53.

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Aquele maldito barulho de passos ecoava nos meus ouvidos sem parar, já indicando que alguém se aproximava sempre, mas nunca era quem eu esperava que fosse.

A tal governanta.

Em plenas quatro horas da manhã, Carl, Estela e Nick estavam preocupados com essa tal de Katherine,enquanto eu estava caindo de sono e ao mesmo tempo me preocupando pra Estela não matar Nick ou Abby, que também estava na sala. 

Talvez não houvesse algum lugar pra se fazer reuniões por aqui, porque até agora, o único local em que todos estivemos todos reunidos, foi na enfermaria, que por sinal, era onde estávamos agora.

Carl estava inquieto, tentava se distrair mexendo em Judith a todo momento.

Ainda precisávamos achar os outros.

Enquanto Carl se distraia com a pequena dormindo, eu apenas percebia a evidente troca de olhares mortíferos entre Abby e Estela.

-Essa mulher deve morar lá pra puta que pariu, porque ela tá demorando demais pra chegar. -Eu reclamei.

Estela riu baixinho, mas Abby continuava a manter sua pose de "metida a superior" então ficou séria.

-Aí! Não aperta tanto! -Reclamei para Carl.

Logo depois que ele saiu do lado de Judith, ele começou a amarrar meu tornozelo na perna do sofá.

Ele achava que, já que eu deixei a Abby com um olho roxo,era melhor me deixar ao alcance de seu olhar.

-É só pra você não fugir. -Tirou onda.

-Acontece que eu não sou cachorro, sabe disso... -Fiz bico.

-Precaução...-Ele terminou o nó, tentei puxar meu tornozelo para testá-lo, mas eu estava bem presa.

-Ô droga... -Balbuciei. -Você devia tratar melhor o seu sol. -Falei rindo.

Mesmo escuro, e com apenas a luz do luar que vinha pela janela, pude ver Carl com as bochechas avermelhadas.
-Chata... -Ele virou o rosto, deixando seu pescoço mais a mostra.

Olhei para os o lados. Estela dormia, Nick olhava para as prateleiras de remédios e Abby encarava as mãos.

Não havia nada naquele momento que me impediria de fazer o que eu iria fazer.

Enquanto Carl continuava olhando para qualquer canto da parede, eu sorrateiramente aproximei minha boca de seu pescoço.

Assim que meus lábios foram de encontro com a pele de seu pescoço, senti ele se arrepiar por completo.

Abri um pouco minha boca, fechando fortemente meu maxilar,assim mordendo aquela área. Curvei minha cabeça pra trás, puxando a pele de seu pescoço.

Como eu era meio nova naquele tipo de coisa, eu acabei não contendo um sorriso enorme, o mesmo se estampou na minha boca enquanto eu ainda mordia seu pescoço.

-Aí... -Ele disse baixinho.

Assim que meus lábios se separaram da sua pele, eu ainda tinha um sorriso de orelha a orelha estampado no rosto, fora a louca vontade de gargalhar.

Ele se virou para mim, com uma cara de surpresa e ainda mais vermelha,passando a mão no local da mordida.

-O que que...? -Antes que sua frase pudesse ser concluída, a porta se abriu.

Uma guria loira, mais ou menos da altura de Maggie, passou pela porta. Ela usava uma blusa azul escura e uma calça com estampa de camuflagem. Apenas um lenço que cobria a sua boca, impedia que eu visse seu rosto por completo.

Your Smile // Carl Grimes Onde histórias criam vida. Descubra agora