CAP-5

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Alay correu novamente, disparando pela sala, mas Pablo parecia voar. Ele a alcançou e a puxou de volta.

Alay se defendeu como pode, e os dois embolaram no chão. Pablo se prendeu entre as pernas de Alay, forçando-a a ficar deitada. Ela batia nele com toda a força que conseguia reunir.

Ele puxou o vestido dela, rasgando a bainha completamente. Seu vestido, ela o prezara tanto, e agora eram só frangalhos. Se assustou com um aperto que vinha do seu ventre, algo estranho, e viu que Pablo descera os beijos pro decote da sua roupa de baixo.

Alay: Pára! - Voltou a empurra-lo - Pablo, não! - Ela sentiu o rosto queimar de vergonha quando ele rasgou a parte de cima da sua roupa de baixo, deixando seus seios expostos - ENLOUQUECEU? - Gritou, se tapando com os braços. Mas Pablo segurou os pulsos dela firmemente. Alay ruborizou barbaramente ao ver que ele lhe observava, com a visão dilatada.

Alay virou a cabeça pro lado e cerrou os olhos. Pablo, após algum tempo, desceu os beijos pro colo dela. Alay arregalou quando sentiu ele cobrir um seio seu com a boca. Fora a surpresa, ela ofegou. Sentia algo bom, analisou enquanto sentia a lingua dele lhe acariciar. Não era tão ruim. Ela hesitou por um momento. Se era isso que Pablo queria fazer, ela deixaria, apesar da vergonha imensa. Assim ele lhe deixaria em paz. Ficou quieta por um tempo, sentindo as caricias dele em seu colo, seios, barriga. Após algum tempo, viu Pablo se afastar, ajoelhando no chão.

Alay: Acab... - Ela ia falar, aliviada, quando viu Pablo desabotoar o cinto - O que é isso? O que você tem? - Perguntou assustada, ao ver o volume descomunal na calça dele. Pablo riu da inocência dela.

Alay se encantou com o riso do marido. Não era forjado, era sincero, ele realmente estava rindo. Até se esqueceu da situação apavorante em que estava. Se lembrou quando ele cobriu o corpo dela novamente com o seu, e como um animal, se pôs a rasgar a parte de baixo do seu vestido.

Alay: Eu não quero! - Voltou a empurra-lo, mais apavorada que antes

Alay: Há alguns minutos você parecia querer. - Disse, perverso

Alay: Estúpido! - Ela começou a estapeá-lo, arranha-lo, e ele a agarrou, pra segura-la.

Dentre tapas, murros e empurrões, Pablo conseguiu desnudar Alay. O vestido dela agora jazia como um lençol em baixo dos dois. Ela agora chorava silenciosamente, e fraca, tentava empurra-lo.

Alay: Você vai me machucar. - Choramingou, ao sentir ele se finalmente se posicionar pra invadi-la.
Mas Pablo não parecia estar ouvindo. Com um único movimento, ele se enterrou nela. Por dois segundos o silêncio predominou, até que o grito de Alay ecoou pela casa.

Alay: Você está me rasgando! - Gritou, empurrando-o

Pablo: Fique quieta. - Murmurou com a voz rouca, segurando o quadril dela no lugar - Vai passar. - Ele acariciou o rosto dela, repentinamente calmo.

Mas não estava passando. Doia, ardia, Alay sempre sonhou com esse momento, seria bonito, romântico, entrega de ambas as partes, tanto dela quanto do marido. Mas agora estava ela, sendo rasgada por aquele animal.

Quando Pablo começou a se mover, Alay franziu o cenho, esperando por uma dor que não veio. Ela estava assustada, atordoada pelo que estava sentindo, e se condenando por gostar daquilo. Mas então Pablo a beijou. E ela não lembrava mais o próprio nome. Ela só lembrava de após um tempo ter sentido um turbilhão de sensações levar seu corpo, e então ela desmoronou.

Alay acordou no dia seguinte, ao se mecher em algo macio. Abriu os olhos, e o que viu foi o dorsel da cama. Ela se sentou e descobriu que doia. Suas costas doiam (da hora da queda), os pulsos doiam, ela estava toda ardida, machucada. Mas aquela cama era tão confortavel... Ela olhou pra baixo, e estava vestida em uma camisola branca de algodão, alvinha, que ela sentia ir até o pé. Tinham cinco travesseiros a acomodando. Dois lençóis a cobriam até a cintura.
Tudo naquela cama era banco: Algodão e linho. Ela se virou, pra dormir de novo, e viu uma bandeja. Tudo que podia se querer pra um café da manhã. Do lado tinha uma rosa vermelha e um bilhete.

"Petit,
Tive que sair, houveram problemas no trabalho. Os empregados estão ai, irão atender tudo o que você pedir. Eu mesmo preparei o café para você. Logo estarei de volta. Não saia da mansão.
Esperando que esteja bem,
Pablo."

Alay passou a mão no rosto, e se acolchoou na cama. A aliança dourada reluzia em seu dedo. Estava absorta em seus pensamentos quando viu uma mulher entrar silenciosamente no quarto.

XXXX: Ah, bom dia, senhora. - Sorriu - O senhor me pediu para atende-la sempre que precisasse. - Ela abriu a janela do quarto, o dia estava chuvoso - Meu nome é Rose. - Alay reconheceu a mulher, fora a que lhe alertou sobre Ster na noite passada - Precisa de algo?

Alay: Bom, eu preciso de um banho. - Seu corpo gritava por um bom banho, ela precisava apagar as lembranças - Ster já acordou? - Rose assentiu - Peça pra que ela venha aqui. - Sorriu. Rose assentiu e saiu.

Ster: Mandou me chamar? - Perguntou, entrando no quarto

Alay: Venha aqui. - Se sentou direito, ignorando a dor que sentia - Tome café comigo. - A menina sorriu e correu pra cama.

Alay e Ster tomaram café juntas, brincando. No claro, Alay viu que Ster era a menina mais linda que ela já vira. E também a mais maltratada. Seus cabelos eram de um castanho médio, iam até um pouco abaixo do ombro. Não tinha um corte definido, caia livremente pelas costas. Ao contrário das menininhas de sua idade, ela ainda não usava espartilhos, nem vestidos bonitos. Usava um sem modelo, marrom, que ia até os joelhos. Não tinha modos bonitos pra comer, não se sujava, mas também não era do jeito que deveria ser. Também não sabia se sentar nem se portar, mas sua companhia era adorável.

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora