CAP-67

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Alay: Você voltou. - Murmurou, sorrindo, quando o marido entrou em casa, no anoitecer.

Pablo: Eu prometi que voltaria. - Ele sorriu, se aproximando para beija-la. Alay enlaçou os braços no ombro do marido, beijando-o com paixão e saudade.

Entretanto, o beijo não durou tanto tempo quanto os dois desejavam.

Rose: Senhora. - Chamou, tímida, após um gritinho de Dulce separar P&A.

A menina estava linda. Usava um vestidinho rosa bebê, e sapatinhos brancos. Na cabeça, sob o cabelo louro impecável, a tiara que a mãe fez. Pablo sorriu.

Pablo: Coisa mais preciosa da vida do seu pai. - Chamou, sorrindo, e Dulce estendeu os bracinhos pra ele, que a carregou.

Alay: Ela é a coisa mais preciosa da sua vida? - Perguntou, fingindo estar emburrada. Dulce se abraçou ao pai, ciumenta.

Pablo: É. - Confirmou, sorrindo.

Alay: Ah, obrigado pela parte que me toca. - Resmungou, e se virou de costas pra ele, cruzando os braços, rindo baixo da vaidade da filha. Pablo riu e abraçou ela por trás, dando-lhe um beijo apertado no pescoço.

Pablo: Ela é a coisa mais preciosa. E você é a minha vida. - Disse, sorrindo.

Tanto amor, que o corpo parecia ser pequeno pra aguentar. Era um tipo de amor que dava ganas de gritar. Que sufocava só em pensar em perder. Alay se virou pra ele, que puxou ela pela cintura com o braço livre, iniciando outro beijo. Ela se entregou nos braços do marido, apaixonada, feliz. Até que os dois receberam um tapa de Dulce, que cansara de segurar vela.

Alay: Sempre. - Repreendeu, mas sorria enquanto acariciava a orelha. A menina observou a mãe, com os olhos verdes flamejando de uma alegria inocente, por ter os pais ali.

Pablo: Venha, vamos jantar. - Chamou, rumando a sala de jantar.

Alay limpou o canto da boca, e ia seguindo o marido, quando algo lhe chamou atenção. A sensação de estar sendo observada. Ela se virou, e Luciana estava no corredor atrás dela. Pelo visto, tinha presenciado toda a cena. A loira tinha um sorriso satisfeito no rosto. Acenou positivamente com a cabeça e seguiu seu rumo. Alay fez uma careta, mas foi atrás do marido. O jantar ocorreu normalmente, tranqüilo. A família toda estava na sala de estar, quando aconteceu.

Larra: Está na hora de alguém ir pra cama. - Comentou, vendo a carinha sonolenta do filho. Benjamin olhou Diogo, e sorriu. - Já comeu, já está limpo, que tal dormir um pouqu... o que... - Ela olhou o chão por um momento, Alay olhou pra ela - UM RATO! - Berrou, derepente.

Foi o suficiente. Ster pulou pra cima do sofá. Larra subiu na cadeira. Rafael engasgou no riso, com um gole de bebida. Alay se bateu com Luciana ao tentar subir na cadeira, nas pressas. Conseguiu subir antes, mas, no susto, até ajudou a loira, dando a mão a ela e ajudando-a a subir, dividindo a poltrona com ela. Benjamin riu, e tirou Diogo do caminho. Pablo fez o mesmo com Dulce, com o rosto vermelho do riso. A menina observava a cena, confusa e alegre.

Alay, Luciana, Larra e Ster: MATA! - Pediram em coral, agoniadas, olhando o rato.

Mas os três homens não conseguiam se mexer, de tanto rir. Pablo colocou Dulce no carrinho de bebê, pondo a mão na barriga em seguida.

Larra: BENJAMIN, EM NOME DE DEUS, TIRA ISSO DAQUI! - Pediu, exasperada. Mas o marido não tinha condições.

Rafael foi até o rato. Era minúsculo, e branco. Parecia até que tinha tomado banho, ele observou, em seu riso. Era o primeiro rato que aparecia naquela mansão. Rafael pegou o animal pelo rabo, erguendo-o no ar. A gritaria piorou drasticamente.

Luciana, RAFAEL, PÁRA! NÃO! - Gritou, se encolhendo, quando o marido se aproximou dela, rindo, com o rato no ar.

Alay: Pablo! - Chamou, aflita, ao ver Rafael se aproximar dela e de Luciana com o animal na mão.

Pablo sorriu. Era bom saber que era ele que Alay chamava quando tinha medo. Ele se aproximou dela, oferecendo-lhe a mão.

Pablo: Vem, minha medrosa. - Chamou, rindo. Alay pulou no colo dele, com medo do rato, e ele a abraçou, afastando-a dali. Percebeu que ela estava fria, e tremia - Calma, meu amor. - Pediu, acariciando os cabelos dela.

Rafael, por fim, foi até a janela e soltou o rato. Luciana partiu pra cima dele com uma almofada na mão, enquanto Benjamin continuava rindo. Larra se sentou, aliviada, respirando fundo.

Luciana: MATO VOCÊ, DESGRAÇADO! - Ela jogou a almofada com tudo no marido que se esquivou, rindo.

Pablo: Você não é nada sem mim. - Acusou, brincando enquanto ela se acalmava.

Alay: Meu herói. - Retribuiu, sorrindo, antes de beija-lo outra vez. Não havia calmante melhor que aquele.

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora