CAP-6

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Ster: Não ligue pro Pablo, ele não gosta nem de si mesmo, aquela besta. - Disse ao terminar de comer, limpando as mãozinhas no vestido - Você vai adorar o Rafael. Ele é lindo, e é um amor. - Sorriu - Logo ele estará de volta. Ele me prometeu que não demoraria.

Alay: Olha, eu não quero ser grossa, eu gosto muito de você, de verdade. - Ster sorriu - Mas você não gosta de se arrumar, se pentear...?

Ster: Eu sei, eu não pareço uma menina. - Ela puxou um pedacinho do vestido com desgosto - Mas o Rafael é quem cuida de mim, ele me ensinou a comer sem me melecar e tudo mais, mas ele não entende muito disso. - Ela sorriu de canto

Alay: Hm... - Ela pensou um pouquinho - Que tal se nós fizermos uma surpresa pro Rafael? - Ster a olhou, confusa - Eu te compro roupas, te ensino a comer, falar, sentar, andar, até a bordar. - Ster sorriu - Assim quando Rafael voltar, você vai estar impecável.

Ster: Vai fazer isso por mim? - Alay assentiu - Ah, obrigada... como é mesmo o seu nome? - Perguntou com a carinha confusa

Alay: Alay. - Riu

Ster: Obrigada, Lay. - Sorriu, e abraçou Alay, que lhe acariciou os cabelos.

Alay tomou um banho de imersão demorado na agua quente. O quarto tinha um banheiro, enorme, com uma banheira de porcelana, branca como o resto do banheiro. Quando terminou, se sentia limpa. Saiu da banheira, o cabelo preso num coque, e se enrolou na toalha. Quando voltou pro quarto, quase enfartou de susto.

Pablo: Pelo tempo que demorou, você gostou da banheira. - Sorriu de canto e foi na direção dela, que recuou.

Alay: Sai de perto de mim. - Murmurou. Pablo riu.

Pablo: Você ainda não entendeu.- Ele pegou o rosto dela com uma mão - Eu vou tocar em você quando bem quiser, ma petit. - Sorriu ao ver Alay grunhir de raiva - Mas não foi por isso que eu estava te esperando. - Se afastou um pouco, ainda olhando-a.

Alay: Porque, então? - Perguntou, encarando-o.

Pablo: Há regras que você precisa saber. - Começou - Primeira, não saia da mansão sozinha. Segunda, preste bastante atenção, o terceiro andar dessa casa é terminantemente proibido a qualquer pessoa. Você me chamou de monstro ontem, mas monstro eu vou virar se souber que você foi até lá. Entendido? - Ele ameaçou com o olhar

Alay: O que há lá em cima? - Perguntou, antes de conseguir controlar-se.

Pablo: O sótão. - Respondeu simplesmente - Nem meus irmãos vão lá, e você não vai querer me enfrentar.

Alay se lembrou mentalmente de passar longe da escada do terceiro andar e assentiu. Pablo pareceu se acalmar.

Pablo: E terceiro, - Ele se aproximou dela novamente - Se você não quer que o que aconteceu ontem se repita, - Alay corou, e Pablo tocou seu pescoço com a mão esquerda, a aliança dourada reluzindo a luz - Não desfile mais de toalha na minha frente, eu posso me descontrolar. - O sorriso em seu rosto era debochado, mas Alay via o olhar dele queimar de desejo quando a olhava, então ela voltou rapidamente pro banheiro. Pablo riu.

Alay descobriu um guarda-roupa lotado dos mais lindos vestidos que já vira, presente de Pablo pra ela. Eles jantaram em silêncio, e depois foram pra sala de estar.

Alay: Pablo, quando você for ao centro, posso ir contigo? - Pediu, tímida.

Pablo: Pra...? - Perguntou sem olha-la

Alay: Preciso comprar algumas coisas. - Pablo ergueu a sobrancelha - Posso pagar. - Concluiu, confusa com o olhar dele, mas ele riu.

Pablo: Depois de ter conhecido essa mansão, acha realmente que dinheiro é algum problema pra mim? - Perguntou, debochado

Alay: Obviamente não. - Respondeu, se achando idiota.

Pablo: Pode ir amanhã, se quiser. - Disse sem interesse. Alay assentiu, feliz, e se calou.

Após algum tempo Alay pediu licença e se retirou. No quarto, após lutar pra tirar o vestido, se irritou consigo mesma, resmungando na frente do enorme espelho.

Pablo: O que houve? - Perguntou ao entrar no quarto, vendo a briga de Alay que tentava desamarrar o espartilho, com as mãos viradas pras costas.

Alay: Quê? - O encarou, hesitante - Ah, não é nada, só tô terminando de tirar o vestido - Sorriu, nada convincente.

Pablo: Me deixe te ajudar. - Ele avançou pra ela, que recuou - Está tudo bem, petit, eu só vou desenlaçar o vestido.

Alay ficou quieta e ele foi até ela. Ela virou de costas e afastou o cabelo. As mãos de Pablo eram ágeis, e logo ela sentiu o corpete afrouxar.

Pablo: Viu? Não doeu. - Sorriu, debochado como sempre.

Alay: Obrigado. - Sorriu, tímida, e foi tomar banho.

Quando Alay voltou, Pablo já tinha se deitado. Ela não tinha pensado nisso. Deitou-se em seu lugar, tensa. Pablo se divertia com o desespero dela. Ele estava quase dormindo quando sentiu uma mão levemente lhe abraçar pela cintura. Alay dormira, e no frio que estava fazendo se aconchegou na fonte de calor mais proxima: Ele.

Ela tinha um perfume leve, floral. Ele envolveu ela no braço, e sentindo seu cheiro, dormiu também. No dia seguinte Alay acordou antes de Pablo. Se assustou ao perceber que estava enlaçada com o marido. Se recuperou do susto ao olha-lo. Pablo dormindo era diferente. Não tinha aquela fria no rosto. Ele respirava superficialmente, o rosto e o peito nu, corados. Era tão... humano. Ela se levantou lentamente e o cobriu, o dia estava frio como ontem. Ela encheu a banheira com agua quente, e após prender os cabelos entrou no banho.

Escorou a cabeça na borda da banheira e fechou os olhos, sentindo cada pedaçinho do corpo despertar. Estava assim a alguns minutos quando duas mãos quentinhas tocaram seu ombro, fazendo-a se assustar.

Pablo: Shiii... - Ele disse com a voz rouquinha - Sou eu.

"Como se isso me acalmasse.", pensou Alay. Mas então ele começou a alisar o ombro e o colo dela sutilmente, fazendo-a se arrepiar e relaxar ao mesmo tempo.

Pablo: Bom dia, petit. - Ele disse perto do ouvido dela e ela estremeceu. Era incrível o poder que ele tinha sobre ela.

Alay: Bom d... - A frase se perdeu quando ele lhe beijou a orelha. Pablo sorriu.

Pablo começou a massagear o ombro de Alay, que esqueceu de tudo. De vez em quando ele lhe beijava a orelha, o pescoço, o ombro, como se estivesse estudando suas reações. E ele estava mesmo. Se deliciava ao ver a pele dela estremecer, arrepiar. Os suspiros dela eram como musica pra ele. Alay estava completamente absorta, tanto que não viu quando ele se levantou, tirou a roupa, afastou ela um pouco e se sentou atrás dela na banheira. Só veio despertar quando sentiu suas costas tocarem no peito quente dele. Ela se retraiu, mas ele a segurou.

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora