CAP-87 (FIM)

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2 meses depois...

Todos os Deville estavam do lado de fora da mansão, no jardim. O tempo estava bom. Dulce corria com Diogo, e as outras crianças. Johanna e Victoria engatinhavam, sorridentes ali. Ethan, que foi o nome que P&A deram ao filho, estava tranquilo, em seu carrinho de bebê. Alay, de repente, se lembrou do que Rafael lhe dissera uma vez. Que um dia todo aquele pesadelo acabaria, e que nós veríamos essa mansão cheia de crianças rindo. Bom, bendito seja, era verdade. Não havia uma sombra naquela mansão, pra lembrar de como era na noite sombria em que Alay chegou ali. Então, algo bateu na mão de Alay. Ela olhou, curiosa. Era uma luz amarela, dourada. Sol. Ela olhou pra cima, e do céu claro, saiam algumas faisquinhas de sol. Imediatamente seu olhar correu pro marido; não porque ela ainda achava que ele fosse um vampiro, mas porque ela nunca o vira no sol. Aparentemente Pablo pensara o mesmo, porque parou de correr atrás de Dulce e olhou pra ela, estendendo as mãos, deixando-as expostas ao sol. Alay fez uma careta, e ele sorriu, radiante, olhando a filha, que corria longe dele, com os cachos castanhos voando no ar, e foi em direção a esposa.

Pablo: Bom, o sol também não me causa nada. – Brincou, abrindo os primeiros botões de sua camisa. Estava sem o colete e sem o terno, só com a camisa de botões e a calça. 

Alay: Cala a boca. – Disse, se abraçando a ele. Ethan deu um gritinho, atraindo a atenção dos pais. Era Pablo, pequeno. Não tivera os olhos de Alay. Tinha os olhos de Dulce. Os olhos de Pablo. O menino sorriu ao ver os pais abraçados. – Como você adivinha o que eu estou pensando? – Perguntou, erguendo a cabeça pra ele.

Pablo: É intuição. – Disse, olhando-a – Juro! – Alegou, vendo a cara de descrença da esposa.

Alay: Vou fingir que acredito. – Disse, virando o rosto pro outro lado.

Pablo: Não, petit. – Disse, rindo – Tudo bem, vamos lá. A maioria das vezes é intuição. Algumas não. Tipo, quando Dulce está por perto, quando ela chega, as vezes eu posso sentir.  também. – Ele disse, explicando a estranha mania que ele tinha de adivinhar quando o filho ia acordar, ou quando estava chegando – É como se algo me avisasse: Eles estão aqui. E eles realmente estão. Simples. – Explicou, sorrindo. – Com você é diferente. Eu acho que meu coração sente quando você está por perto. – Disse, encarando ela, que sorriu.

Alay: Uma coisa que eu... eu sempre quis saber. Mas não fique mal. – Pablo deu os ombros – Na primeira vez que Rafael e eu... – O sorriso de Pablo se fechou – Na primeira vez em que ficamos juntos. – Resumiu – Você voltou todo molhado de chuva, transtornado. Aquilo foi intuição também?

Pablo: Aquilo foi o maior tipo de tortura pelo que eu já passei. – Explicou, se lembrando – Em um minuto eu estava bem, mas no outro, era como se alguém enfiasse a mão no meu peito e tentasse tirar algo de mim a força. E então eu sabia que deveria estar em casa. Eu vim, o mais rápido, mas a chuva não ajudou. E quando eu cheguei aqui, você... você tinha o cheiro dele. E eu sabia o que tinha acontecido, mesmo sem querer saber. – Terminou, acariciando o cabelo dela.

Alay: Tudo bem, esqueçamos isso. – Disse, abrindo um sorriso forçado, e ele riu. Nessa hora Benjamin passou pelos dois correndo atrás de Diogo, que caíra, e agora ria no chão. Alay se abraçou ao marido, olhando a mansão, estranhamente iluminada pelo sol. Até que ele falou.

Pablo: Estive pensando. – Ela olhou pra ele – Vou mandar reformar o terceiro andar, e ocupar com brinquedos, pra as crianças. – Alay o observou – Eu te prometi que um dia desocuparia aquele lugar. Como você se encarregou disso antes, eu estive pensando, é muito espaço desperdiçado. E as crianças não vão poder brincar aqui fora o tempo todo, a chuva não vai deixar. – Alay sorriu.Era bom ver que Pablo pensava no futuro deles, um futuro tranquilo, feliz.

Quanto ao futuro... O futuro, em si, era promissor. Alay e Pablo ficariam juntos, felizes, apaixonados e fogosos até o ultimo momento. Eles não teriam mais filhos.

Larra seria de Benjamin até o fim, assim como Luciana seria de Rafael. O chalé ficaria largado ao esquecimento, sem mais visitas: ninguém nunca mais teria vontade de sumir.

Dulce seria considerada a encarnação da pura beleza, com seus cachos escuros até o meio das costas, suas curvas; tão generosas quanto as da mãe, sua pele pálida, e seus olhos, duas esmeraldas vivas. Seattle em toda sua história nunca ouviu falar de um homem mais cobiçado quanto Diogo seria. Uma vez crescido, ele se parecia mais que nunca com o pai, um belo garanhão. Victoria teria, sim, os cabelos vermelhos: outro mistério.

Guilherme e Ana tiveram seus gêmeos, Allie e Noah, e mais outros que viriam depois. Ster se tornaria uma linda menina, apegada a Pablo mais que a qualquer outra pessoa. Johanna seria Rafael em sua forma feminina. Seus cabelos seriam da cor de bronze, e os olhos, topázio. Rafael, Pablo e Benjamin afugentariam vários homens, protegendo suas “pequenas”.

Alay, Larra e Luciana ririam disso. Ethan seria o orgulho do pai. Théo continuaria tendo suas “visões”, e continuariam não acreditando nelas.

Pedro morreria em uma manhã chuvosa, sozinho, na sala de estar de sua casa, sem antes ver os netos. Ninguém jamais ouviu falar no nome de Lorena.

Mas isso era no futuro. O presente ainda estava aqui, os bebês eram só bebês, e a realidade era o melhor que podia se pedir.

Pablo: Eu te amo. – Disse, repentinamente.

Alay: Eu também te amo. – Disse, sorrindo, confusa pra ele.

Pablo: Meu pecado original foi ter amado você, enquanto te odiava. – Confessou, tirando as madeixas escuras do rosto da esposa.

Alay: E o meu foi ter admitido pra mim mesma te amar. Mesmo você sendo a causa de tanta dor. Parecia que quanto mais você me fazia sofrer, mais eu era capaz de te amar. – Ela fez uma careta, e ele sorriu.

Pablo: Você me perdoou por isso, não é? – Perguntou, parecendo desconfiado.

Alay: Você me perdoou por tudo o que eu fiz? – Rebateu, erguendo a sobrancelha pra ele, mas sorria. Pablo ficou calado, observando ela, com um sorriso de canto. Como era possível amar alguém tanto assim? 

Alay: Meu pecado. – Murmurou, encarando ele, e já não sorria.

Pablo: Meu amor. – Respondeu no mesmo tom, e, com um suspiro, inclinou o rosto pra ela, tomando sua boca em um beijo apaixonado e cheio de promessas.E não haviam mais problemas pra se preocupar. Não havia mais dor pra se sentir. Não haviam mais pecados para cometer. Não haviam mais traições, pelas quais sentir remorso. Não haviam mais erros pra se arrepender. A felicidade estava bem ali, dentre eles, no alcance das mãos

        Fim

Bom pessoal este é o fim da história do pecado Original de Alay e Pablo espero que tenham gostado   TODOS OS CRÉDITOS DESTA HISTÓRIA PERTENCE A SAMILA DIAS QUE E A AUTORA .

EU  GOSTEI TANTO DA HISTÓRIA QUE ACHEI QUE MAIS GENTE MERECIA CONHECER  ENTAO RESOLVI REPOSTAR COM MEUS PERSONAGENS BOM E ISSO

FIM

Original SinOnde histórias criam vida. Descubra agora