CAP-13

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Os dias foram passando, lento e normalmente. Alay e Pablo brigavam constantemente. Alay resolvera canalizar sua dor em outro sentimento: Raiva. Rafael virara vicio pra Alay, passava horas com ele. Larra e benjamim estavam a cada dia mais ligados.

Rafael: Uma flor pelos seus pensamentos. - Puxou uma flor de um arranjo da sala e pôs na frente de Alay

Alay: Ahn? Ah, não é nada. - Sorriu. Rafael virou a cara e levou a rosa consigo.

Rafael: Não quer conversar? - Ele se sentou perto dela. - Sabe que pode confiar em mim. - Ele pegou a mão dela.

Como sempre, o toque de Rafael era frio como gelo. Mas isso não impediu Alay de aquecer pelo toque com a pele dele.

Alay: Tudo bem, meu casamento é uma farsa. - Ela suspirou - Pablo não me suporta. Você deve ouvir as nossas brigas.

Rafael: Bom, eu não quero piorar seu humor, mas creio que Seattle inteira ouça as brigas de vocês. - Alay riu

Alay: Eu não sei mais o que fazer. - Ela sorriu, triste - Tem horas que eu tenho vontade de desaparecer.

Rafael: ROSE! - Berrou, assustando Alay. A voz de Rafael era forte, ela se arrepiou, involuntariamente.

Rose: Sim, senhor? - Perguntou, aparecendo na sala

Rafael: Mande selarem o meu cavalo, preciso dele. - Rose assentiu e saiu - Bom, quanto ao que fazer, eu não posso ajudar. Mas em relação a sumir, eu creio que sei de alguma coisa.

Alay: De que?

Rafael: Vem. - Ele levantou e puxou ela pela mão, levando-a pra fora da casa.
Rafael levou Alay até a frente da mansão, onde o cavalo negro dele esperava os dois. Rafael levantou Alay com a maior facilidade sentada de lado no cavalo, e montou atrás dela.

Rafael: É melhor se segurar. - Avisou, divertido

Alay: Estou morrendo de medo de você. - Revirou os olhos

Quando ela disse isso Rafael riu. Ela achou que estivesse voando, perante a velocidade que o cavalo tomou. Os jardins passavam por eles rapidamente, sem muitos detalhes. Quando Alay já estava se acostumando com isso, Rafael parou na frente de uma casa. Na verdade era a ruína de uma casa, pequena, rodeada de plantas até a altura do joelho, a pintura velha, descascada. Alay não conhecia essa parte da propriedade, era longe demais da mansão.

Alay: Porque me trouxe aqui? - Perguntou confusa, ao ver Rafael descer do cavalo

Alay: O que é isso?

Rafael riu e puxou Alay do cavalo. Ambos foram até a porta da casinha. Rafael tirou uma chave do colar que usava, e abriu a porta. Abriu com facilidade, pra a degradação que aquele lugar estava. Alay se maravilhou ao ver o interior. Se ela não tivesse visto a casinha por fora, não acreditaria que era velha. O interior era todo em madeira nova, tinha uma poltrona, uma lareira pequena, uma cama média, uma prateleira com livros, e um tocador de disco. Era completamente aconchegante.

Rafael: Pros momentos que se quer sumir. - Ele olhou em volta - Não é grande coisa, porém, ninguém sabe da existência desse lugar, só nós dois. - Ele tirou a corrente - É sua.

Alay: Que? - Ela olhou a chave que ele lhe dava - Não, não precisa Rafael, sério. - Ela sorriu, atônita

Rafael: Você precisa mais que eu. É bom pra ter paz. - Ele pegou a mão dela e pôs a chave - Quando eu precisar, você me empresta. - Ele sorriu e piscou pra ela

Alay sorriu, olhando em volta. Aquele lugar era tudo o que precisava.
Alay: É perfeito. - Disse após algum tempo, caminhando pelo pequeno chalé. Rafael sorria pra ela. - Ah, obrigada! - Ela se atirou nele, abraçando-o com força

Abraçar Rafael era como abraçar uma estátua de pedra, mas Alay adorava assim. Rafael abraçou-a de volta e lhe beijou o cabelo, ainda sorrindo. Os dois ficaram no chalé por um bom tempo. Rafael tirou um bule, uma enorme jarra de leite e uma pedra média de chocolate de uma banqueta perto da lareira. Ele acendeu o fogo enquanto Alay partia o chocolate e colocava no leite. Depois, conversaram, riram. Aquele lugar era um sonho, fazia ela esquecer de tudo o que vivia.

Alay: Seu cavalo não gosta de mim. - Falou olhando o enorme cavalo preto, que não tava nem ai pra ela.

Rafael: Jake. - O cavalo olhou - Cumprimente a Lay. - O cavalo, como se entendesse, encostou em Alay, passando o focinho de leve por sua mão, ela riu.

Rafael colocou Alay no cavalo e montou atrás dela. Eles voltaram mais devagar do que na ida, conversando, observando o sol se por. Alay se sentia plena ali, nos braços dele.

Pablo: Rafael está próximo demais da Alay. - Disse olhando pela janela do segundo andar, vendo Rafael e Alay se aproximarem, galopando no cavalo

Benjamin: Eles são só amigos, é impressão sua. - Disse, destraido com os papéis.

Pablo: Eu não costumo me enganar. - Disse com a expressão dura, quando Alay gargalhou enquanto Rafael parava o cavalo na frente da mansão - Mas dessa vez, pela integridade dessa familia, é bom que eu esteja. - Ele virou o rosto com desgosto e saiu da janela.

O jantar daquele dia foi como todos os outros. Alay estava mais alegre, mas Larra parecia ansiosa. Assim que todos seguiram pros seus quartos, Larra chamou Benjamin.

Larra: Ben. - Benjamin olhou pra ela, terminando de desabotoar o colete - Vem aqui comigo. - Ela bateu na cama do lado dela. Benjamin sorriu e foi.

Benjamin: O que você tem? - Ele perguntou, antes de beijar a mão dela - Passou o dia todo nervosa, alerta. Aconteceu alguma coisa?

Larra: Ah, eu estou nervosa sim. - Ela se balançou na cama, Benjamin riu - Não ri, Ben. - Fez bico.

Benjamin: Tudo bem, não rio. - Ele selou os lábios com os dela, desfazendo o bico - Diga-me, quem mexeu contigo? - Ele alisou a mão dela, enlaçando os dedos.

Larra: Eu não sei como falar. - Ela estava atônita quando trouxe a mão dele, colocando-a em cima do ventre - Ben, tem alguém aqui. - Ela apertou a mão dele em cima da barriga

Benjamin: Não tô entendendo, La. - Ele alisou a barriga dela

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora