CAP-12

7K 635 18
                                    

Era quase meio dia quando A&R voltaram pra casa. Alay estava cansada. Quando chegaram na escadaria da mansão, Rafael carregou ela, que gritou, surpresa, mas depois riu, balançando as pernas. Ao entrarem em casa encontraram Ster na sala. A menina, vendo Alay no colo do irmão, riu e foi até eles, animada. Rafael pôs Alay no chão, fingindo estar todo quebrado. Ela deu um tapinha nele, mas continuou a rir. Resolveu ir tomar um banho antes do almoço, estava soada.

Pablo: Posso saber onde você estava? - Perguntou, sério, quando ela, ainda sorrindo, entrou no quarto.

Alay: Deus, que susto. - Pôs a mão no peito - Estava caminhando com Rafael. - Respondeu simples, rumando o banheiro.

Pablo: Porque? - Perguntou indo atrás dela. Quando entrou no banheiro, Alay já havia tirado os sapatos, e estava prendendo o cabelo

Alay: Porque eu estava entediada. - Respondeu sem dar atenção.

Pablo: Não saia mais sem me avisar. - Pediu, frio.

Alay: Desculpe? - Ela franziu a sobrancelha, se virando pra ele, enquanto desamarrava o vestido - Agora vou ter que te dar satisfação se resolver ir lá fora?

Pablo: Me deixa atordoado não saber onde você está. - Disse, duro. Alay se perdeu. Ela devia considerar isso um ponto positivo? Não, o olhar dele era frio, era só obsessão.

Alay: Me poupe. - Disse sem paciência, terminando de tirar o cordão do vestido. Tirou o mesmo, ficando apenas com a roupa de baixo. Pôs o vestido numa bancada.

Foi quando ela sentiu as mãos de Pablo puxando-a. Ela se desequilibrou, entrando no box, debaixo da agua. Antes que pudesse reclamar, os lábios dele se encontraram com os dela, e mais uma vez tudo tinha se perdido. Ela nem reclamou, apenas o beijou. Queria tanto que isso pudesse acontecer normalmente, sem brigas depois. Enlaçou os braços no pescoço dele, sentindo ele entrar debaixo d'agua junto com ela.

Alay: Não... - Ela resetou ao sentir ele desamarrar a sua roupa debaixo. Estava se sentindo fraca, não sabia se era por causa da agua, ou por ele.

Pablo: Sim. - Ele terminou de desamarrar a roupa dela e se afastou pra tirar a camisa e o sapato.

Pablo prensou Alay contra a parede e instigou-a de todos os modos possíveis. Ela sentia o corpo queimar, inflamar. Pra ele também não estava sendo fácil. Ambos respiravam com a boca. Alay estava longe até que sentiu as mãos dele adentrando por seu cabelo molhado, e em seguida puxando-o com um pouco de pressão.

Pablo: Prometa que vai avisar. - Brincou, com um sorriso perverso no rosto

Alay: Estúpido! - Disse com raiva, estapeando ele.

Pablo riu, uma das poucas vezes que ria sinceramente. Segurou as mãos de Alay, e a beijou de novo. Era tão perfeito sem aquela mascara fria. Os minutos se passaram, e parecia que a agua iria evaporar dentro do box, perante a temperatura que ali estava. Alay acordou ao sentir Pablo lhe puxar pra cima, enlaçando as pernas dela em sua cintura.

Alay: Devagar. - Pediu, um pouco temerosa

Pablo: Confie em mim, não vou te machucar. - Disse, rouco. Então ela sentiu ele começar a lhe invadir.

Pablo sentiu as unhas de Alay se cravarem em suas costas, cada vez com mais força, a medida em que ele ia possuindo-a. Por fim, ele a muito custo, brigando com seu instinto, ficou quieto, dando tempo pra ela se acostumar. Alay tinha o rosto enterrado no ombro dele, as sobrancelhas franzidas. As lembranças da noite da sala não eram nada comparado a isso. Agora não doia, mas lhe dava prazer, um prazer tão que chegava a dar agonia. Ela suspirou fundo quando sentiu Pablo começar a se mover.

Tempos depois, a visão de Alay escureceu, e seu corpo foi levado por uma sensação boa, chegava a ser anestésica. Pablo deu um sorriso de canto ao ve-la desfalecer. Pouco tempo depois foi a vez dele, que deixou escapar um pequeno gemido, antes de deixar o rosto descansar no dela. Alay já havia se recuperado, agora olhava pra frente, os pensamentos longe.

Pablo: Termine o seu banho. Eu vou estar lá em baixo. - Ele disse, sem expressão no rosto, um tempo depois, se enrolando em uma toalha e saindo do box, em seguida do banheiro.

Alay observou o marido sair do banheiro. Uma dor sufocante lhe engoliu, e ela encostou a cabeça no azulejo do banheiro, enquanto as lágrimas começavam a brotar. O que ela fizera pra merecer isso?

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora