CAP-26

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Larra: Eu queria tanto saber se é menino ou menina. - Comentou, alisando a barriga saliente. Larra estava com 5 meses.

Théo: Sabe, La. No futuro vai existir uma máquina, eles passam gel na barriga da pessoa, passam um aparelho, e o bebê aparece numa tela. As pessoas vão ficar sabendo o sexo da criança com ela ainda dentro da barriga. - Disse, entusiasmado. Pablo, Rafael e Alay franziram os cenhos.

Larra: Sério? - Perguntou, confusa e animada.

Benjamin: Sai de perto dela. - Ordenou, dando um pedala no menino, que saiu, aos risos. Rafael e Alay riram enquanto Benjamin sentava do lado de Larra, que o abraçou.
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Alay: Lá vem você me infernizar de novo. - Disse colorizada, quando Pablo se aproximou dela

Mas ele não disse nada. Aproximando-se dela por trás, cheirou seu pescoço levemente, com a sobrancelha franzida. Alay endureceu.

Pablo: Cuidado com o que está fazendo, Alay. - Avisou, se afastando dela - Chorar depois não vai mudar nada.

Alay: Eu não sei do que você está falando. - Disse dura, erguendo o rosto

Pablo: É bom que não saiba. Pro seu bem. - Disse antes de sair e fechar a porta, deixando uma Alay pálida.

Mais dias foram passando. Mesmo com Rafael de volta, a vida de Alay era meio tediosa. Ela matava o tempo no chalé, andando com Seth, ensinando Ster, mas não era o suficiente.

Rafael: Qual o seu problema? - Perguntou ao ve-la rodando pela sala

Alay: Nada. - Disse, sem dar atenção

Alay: Nada, Alay Marie? - Perguntou, desconfiado

Alay: É, nada, Rafael Deville . - Rafael riu

Rafael: Sulkin .

Alay: Perdão? - Franziu a sombrancelha

Rafael Deville Sulkin . - Alay ergueu a sobrancelha - Benjamin Adan Deville. Só Pablo e Ster são Jerry Deville . - Explicou simplesmente.

Alay: Ok, entendi. - Ela assentiu - Tédio! - Ela se sentou, torcendo as mãos

Rafael: Tem algo que eu possa fazer pra ajudar? - Perguntou, observando-a

Alay: Na verdade, tem. - Rafael esperou - Eu não posso sair da fazenda, você sabe. - Rafael ia protestar, mas ela não deixou - Não vamos criar problemas. Rafael, vá a minha casa. Eu não trouxe nada meu pra cá, você podia pegar algumas coisas pra mim. - Pediu, com os olhinhos brilhando

Rafael: Eu vou. - Disse, sorrindo da expectativa dela

Alay: Sério? - Rafael assentiu - Eu vou fazer uma listinha, você vai procurar pela Heloise. Ela vai saber o que é. Diga a ela que sinto saudades. - Sorriu - Obrigada! - Ela se atirou no pescoço dele, em um abraço de agradecimento.

Alay estava deslumbrada. Rafael realmente era um anjo, enviado pra clarear a escuridão em que ela vivia. Alay deu uma lista breve a Rafael, e ele partiu a cavalo. Ao chegar na mansão dos Martins, procurou por Heloise. A mulher o atendeu, feliz da vida por finalmente ter noticias de Alay. Colocou as coisas que Alay pedira em um pacote enorme, que Rafael prendeu em Jake pra poder voltar. Alay esperava ansiosa em casa.

Rafael: Tem chumbo aqui dentro? - Perguntou entrando na sala, trazendo o enorme pacote nas mãos

Alay: Rafael! - Deu um gritinho de alegria, indo ajuda-lo

Os dois colocaram o pacote em cima do sofá, e ela o abraçou. O negócio foi tão intenso, que os dois avançaram pra um beijo. Os lábios estavam quase se tocando, quando os dois afastaram os rostos, com duas caretas. Quase.

Alay: Não. - Balançou a cabeça negativamente

Rafael: Definitivamente não. - Assentiu, sorrindo. Ele deu um beijo na testa dela, que voltou ao seu pacote, radiante.

O pacote continha livros, bordados inacabados, vestidos que Alay gostava, entre outras coisas. Ela desarrumou suas coisas, feliz da vida. Rafael fora trabalhar. Estava lendo um livro na sala, no fim da tarde, quando Rafael, Pablo e Benjamim entraram em casa, discutindo alto. Pela primeira vez Rafael parecia fazer juz aos irmãos. Estava alterado, e descutia o assunto com a maior agilidade.

Pablo: ...Um incompetente! - Rosnou - Agora em quem a responsabilidade cai? - Perguntou metaforicamente, enquanto avançava pela sala.

Rafael: O prejuízo é muito grande. - Observou, a irritação em sua voz era evidente - Sem contar nos problemas que isso vai dar.

Benjamin: De um modo ou de outro, os fornecedores estão esperando, cada um em seu ponto. Se extraviou uma remessa, porém, é preciso repor.

Rafael: REPOR? - Gritou, aparentemente tirando as palavras da boca de Pablo - Não há tempo!... - E o som da voz de Rafael foi abafada pela porta do escritório que foi fechada.

É, tínhamos um problema.

Larra: Lay, o que foi isso? - Perguntou descendo as escadas. Alay deu de ombros.

Larra e Alay se encararam por um instante, depois ambas avançaram, silenciosa e rapidamente até a porta do escritório, encostando o ouvido na madeira.

Rafael: Quais os portos? - Perguntou, impaciente

Benjamin: Madrid, Mônaco e Roma. - Respondeu, consultando os papéis

Rafael: Cada um vai pra um ponto, acalmar as coisas enquanto não conseguimos mandar outra remessa. Considerariam um desaforo se alguém fosse, além de nós. - Benjamin assentiu - Então, fica assim: Eu vou a Madrid, você a Mônaco, Pablo a Roma.

Mas Pablo não estava prestando atenção. Estava olhando, com uma sobrancelha levantada e uma expressão divertida pra porta onde Alay e Larra ouviam. Ele avançou pra porta. Pouco antes de abri-la, Larra puxou Alay, que voltou as pressas pro sofá, e fingiu estar terminando de descer as escadas. Pablo encarou Alay, que sorria, vitoriosa.

Então era isso. Três cargas a serem entregues se extraviaram. (Os Deville exportam papel e café.) Ambos os três viajaram no dia seguinte, as pressas, pra tentar manter a ordem. Larra foi pra casa do pai com Théo, mas Alay ficou pra cuidar de Ster, que estava gripada. Agora Ster dormia, e Alay estava guardando os vestidos que Rafael trouxera, quando puxou um que tinha um livro dentro, ambos embolorados. Deixou esses separados. Quando terminou, ficou pensando onde jogar aquilo. A primeira coisa que veio em sua cabeça foi o sótão. Era pra lá que iam as coisas empoeiradas, emboloradas. Considerou a idéia. Ela iria rápido, deixaria a caixa com o vestido e o livro lá, e voltaria. Pablo nem notaria. Ela pegou a caixa entre as mãos, e avançou pela primeira vez pela escada pro terceiro andar.
Estava tudo escuro. Só havia a luz do dia, que entrava pelas frestas das janelas fechadas.

Mas Alay não estava preocupada com isso. Conseguia ver muito bem. E a primeira coisa que viu foi o quadro de uma mulher, de tamanho real, vestida em um vestido vermelho . Do lado desse quadro havia outro, só de busto. Alay esperara tudo, menos isso. Ela largou a caixa no chão e avançou pelo cômodo. Parou em frente ao quadro de corpo todo. A mulher era clara, os cabelos eram cacheados, de um castanho médio, caindo até a coluna. Seus olhos eram pretos. Tinha um sorriso de Lindo. Era linda, Alay pensou sozinha. Ao seu lado, o rosto da mulher encarava ela, com um sorriso no olhar.

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora