CAP-78

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A caiu, chuvosa, como era de se esperar. Isso irritou Alay. Queria, que ao menos uma vez fizesse calor, que o sol aparecesse. A ultima noite de calor que ela se recordava foi a noite em que descobrira que era prometida a Pablo, que tentara fugir de casa, sem sucesso. Os Deville jantaram juntos, calmamente, depois foram cada um pro seu canto.

Alay: Amor, deixa ela. – Reclamou, mas sorria. Todos já estavam prontos pra dormir. Pablo estava sentado na cama, com Dulce, que ria.

Pablo: Ela começou. – Acusou, como uma criança indignada.- Você, venha aqui! – Chamou, se fazendo de bravo.Dulce engatinhou um pouco, mas se sentou. Pablo ergueu a sobrancelha pra filha, que riu. A menina se sentou, mas em seguida se ajoelhou, e desajeitada, se levantou. Uma vez de pé, se desequilibrou, mas se segurou pra não cair. Pablo olhava a cena, com adoração. 

Pablo: Vem aqui, com o seu pai, meu amor. – Chamou, erguendo os braços.E assim Dulce Maria Martins Deville deu seus primeiros passos. Ela riu, indecisa, mas deu um passinho tímido. Em seguida outro, e outro, até que, vitoriosa, alcançou o pai. Pablo não cabia em si de euforia. Agarrou ela no peito e a encheu de beijos. Dulce amava quando o pai fazia isso.

Dulce: Papai! – Disse, após um gritinho. Pablo travou geral. Já Alay se revoltou.

Alay: Isso não é justo! – Reclamou, se aproximando – Os primeiros passos dela são pra você. A primeira palavra que ela fala é papai. Não é justo! – Cruzou os braços, mas Pablo tinha voltado a beijar a menina.

Pablo: Gatinha...? – Chamou, tapando os olhos. Dulce tapou os dela também. 

Dulce: BOO! – Gritou, rindo. Pablo abraçou ela de novo, rindo da menina.

Alay: PABLO! – Gritou, subitamente irritada.

Pablo: Mamãe ciumenta. – Comentou no ouvido de Dulce, que tinha a mãozinha na boca, olhando a mãe. Dul tinha uma carinha sonolenta, mas não dormiria até o pai dar uma trégua.

Alay: CIUMENTA? – Repetiu, indignada – Além dela preferir você, vou perder meu marido também? – Perguntou, irritadiça. Alay saiu, pisando firme. Então uma mão forte, máscula, quente puxou ela de volta pela barriga e ela se arrepiou, enquanto caía deitada do lado do marido. 

Pablo: A mim, você não vai perder nunca. – Murmurou no ouvido dela. Alay sorriu, calma. Porém, ele havia despertado desejo nela ao puxa-la daquele jeito, e esse desejo não havia cessado. – O que foi? – Perguntou, ao ver a expressão indecisa da mulher.

Alay: Nada. – Disse, se recolhendo, quieta. Dulce havia se deitado abraçada a uma almofada, com os cabelinhos  jogados ao lado. 

Pablo: Me diga, o que é? – Perguntou, já desconfiando do que era.

Alay: Não sei se devo. – A medida que ele foi avançando pra ela, ela foi se deitando. Estava de atravessada na cama, com o braço colado na cabeceira da mesma. Pablo sorriu.

Pablo: Porque não tenta? – Ele selou os lábios dela brevemente, dando-a ânsias por mais. Alay gemeu, derrotada.

Alay: Me beije, Pablo. – Pediu, por fim, sentindo-se corar. – Me beije, meu amor. – Que diabo havia acontecido com ela, pra estar tão sedenta por ele?

Pablo observou a esposa por um instante, pedindo por seus beijos, e seu corpo gritou de desejo. Ele se inclinou e tocou os lábios dela levemente, que logo os entreabriu, dando espaço a língua dele, que invadiu sua boca apaixonadamente, encontrando a dela em um beijo molhado, fogoso. Os dois se beijaram por minutos, até que, como sempre, quiseram mais. Alay abraçou Pablo pela cintura, e sentiu as mãos dele se apossarem de seu seio esquerdo, por dentro do decote da camisola, possessivamente, apertando-o, instigando-o. A pele dos seios dela estavam sensíveis, e ela gemeu de leve ao sentir a mão firme, forte dele toca-la, pondo-a em fogo.

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora