3.

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-Volta pra sua cela. - Disse cerrando os dentes.

-Garoto - Me levantei e o encarei, ele era um pouquinho mais alto que eu. - Eu disse que ia sair da cela.

-Ótimo. Já saiu, agora volta.

-Não.

-Se quiser fazer parte desse grupo, vai ter que obedecer às regras.

-Deus, eu só sai por uma noite. Essa noite! - Falei indignada.

-Se ninguém te parar essa será a primeira das muitas.

-Carl eu só... - Suspirei, é inútil dialogar com esse garoto. - Deixa quieto. - Sai olhando para ele,com toda raiva que eu sentia agora.

Entrei na prisão pisando fundo e provavelmente emburrada, qual é o problema dele?!?

"-Pega leve com ele, não sabe pelo que ele passou. "

Ah Maggie, o que será que eu não sei?

[...]

Surpreendentemente ontem eu consegui dormir por aquele resto de noite. Acordei um pouco sonolenta, mas com uma baita vontade de explorar a prisão e uma baita vontade de não olhar na cara do xerife em miniatura.

A prisão fica bem agitada de manhã, estava ansiosa para fazer alguma coisa. Já de longe eu pude ver Rick mexendo na plantação, e adivinha só, o xerife em miniatura estava com ele.

Isso já é sacanagem -___-

-Rick. - O chamei.

-Ah,oi Katy. - Olhou para mim. - Como foi sua primeira noite?

-Ah foi oti..

-Ela ficou fora da cela. - O xerife em miniatura me interrompeu.

-Eu só queria sair! - Me defendi.

-Não pode sair da prisão a noite, e muito menos passar pela cerca. É perigoso. - Rick disse.

-Desculpe. - Suspirei. Pude ver o xerife em miniatura sorrir bem de levinho. - Eu posso fazer alguma coisa? Não gosto de ficar parada.

-Isso é bom. - Sorriu. - Veja com Maggie, talvez ela tenha alguma tarefa.

-Ela pode ajudar a Carol. - Xerife em miniatura se intrometeu.

-Quem é Carol? - Quanto mais eu conhecer as pessoas daqui, melhor.

-Aquela ali. -Rick apontou para atrás de mim.

No centro do campo da prisão, havia uma cozinha improvisada, onde vi a suposta Carol conversando com Daryl. Carol era alta, com cabelos grisalhos e curtinhos.

Me despedi dos dois (lê-se só o Rick) e fui atrás da tal Carol. Quando cheguei perto, ela ainda estava conversando com Daryl, logo os dois olharam para mim.

-Então você é a famosa Katy? - Carol perguntou sorrindo.

-Famosa?

-Daryl estava me falando sobre você. - Explicou.

-Se tornem amiguinhas ae, já fui. - Daryl disse "simpático como sempre" e se mandou.

-Eu sou a Katy, mas você já sabe... - Disse meio abobalhada.

-Eu sou a Carol.

-Então, como eu posso te ajudar?

-Pode começar cortando essas cenouras. - Disse me mostrando uma faca e uma tábua de cheia de cenouras.

No começo, até que deu pra aguentar, mas depois não aguentei. Aquilo ficou um porre de tédio. Larguei a faça para longe e me joguei na tábua, que ainda tinha algumas cenouras cortadas.

-O que foi? - Carol perguntou doce.

-Carol, eu estou no auge da minha adolescência. - A encarei.

-O que quer saber sobre puberdade?-Perguntou sentando.

-Nananananananão!!! - Falei gaguejando e nervosa. - Er... É que eu quero me mexer e cortar cenouras ficou tão... - Procurei a palavra certa. - Chata. - Ela riu.

-Olha eu quero ajudar, mas pode ser em outra coisa? - Perguntei.

-Divisão de tarefas não é comigo, mas com o Rick.

-Por que sempre o Rick?

-Ele é nosso líder.

-E por que Carl está sempre o ajudando? - Perguntei olhando para os dois na plantação.

-Rick é pai dele. - Disse voltando a mexer na sopa.

Até que olhando bem um pouquinho, eles são mesmo parecidos. Olhei para cima e vi uma torre onde não havia ninguém, ah isso é encrenca... Mas eu vou mesmo assim.

Sai da cozinha improvisada e fui até a torre, subi as escadas, ainda com medo de alguém me ver mas a torre estava vazia.

A visão da torre era incrível, eu podia ver a prisão inteira e um pouquinho mais... Lá também tinhas umas armas mas eu não quis mexer.

O vento estava tão bom que por um momento, eu me perdi nessa coisa toda, suspirei olhando mais uma vez para o horizonte e me sentei na janela da torre com os pés para fora.

Eu amo perigo <3♥

Fechei os olhos e balancei as pernas para frente e para trás.

-Desce daí! - Alguém sussurrou no meu ouvido e com as mãos na minha cintura.

Arregalei os olhos, e se não fosse as mãos da tal pessoa me segurando, eu teria caído. Me virei.

-Você não cansa de implicar comigo?-Perguntei descendo.

-Não cansa de desobedecer? - Carl disse.

-Eu só queria olhar as coisa um pouco!

-Tá mas você NÃO. PODE.

Suspirei fundo, passando a mão no meu cabelo loiro.

-Por que me odeia?! - Perguntei.

-O que?

-Caramba, eu tô aqui há um dia e essa é a 5 bronca que você me dá!

-Eu não daria se você evitasse desobedecer!

-Não dá pra evitar! - Puxei os cabelos. - Está no meu sangue!

-Ao menos tente!

-Você ainda não respondeu minha pergunta. - Cruzei os braços. - Por que me odeia?

-Eu nem te conheço direito pra te odiar.

-Então me conheça.

-Como...?

-Vamos começar se novo, tá bem? - Falei rápido.

-Tá bem... - Disse revirando os olhos.

-Ótimo então te vejo hoje a noite. - Sorri vitoriosa e desci da torre antes da sua resposta.

Não estamos de bem, mas também não estamos de mal... É um começo.

Yes!

Your Smile // Carl Grimes Onde histórias criam vida. Descubra agora