Pablo: Tem que haver algum lugar, um ponto em que não tenhamos procurado. - Insistiu com os irmãos, num dia à tarde, no escritório dos Deville.
Benjamin: Onde, por exemplo? Pablo, nós viramos Seattle de cabeça pra baixo. Ela não está aqui. - Disse, sério.
Pablo: Está! - Insistiu, batendo com a mão na mesa - Benjamin, você pode não acreditar, mas eu sinto Dulce. Ela está por perto. Eu sei que está. A busca foi falha.
Rafael: Nós avisamos até a policia. Tem gente nossa nas fronteiras de Belltown, Madrona, Beacon Hill, Green Lakes. Até em Port Madison tem gente procurando. Se ela estiver lá, vão encontrar. - Tranquilizou.
Pablo: Ela está aqui. - Insistiu. Era como se a presença de Alay fosse notável, como se ele pudesse farejar seu perfume - Eu vou... eu vou sair um pouco. Preciso espairecer. - Benjamin e Rafael assentiram.
Pablo caminhou até longe. Em sua cabeça, estavam Alay e Dulce, sentadas na neve, fazendo o boneco de neve. Estiveram tão próximas, e agora poderiam estar em qualquer lugar. Alay estava calma, até que o telegrama chegou. Pablo pensou nisso enquanto andava sem rumo. Existia uma possibilidade de ela ter partido. E se o telegrama fosse o irmão, avisando que vinha busca-la?
Mas, por outro lado, quem se atreveria a levar os dois? Entretanto, com a ajuda dele, a fuga seria muito mais fácil. Pablo estava considerando isso, quando viu um rosto não tão familiar caminhar à uns 50 metros dele. Usava um terno preto, tinha cabelos pretos.Pablo: Guilherme. - Murmurou pra si mesmo. Era o primeiro rastro de Alay que tinha. Ela ainda está aqui, se motivou enquanto se apressava a alcançar o moreno.
Pablo: Guilherme! - Chamou, ao chegar numa proximidade considerável.
Guilherme se virou, respondendo intuitivamente ao seu nome. Pablo não lembrava muito se duas expressões, mas eram parecidas com as de Alay. O cabelo era da mesma tonalidade. Guilherme se manteu calmo ao ver quem lhe chamara.
Guilherme: Pablo. - Respondeu, sereno, parando de andar.
Pablo: Em nome de Deus, onde ela está? - Perguntou, deixando o desespero transparecer em sua voz.
Guilherme: Ela quem? - Perguntou, calmo.
O pingo de esperança de Pablo desmoronou. Era óbvio. Se Guilherme estivesse realmente com Alay , não lhe diria.
Pablo: Por favor. - Implorou, e por um minuto Guilherme sentiu pena dele.
Guilherme: Eu não sei do que você está falando.
Pablo: Alay. Onde está?
Guilherme: Por suposto que deveria estar com você. - Alfinetou.
Pablo: Fui um idiota. Ela entendeu tudo errado. Eu não... - Ele hesitou - Não foi minha intenção magoá-la. Eu a amo. - Disse, inutilmente.
Guilherme: É tarde. - Respondeu, se afastando
Pablo: Não! - Ele o segurou - Pelo menos, me diga. Dulce Maria. - Pronunciar o nome da filha o machucava - A minha Dulce. Ela está bem? Estava resfriada antes de... - Ele não terminou a frase.
Guilherme: Fique tranqüilo. Ela vai ficar bem. - Encerrou, e com um ultimo olhar, se afastou.
-
Rafael: Espera ai. - Se levantou, quando Pablo lhe contou o que acontecera.Benjamin: Se ele sabe da Dulce, ele está com a Alay. - Concluiu
Rafael: E se ele está com a Alay, ela ainda está aqui.
Achar Guilherme foi fácil como suspirar. Benjamin colocou homens de guarda na frente da mansão Martins. Qualquer movimento do moreno seria seguido.
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Original Sin
RomanceA história toda se passa no século passado Onde as coisas eram bem diferentes Alay uma jovem comum teve a vida de cabeça para baixo ao descobrir que seu casamento estava arranjado com Pablo deville um dos homens mais ricos do mundo. Ele- jurou odi...