CAP-66

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A noite foi estranha. Alay e Pablo dormiram separados, cada um em seu lado da cama, para evitar maiores problemas. Os dois morriam de vontade de se tocar, de se amar novamente, mas foram com sede demais ao pote, então tiveram que se segurar.

Pablo: Lay. – Avisou, quando sentiu a mão dela sob seu peito.

Alay: Me deixe só te abraçar. – Pediu, frustrada por não poder ir além.

Pablo: Vem aqui. – Ele estendeu o braço pra ela, que amparou o rosto em seu ombro, abraçando-o pela cintura. Pablo enlaçou a cintura dela com o braço livre, prendendo-a em um abraço carinhoso. – Eu amo você. – Disse, antes de beijar-lhe a testa.

Alay: Eu amo você, também. – Disse, imitando voz de bebê. O coração de Pablo se derreteu enquanto ele ria, e mordia a pontinha do nariz dela.

Alay deu um leve beijo de boa noite nele, e os dois dormiram, enlaçados um no outro. No dia seguinte ela acordou bem melhor. Conseguia andar, mas sentar ainda era um pouco complicado. A páscoa se aproximava, e as crianças da casa só pensavam nisso.

Alay: Não consigo respirar. – Rosnou pra Larra, que afrouxou o laço. Alay suspirou. Dulce observava a mãe a tia, curiosa.

Théo: Sabe, daqui a alguns anos vai existir algo chamado sutiãs. Vai substituir o espartilho, e será bem mais confortável. Deixará a barriga livre. – Comentou, distraído.

Larra: O que? THÉO! – O menino riu, e saiu correndo, fechando a porta.

Pablo fora trabalhar, junto com os irmãos. Larra terminou de laçar o vestido de Alay, que era cor de pêssego. A Morena deixou os cabelos soltos, como o amado gostava. Se perfumou, e foi com Larra esperar o marido voltar.

Alay: E se for um menino? – Perguntou, olhando a barriga de Larra, que carregava Dulce.

Larra: Não sei ainda. Benjamin sugeriu Victor, mas ainda não tenho certez...

As duas pararam na sacada do andar de cima, olhando a pessoa que estava parada no andar de baixo. Era uma mulher, uns centímetros mais baixa que Alay. Tinha os cabelos loiros, e os olhos da cor de chocolate. Vestia um vestido cor de azul claro, e seu cabelo era cacheado. Estava grávida, também. Só devia ter um mês, ou dois a menos que Larra. Ela ergueu os olhos, e pareceu reconhecer Alay também, pelo olhar que lançou a morena . Seu olhar foi simpático para com Larra, mas quando identificou Alay, seus olhos se endureceram. Luciane.

Larra: Você deve ser Luciane não é? – Perguntou, simpática, descendo as escadas.

Luciana: Luciana. – Corrigiu, calma, ainda olhando Alay.

Larra: Sou Larra. – Se apresentou, sorrindo.

Luciana cumprimentou Larra simpaticamente, enquanto Alay descia as escadas. Não queria briga, aquela era a Luciana de Rafael. Mas algo no olhar da loira despertou um sentimento novo em Alay. Não iria se rebaixar a ela.

Alay: Sou Alay. – Disse, ainda descendo a escadaria – Mulher de Pablo. – Se intitulou, parando em frente a loira – É um prazer ter você em minha casa. – Alfinetou, sorrindo.

Luciana encarou Alay por um instante, com faíscas saindo por seu olhar. A morena sorriu, ironicamente, divertida. Acreditava que passar tanto tempo com Pablo tinha lhe ensinado a ser sarcástica.

Luciana: E o meu Rafael, onde está? – Perguntou, dando ênfase ao “meu”. Alay não se importou.

Larra: Er... está trabalhando. Voltará pro almoço. Venha, vou lhe levar ao quarto dele, pra que você possa descansar. – Disse, fazendo as honras da casa.

Luciana encarou Alay uma ultima vez. A Loira manteve o olhar na Morena. Depois, sorriu pra Larra, e acompanhou a ruiva. Alay olhou as duas subirem, com um sorriso de canto no rosto, depois foi ver Dulce, que estava quieta por tempo demais pro seu próprio bem. Alay cuidou de Dulce, e conversou com Larra a manhã inteira. Na hora do almoço, após se aprontar, estava indo esperar Pablo na sala, quando Rafael chegou em casa. Ela ia cumprimenta-lo, mas algo a fez retroceder.

Luciana: Rafael. – Murmurou, disparando em direção ao marido, que entrava em casa.

Rafael: Luci. – Respondeu, quando a mulher se atirou no braço dele.

Alay viu Rafael rodopiar com Luciana no ar, e em seguida beija-la sofregamente, com saudade, com paixão. Formavam um lindo casal. Alay voltou pro seu quarto, pra não interromper o momento. Depois, os Deville almoçaram juntos. Finalmente toda a família estava ali.

Pablo: Ela importunou você? – Perguntou, tranquilo, erguendo o queixo dela com a ponta do dedo.

Alay: Não. Eu sou a dona da casa, mesmo. – Provocou, dando de ombros e sorrindo.

Pablo: Ah, você é? – Perguntou, sorrindo de volta, enquanto abraçava ela pela cintura.

Alay: Sim, eu sou. Não sabia? – Perguntou, divertida, enquanto colocava as mãos nos peitos dele.

Pablo: Eu desconfiava. – Retribuiu, antes de beija-la.

Para Alay, não havia nada mais doce, mais desejável que os beijos do marido. Era algo que tirava todos os sentidos dela. Pablo sempre foi possessivo com ela, e isso não mudou. Quando se beijavam, ele costumava pressionar ela contra seu corpo, prendendo-a pra si. Isso descontrolava Alay completamente.

Pablo: Vamos parando. – Murmurou, sorrindo de lado e de olhos fechados, quando, após o termino do beijo, a esposa lhe beijou o pescoço.

Alsy: Porque? – Murmurou contra a pele dele, enquanto o puxava mais pra dentro do quarto.

Pablo: Porque sim. Eu preciso ir trabalhar. – Disse, sentindo os lábios dela lhe acariciarem.

Alay: Não precisa, não. – Disse, abrindo os primeiros botões do colete dele.

Pablo: Petit. – Murmurou contra o pescoço dela, quando sentiu as mãos dela lhe entrarem por debaixo da camisa, acariciando-o lenta e excitantemente com as unhas.

Alay: Sim? – Perguntou, deliciada na pele clara do marido.

Pablo: Não. – Ele tirou as mãos dela de si, antes que não pudesse mais.

Alay: Não me deseja? – Perguntou, desapontada e frustrada.

Pablo: Tola. – Condenou, abraçando-a novamente. – Cada pedaço seu me excita. – Ele disse com o rosto ao lado do rosto dela, acariciando lhe a cintura – Meu maior desejo era lhe jogar nessa cama, e te possuir até não poder mais. – Ele viu a pele da mulher se arrepiar

Alay: Então porque não o faz? – Perguntou baixinho, presa ao peito dele, com as mãos em seus braços, por cima da camisa.

Pablo: Porque você ainda não está completamente recuperada. Eu não quero te machucar ainda mais. Nós não queremos isso, não é? – Perguntou, paciente, erguendo o rosto dela pra si. Alay suspirou, vencida – Não faça assim. – Pediu, selando os lábios no bico que ela fazia – Pense... – Ele aproximou o rosto do dela, deixando sua boca a milímetros de seu ouvido – Nós ainda temos a noite inteira. – Alay estremeceu e sorriu, pela expectativa.

Alay: Eu estarei esperando. Não demore. – Ela acariciou o rosto dele.

Pablo: Logo vou voltar. – Ele beijou a palma da mão dela – E amarei você de todas as maneiras, se ainda me quiser. – Ele sorriu, e Alay retribuiu o sorriso, apaixonada.

Pablo beijou-a novamente, por minutos, e, após abotoar o colete novamente, se foi, deixando Alay sozinha, com o amor pulsando por cada veia que possuía.

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora