CAP-72

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O dia passou normal. Até o fim da tarde. Alay estava na sala de estar, conversando com Larra, quando Luciana chegou. Começou a alfinetar a morena, e as duas começaram a bater boca.

Luciana: Ah, sim, seu marido te trai, e você vai pra cima do meu? – Perguntou, irritada.

Alay: Não é culpa minha. Você deixou ele atoa. Ele é homem. Tem suas vontades. – Provocou, sorrindo.

Larra: Parem com isso. – Pediu, prevendo o que estava prestes a acontecer.

Alay: Ora, vamos, Luciana. Rafael e eu terminamos há tempos. Eu amo meu marido. Esqueça isso. Leve... como se diz? – Ela pensou um pouco – Ah, sim. Leve na esportiva. – Sorriu.

Luciana: Na esportiva. – Repetiu – Diga-me, Alay. E se a outra voltar? E se Pablo se decidir apaixonado por ela de novo? E se ele largar você novamente, como já fez?

Pablo estava entrando em casa, quando ouviu a pergunta de Luciana. Ele parou no corredor, pra ouvir o que Alay responderia. Benjamin parou também, e Rafael os seguiu.

Alay: Ele não o fará. – Garantiu, e já não sorria.

Luciana: Quem te garante? E se ele mudar de idéia, Alay? Você virá pra Rafael novamente? – Perguntou, e era clara a ameaça por trás da pergunta.

Alay: ELE ME AMA! – Gritou, se levantando, exaltada. Luciana já estava de pé.

Luciana: Como você sabe? – Perguntou, irônica.

Alay: Eu sinto. Cada vez que ele me olha, cada vez que me toca. Ele me ama. – Pablo sorriu de canto, olhando o chão, no corredor. Benjamin sorriu, satisfeito. Rafael cutucou Pablo com um pedacinho de madeira que tinha na mão, rindo baixo.

Luciana: Ah, claro, você sente. Você sentia também, quando ele te deixou pra ficar com a prostituta? – Perguntou, fingindo-se de curiosa.

Larra: Gente, por favor. – Pediu, nauseada. Benjamin, ao perceber que a esposa estava no meio do bafafá, avançou pra tira-la de lá. Mas Pablo não deixou.

Alay: Agora escute aqui, Luciana. Ainda não calei a sua boca em respeito a Rafael, pelo filho dele que você carrega. – Rafael sorriu torto – Mas eu não vou admitir que você se meta no meu casamento. Eu amo meu marido. Ele me ama com a mesma intensidade. Se eu perdoei ele, você não é ninguém pra julga-lo. – Defendeu Pablo, irritada.

Luciana: Quem trai uma vez, trai sempre. – Afirmou, segura. Pablo balançou a cabeça negativamente. Não queria que a semente da duvida ficasse plantada na cabeça da amada.

Alay: É por isso que você se preocupa com Rafael? – Alay riu, malévola – Não se meta mais na minha vida. Eu não tenho duvidas do amor que o meu marido sente por mim. – Rafael cutucou Pablo de novo, rindo, pra tirar a concentração do irmão. Benjamin riu também – Nós somos felizes. Eu, ele e a nossa filha. Você cuide do seu filho, e do seu marido, e me deixe em paz. – Finalizou.

Luciana: A filha. – Debochou, rindo. Um rosnado baixo saiu da garganta de Alay. Larra se levantou, alarmada. O rosto da irmã estava possesso de ódio – Você fala dessa menina com tanto orgulho, eu não compreendo.

Alay: Se eu tenho Muito orgulho, é de ser mãe dela. – Rosnou, olhando a loira.

Luciana: Em nome de Deus, Alay. Você tem é vergonha da menina, por ela ter nascido mulher. Diz que se orgulha, pra não assumir a realidade de que não foi capaz de dar um filho homem ao seu marido. – Ela revirou os olhos.

Dulce. Era só o que Alay estava esperando. A próxima coisa que Benjamin, Pablo e Rafael ouviram foi o baque de algo caindo no chão, e o grito assustado de Larra. Alay havia descido a mão na cara de Luciana. A loira não deixou por baixo, partiu pra cima da morena. Em um segundo, Pablo, Benjamin e Rafael estavam lá. Benjamin tirou a esposa gentilmente do caminho, e os três tentaram separar a briga. Não foi fácil. Rafael levou uma bela bolacha pelo pescoço, ao tentar puxar Luciana. Por fim, Rafael puxou Luciana com tudo pelo braço e Pablo agarrou Alay pela cintura, erguendo-a do chão, e tirou ela da linha de alcance de Luciana. Rafael prendeu Luciana do outro lado da sala.

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora