CAP-74

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Os dias foram se passando, calmos e tortuosos, até que se tornaram meses. Não houveram mais brigas entre Alay e Luciana, mas isso não impedia de ela trocarem farpas. Diogo era o orgulho da vida de Benjamin. Dulce era uma menina saudável, feliz. A felicidade de Alay não podia ser maior.

Luciana: Minha barriga parece que vai explodir. - Se queixou, alisando a barriga, na sala de estar, certa noite.

Rafael: Logo o motivo pela explosão estará aqui. - Consolou, abraçado a mulher, que sorriu e o beijou. Alay sorriu, abraçada a Pablo. Gostava quando todos estavam em paz. Porém, a paz de Larra estava demais. Alay sempre gostava de ouvir a tagarelice da irmã, lhe divertia. Mas hoje ela estava quieta. Não se abraçara, nem acariciara Benjamin uma única vez. Estava respirando, calma, com o cenho entre - franzido, olhando a barriga. Alay encarou a irmã, esperando por algo. Até que com um suspiro forte, Larra fechou os olhos. Em seguida olhou pra irmã, e não precisava ser dito mais nada.

Alay: Tire Benjamin daqui. - Murmurou no ouvido do marido, antes de dar-lhe um beijo molhado ali. Pablo sorriu.

Pablo: Porque? - Perguntou, beijando o ombro dela.

Luciana: Ai! - Gemeu, com o rosto franzido, segurando a barriga.

Alay: Não, por favor. - Pediu pra si mesma, olhando a loira.

Rafael: O que foi? - Perguntou imediatamente, preocupado.

Luciana: Minha barriga. - Disse, estranhando a dor repentina - Tem algo errado. Está... - Ela perdeu a fala, tentando entender a dor. Luciana e Larra: AI! - Larra, sem conseguir mais se controlar, gemeu, fazendo coro com a loira.

Benjamin: Larra? - Perguntou, alarmado.

Pablo: Era isso? - Perguntou, olhando a mulher.

Alay: Era. - Ela respirou fundo - Puta merda, as duas de vez. - Se queixou, se levantando.Uma coisa era certa. Ninguém dormiria na mansão Deville, naquela noite. Rose se apressou a chamar a parteira. Alay ficou meditando, se preparando psicologicamente pra dois partos. Pablo riu disso.

Pablo: Amor?
Alay:AAAAAAAAAAAAAAAAAAUUUM. - Respondeu, de olhos fechados.

Pablo: Lay, aqui. - Ele estralou os dedos na frente dela.
Alay:Eu disse AAAAAAAAAAAAAAUUUM. - Respondeu, de olhos fechados.Todos já haviam saído da sala, Benjamin com Larra e Rafael com Luciana.

Pablo segurou o rosto dela com uma mão e a beijou, pegando-a de surpresa. A única coisa que ela sentiu foram os lábios dele oprimindo os seus, e a língua dele invadindo sua boca. Depois ela correspondeu o beijo, e não havia sensação no mundo que correspondesse. O beijo, como sempre, durou mais do que devia. Quando Alay viu, Pablo estava puxando ela, aos beijos, pro seu colo. Ela, fêmea que era, enlaçou as pernas na cintura dele, permitindo o contato intimo dos dois. Até que ele, rindo, terminou o beijo.

Alay: O que...? - Perguntou, desapontada.

Pablo: Tem dois partos a serem feitos, e eles precisam de você. - Ele beijou ela novamente - Boa sorte. - Desejou, com os lábios colados aos dela, sorrindo.

Alay: Vagabundo. - Murmurou, antes de empurrar ele, estapeando seu peito. Pablo riu e mandou um beijinho pra ela.

Pablo viu a mulher sair da sala, ajeitando o vestido e o cabelo. Quando chegou no segundo andar, estava complicado. Larra estava deitada em um lado de uma cama de casal, do quarto de hospedes, e Rafael lutava pra colocar Luciana no outro, sem conseguir.

Rafael: Luciana, em nome de Deus! - Pediu, atordoado.

Luciana: Isso dói! - Se queixou, já chorando, enquanto ele tentava deitar ela.

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora