pudesse ver enquanto se aproximava.
– Eu acho que sim – Ele sorriu, tirando a guitarra de minha mão para observá-la melhor – É uma...
– Fender – Completei a frase, confirmando com a cabeça.
– Niall? – Harry segurava a guitarra com uma das mãos e com a outra fez sinal para Horan se aproximar também – Você que entende dessas coisas...
– Eu sempre esqueço que você não toca – Eu ri – Se bem que aquele dia tava mandando super bem no violão!
– Ah, violão é diferente – Harry coçou a cabeça – É mais fácil!
– É praticamente a mesma coisa – Niall, já ao nosso lado, tirou a guitarra das mãos de Harry e a plugou no amplificador para testes que ficava ao lado dos instrumentos à mostra – Tipo andar de bicicleta, não tem segredo – Então ele tocou alguns acordes do refrão de Rock Me.
– Boazona, diz aí! – Eu sorria de orelha a orelha, empolgada em um território muito familiar. Quando estava no Brasil, um de meus passatempos favoritos era fingir que precisava comprar novos jogos de cordas para meu violão e então ficar passeando dentro de lojas de instrumentos como aquela.
– Só um louco pra dizer que essa belezinha aqui é ruim! Mas oh! – Niall me entregou a guitarra – Tua vez, tem que sentir... É essa mesma?
Olhei para Niall com receio. Se eu peguei em uma guitarra dez vezes em minha vida toda foi muito, só sabia tocar alguns acordes de músicas muito antigas. Ainda assim, suspirei e deixei meus dedos percorrerem o instrumento até que lembrei. Como o próprio Horan havia dito, era como andar de bicicleta, impossível esquecer.
Toquei então um trechinho de Smoke On The Water, talvez porque fosse a mais fácil que eu conhecia, talvez porque eu amasse essa música desde criança ou... eu sorri com a observação, porque essa guitarra fosse exatamente igual a que Ritchie Blackmore, um dos guitarristas do Deep Purple, usou por tantas vezes.
– DEEP PURPLE! – Harry bateu palmas, empolgado – Essa guitarra não é igual uma do Ritch...
– Ritchie Blackmore? – Eu o interrompi no mesmo momento em que parei de tocar – SIM! – Sorri.
– Então acho que vai ser essa mesma! – Niall se apressou em desplugar a guitarra do amplificador para mim.
– Choooorando se foi, quem um dia só me fez chorar! – Jenny apareceu cantando ao lado de Liam, que tentava tocar um triângulo, animadíssimos.
– Mas, gente? – Eu comecei a rir e olhei para Niall e Harry – Vocês deixam as crianças por dois segundos sozinhas e olha o que elas aprontam!
– A gente deixou eles com o Louis! – Harry sustentou meu olhar com cara de pânico – Cadê o Tommo?
– Tá no segundo andar – Liam explicou, deixando o triângulo sob o amplificador – Foi ver os pianos. Mas e aí? Escolheram?
– Uma Fender! – mostrei a guitarra, empolgada como quem mostra um troféu.
– Uau! É linda! – Liam sorriu, pegando a de minhas mãos para conferir de perto e logo a devolvendo.
– Vamos embora, personas que yo amo? – Ouvi a voz de Louis se aproximando e logo ele apareceu no corredor.
– Louis – o censurei – Não tenta falar espanhol, não.
– Isso, deixa pro Messi – Jenny concordou com a cabeça.
– Por falar em Messi – Louis emendou o assunto – Os ingressos pro jogo vão ser entregues na casa do Harold agora à tarde. Precisamos ir!
– Ai meu forninho! – Jenny se apavorou – Vamos, gente!
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Evergreen
Fiksi Penggemar"Era uma vez uma cidade cheia de cor, um ano cheio de promessas e uma garota com uma mochila cheia de sonhos. A cidade? Londres. O ano? 2014. E a garota? Sou eu. Para mim, uma garota brasileira, viver no Reino Unido é como morar em um lugar onde as...