37.

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-Pronto, isso deve servir pra alguma coisa. -Estela disse limpando a última gota de suor que escorreu da sua testa.

-Não acha que estamos exagerando? -Carl perguntou.

-Não, se deixarmos ele rodar por Alexandria ele pode se transformar e vão querer mata-lo. -Estela disse surtando.

-Fica calma,tudo o que temos que fazer agora é... Sei lá, não deixar ninguém desconfiar. -Eu disse.

-Eu realmente não sei como me sentir referente à isso. -Nick se meteu na nossa conversa.

Decidimos o manter algemado no porão de Estela,como quando ela fizera antes, e pra piorar a situação do Nick,ela inventou de colocar uma mordaça enorme de aço.

-Eu ainda acho que é exagero. -Carl disse.

-Onde conseguiu a mordaça? -Perguntei.

Estela revirou os olhos com um sorriso malicioso que tentava ser inocente, no rosto.

-Achei por aí...

-Safada...-Nick brincou,nós três rimos mas Estela não achou graça e deu um soco forte em seu braço.

-Estúpido. -Ela disse zangadinha.

Aí eles começaram aquelas típicas briguinhas de casal onde os dois parecem furiosos mas no final acabam só nos beijinhos.

-Eles são fofos juntos! -Comentei para Carl.

-Melosos também. -Fez uma careta.

Era bonitinho ver eles dois naquele momento,Estela estava sorrindo como eu nunca tinha visto antes. Ela parecia gostar mesmo de Nick,e virse versa. Duvido que ela não esteja preocupada com tudo isso.

-Hey Carl,aproveitando que você tá aqui,pode por favor destrava pra mim? -Ela pegou uma arma do bolso e estendeu em sua direção.

-Pra quê destravar? -Perguntei,desconfiada.

-Ah,sei lá,pra caso de alguma coisa acontecer. -Deu de ombros,com uma cara super convincente de inocente.

-Ahm...Claro. -Ele pegou a arma e começou a mexer na mesma.

-Ei,enquanto os dois estão ocupados,posso falar com você um pouquinho? -Estela foi me puxando para o andar de cima.

-Você já tá me arrastando do mesmo jeito...

Quando já estávamos na cozinha ela falou para os meninos que iríamos conversar na sala,nessa hora me senti como se fossemos mães pedindo para os filhos esperassem.

Sentamos no sofá,uma do lado da outra e eu soube que não vinha coisa boa a partir do momento em que ela abaixou a cabeça.

-Tá legal,o que foi? -Fui logo direta,levantei do sofá e me sentei a sua frente.

-Você acha que ele vai morrer?... -Ela perguntou com uma voz amarga.

-Tela calma,ainda podemos dar um jeito e...

-Você acha,que ele vai morrer?! -Refez a pergunta,com mais amargura e seriedade.

Não tinha como mentir,era inútil,estávamos todos perdidos por causa desse bendito vírus. Ninguém poderia fazer nada,era só questão de tempo até o Nick e o resto de nós dar adeus uns aos outros.

Como eu desejo poder fazer alguma coisa por nós. Até pelas pequenas vidas que não terão oportunidade de ao menos viver,como Judith ou o bebê de Maggie. Mas talvez seja melhor do que viver nesse mundo catastrófico.

-Estou esperando sua resposta... -E a amargura continua.

-O que que eu diga?!Eu também tô muito mal com isso mas ninguém tem o poder de fazer alguma coisa!...

Your Smile // Carl Grimes Onde histórias criam vida. Descubra agora