Rafael: Larra ficou com a camisola? - Perguntou, divertido, enquanto cavalgavam pro chalé. Alay riuAlay: Eu acho que não. É uma pena, Benjamin teria adorado. - Disse, sorrindo. Rafael riu.
Os dois desceram, e prenderam os cavalos ali perto. Rafael reparou que Alay trazia um conjunto de roupas de cama, toalhas, tapetes, tudo.
Rafael: Tem tempo que você não vem aqui. - Constatou. O lugar estava frio, escuro.
Alay: Não houveram momentos em que eu quisesse sumir. - Confessou, olhando o chão
Rafael: Tudo bem, daremos um jeito. - Animou, enquanto se direcionava a acender a lareira.
Alay sorriu, enquanto entrava com suas coisas. Separou os tapetes e toalhas, e deu a Rafael, que aceitou, com uma careta, e pôs-se trocar os forros da cama que havia ali. Rafael acendeu a lareira, e começou a trocar as toalhas que estavam lá pelas novas. Começou a chover enquanto isso. A chuva piorou tanto, que Rafael teve que acrescentar grandes pedaços de madeira a lareira. O chalé estava ficando frio. Ele e Alay pegaram as roupas sujas e amontoaram em um canto.
Alay: Está lindo. - Sorriu, contente, olhando o lugar.
Os dois se sentaram, e Alay lhes preparou chocolate quente. Rafael contou que levou Luciana a um baile, em Paris. Alay se animou. O único baile em que fora, não podia ser considerado festivo. Sempre sonhou em ir um baile onde dançasse, e as pessoas olhassem pra ela, e houvesse boa musica. Um baile onde fosse pra se divertir, não pra provocar seu marido.
Rafael: Venha. - Chamou, rindo, ao se levantar e oferecer a mão a ela
Alay: O quê?
Rafael: Venha, dance comigo. - Ele permaneceu com a mão estendida.
Alay riu e deu a mão a ele, se levantando. Ele a abraçou pela cintura, e se puseram a rodopiar alegremente pelo chão. Alay ria frequentemente, estava se sentindo uma menina.
Ele segurou a mão dela, e rodopiou ela no ar. Alay riu. Seu vestido, preto, fez uma redoma ao redor dela, enquanto ela voltava a abraçá-lo. Os dois circularam mais vezes, até que Alay, saltitante, se embolou na barra do vestido, e tropeçou, levando Rafael com ela. Ela caiu deitada na cama, com ele por cima. Os dois riam, alegres. Quando o riso foi morrendo, Alay o beijou. Foi como sempre, o beijo começava calmo, e ia esquentando. Mas dessa vez, quando Rafael ia se afastar, ela o impediu. Ele ergueu o rosto por um minuto pra encará-la, confuso. Depois voltou a beijá-la. Alay o queria. Queria provar a si mesma que Rafael podia satisfazê-la.
Enquanto isso, longe dali...
Pablo: Espera. - Ele pediu, esquivando-se dela, que o encarou, confusa.
Lorena: O que há? - Perguntou, se afastando.
Pablo: Não... Não sei. - Sua expressão era dura, como a de uma pessoa que estava sendo torturada.
Lorena: Sente algo? - Indagou, preocupada
Pablo: Sinto. - Era como se sua garganta estivesse se fechando, trancando a cada segundo.
Lorena: Vou buscar algo pra você beber. - E saiu, apressada.
Algo sufocava o peito de Pablo, a cada minuto mais. Era como se algo seu estivesse sendo arrancado, arrancado pelas mãos de outro. Ele olhava fixamente pra frente, torturado. O que estava havendo? Ele olhou pra fora, pela janela. A cidade era quase invisível da suíte do hotel, tamanha era a densidade da chuva.
Lorena: Tome, beba isso. - Ofereceu o copo a ele. Pablo virou o copo de agua fria na boca em um só gole. Não ajudou - Está me preocupando.
Pablo: Eu tenho que ir pra casa! - Exclamou. Era quase como uma obrigação. Seu corpo lhe obrigava a isso - Agora. Tenho que ir agora. - Disse, apressado

VOCÊ ESTÁ LENDO
Original Sin
RomanceA história toda se passa no século passado Onde as coisas eram bem diferentes Alay uma jovem comum teve a vida de cabeça para baixo ao descobrir que seu casamento estava arranjado com Pablo deville um dos homens mais ricos do mundo. Ele- jurou odi...