Os três seguiram pra casa. Os outros ficaram lá, a festa ainda rolava alta. Nevava lá fora. Pablo, com a ajuda de Alay, tirou o palitó que vestia e cobriu a filha. Alay se abraçou ao marido, dando a ele o pouco calor que tinha. Assim que chegaram em casa, se abrigaram. Pablo foi direto pro banho, enquanto Alay tirava os sapatinhos e o vestido apertado de Dulce, colocando a roupinha de dormir da filha. A menina não despertou. A lareira do quarto dos dois estava acesa, e o ambiente estava quentinho, ao contrario do frio radical lá fora. Alay se banhou, e voltou pra cama, Encontrando o marido deitado, esperando-a.
Pablo: Venha aqui. – Chamou, vendo ela esticar as mãos pra lareira, na tentativa de aquecer os dedos.
Aloy sorriu e caminhou até ele. Ela subiu nos pés da cama, e o marido observou a morena, com os cabelos soltos, a camisola branca de mangas até os pulsos, mas com um decote generoso engatinhar até ele, e sorriu. Quando estava por cima do marido, ela deixou o corpo cair sob o dele, que a acolheu nos braços. Alay beijou Pablo docemente, e esse correspondeu aos beijos dela. Isso durou por minutos a fio. Porém, dessa vez o clima não esquentou.
Pablo: Você... quer? – Ele perguntou com um olhar sugestivo, enquanto tirava o cabelo da mulher da frente do rosto da mesma.
Alay: Você quer? – Rebateu, perdida no verde dos olhos dele – Seja sincero. – Censurou, ao ver a cara dele.
Pablo: Se você quiser. – Disse, dando-lhe a escolha.
Alay: Eu tô MORTA. – Disse, fazendo uma careta, e descansando o corpo no dele. Pablo riu, beijando-lhe os cabelos. – Meus quadris doem, meus pés estão que não suporto. Você fica bravo? – Perguntou, erguendo o rosto pra ele.
Pablo: Não, estou semelhante a você. – Alay sorriu, aliviada. Não sabia se teria pique pra Pablo e toda sua... disposição. Receava despencar e dormir 3 dias seguidos. – Entretanto, nós temos amanhã. – Disse, e Alay tomou isso como um aviso.
Alay: Amanhã eu faço o que você desejar. – Pablo ergueu a sobrancelha, mas não disse nada. Tomaria proveito disso depois. – Agora, eu só quero me abraçar a você e dormir. – Disse, manhosa, se abraçando ao peito dele.
Pablo: Durma, meu amor. – Disse, sem deixar ela rolar pro outro lado da cama. Alay gostou da ideia de dormir no peito dele. Pablo puxou o grosso cobertor e cobriu os dois, abraçando-se mais a ela em seguida. Alay o beijou uma ultima vez e assim adormeceram.
Quando Alay acordou na manhã seguinte, não estava mais sob o corpo do marido. Ainda sentia o perfume dele, mas era pelo travesseiro ao qual estava apoiada. Ela gemeu de frustração, queria que ele estivesse ali. Abriu os olhos, foi ai que a voz dele lhe chamou.
Pablo: Eu estou aqui. – Disse, e Alay se virou pra poder olha-lo.Maldição, como era bonito. Fazia ela ter vertigens só por olha-lo. Forte, sempre com a barba feita, os cabelos curtos, e aqueles olhos. Os braços. Aqueles braços nos quais ela se perdia de prazer. Pablo sorria de canto pra ela, e ela se perguntou, se estava perdendo alguma coisa. Só por via das duvidas passou a mão nos cabelos lisos, que caíram em uma cascata loura pro lado, ajeitando-os, e se sentou, conferindo a camisola. Estava tudo nos conformes.
Alay: Bom dia. – Desejou, confusa, mas alegre. Reparou que Dulce não estava em seu berço. – Onde está Dul? – Perguntou, se espreguiçando.
Pablo: Bom Dia. – Respondeu, ainda sorrindo – Está com Larra e Luciana.
Alay: Ah. – Disse, mas ele ainda sorria, e ela não sabia porque.
Pablo: Amor? – Alay assentiu – Eu achei uma coisa no seu guarda-roupas.
Alay: O que? – Perguntou, confusa . Pablo pegou algo que escondia atrás de si, e desdobrou. Era um cabide. Com duas peças vermelhas. Uma lingerie e uma camisola. Alay amaldiçoou Rafael dos pés a cabeça pelo presente.
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Original Sin
RomanceA história toda se passa no século passado Onde as coisas eram bem diferentes Alay uma jovem comum teve a vida de cabeça para baixo ao descobrir que seu casamento estava arranjado com Pablo deville um dos homens mais ricos do mundo. Ele- jurou odi...