Nova Era - Cap. 18

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-Está com fome?

-Não. Comi o suficiente na festa.

A menina olhou a sua volta. A casa continuava vazia com o pouco que tinha restado desde que ele teve o acesso de fúria e quebrou tudo.

-Não vai mais redecorar a casa?

- Vou ampliá-la primeiro.

-Por causa do bebê?

Ele deu de ombros.

-Fiz a casa para mim. Agora você está vindo e a criança chegará em breve. Vamos precisar de mais espaço.

-Esse tamanho é bom o suficiente.

O casal se olhou e havia uma estranheza entre eles.

-Quer tomar banho? Deve estar cansada.

-É, acho que um banho ia ser bom.

Rico entregou a ela toalhas e a observou se afastar. Ele se sentiu confuso porque não entendia qual era a restrição dela. Ele tinha ido buscá-la e pediu perdão. Fez a saudação ao filho, abriu os presentes e se portou bem na festa, mas alguma coisa ainda a mantinha distante dele.

Rico sentou-se na varanda pensativo e achou que talvez, sua rejeição inicial tenha sido tão ruim para os sentimentos dela que não teria mais volta. Ele afundou em sua desgraça, tinha que arrumar uma maneira de fazê-la voltar a ser como era antes quando se derretia em seus braços e implorava para que ele a tomasse com voz manhosa e sussurrava palavras de amor pra ele.

O Curupira sentiu seu corpo se acender apenas com a lembrança dela tão entregue a ele. Os mitos não podiam tocar suas favoritas gestantes, mas ele sabia que os animistas não se restringiam de estar com suas esposas ainda que estivessem grávidas. Ele não tinha certeza se devia estar com Clara intimamente. Era um mito e deveria preservar seus costumes.

Na verdade ele sequer sabia se ela queria estar com ele. Talvez ele devesse dar um tempo à ela e esperar até que estivesse mais tranquila e segura novamente.

Ele estava envolto em suas dúvidas quando ela apareceu na porta. Rico prendeu a respiração porque por Deus do céu que ele tinha que ser de ferro para resistir a ela. Os cabelos estavam úmidos e ela vestia um pijama de verão muito curto e transparente. O vento trazia o cheiro inebriante de pele fresca e os olhos do Curupira focaram os detalhes do corpo dela. Ele sentiu o desejo explodir dentro dele e se levantou.

Ela o olhava com certa timidez e quando ele tocou a pele macia da curva do seu pescoço a

menina sentiu seu corpo todo arrepiar.

Clara tinha tomado um banho demorado porque precisava pensar. Pensar em tudo que aconteceu durante sua jornada de volta á floresta. O namorado tinha feito as coisas conforme tinha que ser, mas ela não sentia que Lekan era importante o suficiente pra ele ainda. Como o pai tinha lhe dito, seu bebê era algo estranho à cultura que Rico estava habituado e ela teria que ensiná-lo a amar o pequeno.

Na hora da saudação de boas vindas ao filho, ela quase acreditou que era verdadeiro, mas então, minutos depois se lembrou de todas as palavras duras que ele tinha lhe dito sobre ter um filho com ela e soube que ele estava apenas tentando não desapontá-la na frente de todo o seu povo.

A água corria pelo seu corpo e a menina se olhou. Havia uma alteração em sua barriga de quase cinco meses e seus seios estavam bem modificados. Clara sorriu feliz e colocou as mãos sobre eles. Estavam bem cheios, redondos e muito duros.

A animista podia ainda sentir que seus hormônios estavam a mil por hora. Só de saber que Rico estava do outro lado da parede já se sentia desejosa dele. Clara tinha seu apetite sexual bastante elevado por seu apadrinhamento felino e era certo que a gravidez subiu essa escala uns bons pontos.

O CURUPIRAOnde histórias criam vida. Descubra agora