Vou Morrer?

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Hoje não acordei tão bem, então nem fui para o colégio.
Estou com uma dor de cabeça forte, e com enjôo também. Mas não faço a menor ideia do que seja, espero que seja só uma virose.

Já até liguei para minha mãe, e ela mandou que eu tomasse uns remédios, mas eu já bebi e nada.

Eu odeio esperar, e sinceramente se eu tomo um remédio é pra ação imediata, e não esperar a boa vontade dele reagir dentro de mim.

Não gosto de preocupar as pessoas, então a única pessoa que eu avisei foi a minha mãe.

Vou voltar a dormir, talvez quando eu acordar, já esteja melhor.
Coloquei o celular desligado do meu lado na cama.

Dormi umas duas horas seguidas, mas acordei pior do que antes.

Eu deveria ir no hospital, não é?! Mas eu vou ficar bem... Eu acho.

Eu levanto ainda com o meu pijama, e com a cara mais triste possível. Eu odeio ficar doente.

Vou tentar comer algo, tô fraca... E meio tonta. Mano... Eu tô mal.

Vamos lá, vai dar certo. Vou ficar bem.

É notório que estou doente, quando eu acho o que comer, e não sinto fome!

Eu volto pro meu quarto e deito na cama de novo, estou muito cansada... E cansada de não fazer nada.

Ok. Vou fazer a minha fotossíntese.

Me viro para um lado, me viro para o outro, vontade de vomitar, vontade de explodir. Sei lá o que eu tenho.

Estou tão desligada, que esqueci até que eu tinha celular. Procuro ele pela cama, até que eu o acho e vejo que estava desligado.

Ligo o celular e me espanto com o tanto de chamadas perdidas, tinha até chamada do Lucca! Fora as mensagens que até travaram meu celular.

Minha mãe mandou mensagem para mim, perguntando se eu estava melhor, e tem mensagem da Louise também;

/Mensagens/

Isy: Amiga, me responde! Você tá bem??? √√
Isy: Sério, tô muito preocupada. Mas não só eu, o Pedro ta quase surtando! Ele esqueceu o celular hoje, e está tentando ligar do meu celular para o seu, e ta indo pra caixa de mensagens. Da sinal de vida! √√
Maju: Oi amiga. √√
Isy: CARA, ONDE VOCÊ TA? PORQUÊ NÃO VEIO HOJE? √√
Maju: Tô em casa amiga, e não estou me sentindo bem. √√
Isy: Ô amiga, você poderia ter avisado! Você não é de faltar, embora você não goste de estudar, tu nunca falta! Você já tomou remédio? Já foi no médico? √√
Maju: Não, amiga. Tô aqui fazendo minha fotossíntese.
Isy: O Pedro quer falar com você, ta? Vou passar o cell para ele. √√
Maju: Que comece o discurso. √√
Isy: VOCÊ NÃO FOI PRO HOSPITAL? √√
Maju: N-Ã-O √√
Isy: Porra, aí você força a barra, Maju! Olha, eu vou aí ta bom? √√
Maju: Mas você ta em aula, maluco. √√
Isy: Foda-se, você ta doente! Eu tenho que fazer alguma coisa! Pego a matéria com o Lucca depois! √√
Maju: Você é doido.√√
Isy: Fica quietinha aí, não se move. √√
Maju: Suave. Vou continuar aqui... Fotossitetizando, se é que essa palavra existe, tô sem forças pra pensar. √√
Isy: Ai ai ai! Tô indo!

Ok, missão de não preocupar pessoas: Fail.

Passados uns 15 minutos o Pedro chegou, e eu tinha certeza absoluta que era ele, porque tocou a campainha quinhentas vezes em cinco segundos.

Desci as escadas devagarinho, porque eu ainda estou tonta.

Abro a porta;

Pedro: Maju! Ufa, ta viva!
Maju: A-Ai não me aperta muito, meu corpo ta doendo.
Pedro: Vai, coloca um casaco, vou te levar agora pro Hospital, ah, e antes da senhorita ficar de Mimimi, saiba que não vai me convencer.
Maju: Af
Pedro: É pelo seu bem!
Maju: Ta bom, espera só mais um pouquinho.
Pedro: Tenho todo tempo do mundo.

Subi devagarzinho as escadas, peguei um casaco e desci.

Pedro: Você ta pálida... Eu vou chamar um táxi.
Maju: T-Taxi?
Pedro: Você tá muito mal! Você comeu algo?
Maju: N-Nada.
Pedro: Mano do céu!
Maju: Eu... Não... Tô bem...
Pedro: Caraca, vem. - ele me pega no colo.
Pedro: Você vai desmaiar, se segura bem em mim.
Maju: ta... T-ta, me ajuda...
Pedro: Vou te ajudar minha linda! Não fala nada mais não. Fica quietinha.

A gente sai de casa, o Pedro desesperado, e eu quase apagando.

Minha mãe hoje está trabalhando no Hospital da cidade ao lado, e o Pedro está me levando para o mais próximo.

Assim que chegamos no hospital, as recepcionistas viram a situação em que eu cheguei, e já me encaminharam logo para a emergência.

Me levaram para uma sala muito gelada, e colocaram um soro na minha veia.

Maju: Pedro?
Pedro: Tô aqui.
Maju: Desculpa ta?
Pedro: Não precisa pedir desculpas.
Maju: Tu perdeu aula por minha culpa.
Pedro: Relaxa, você sabe que eu não gosto de estudar mesmo... - eu tento dar um sorriso.
Pedro: Fica quietinha, não se esforça. Eu vou ficar aqui com você.
Maju: Obrigada.

Depois de uns séculos para aquele soro acabar, o doutor entra na sala.

Doutor: Olá.
Maju: Oi!
Pedro: E aí, doutor? O que ela tem?
Maju: Eu vou morrer?
Doutor: Não, moçinha. Não vai morrer.
Pedro: Uffa!
Doutor: Maaas...
Maju: Maaaas...
Pedro: Maaaaaas...
Doutor: Alguém aqui está anêmica.
Maju: Nossa...
Pedro: Sério, Doutor?
Doutor: Sim, meu Jovem. Ela apresenta vários sintomas.
Pedro: E isso tem cura?
Doutor: Se ela se cuidar direitinho, ela pode evitar que o problema piore.
Pedro: Ouviu, moçinha? Ela é muito Teimosa doutor!
Maju: Não sou!
Pedro: É sim!
Doutor: Vou passar aqui uma lista de remédios para ela,e você como um bom namorado, vai falar com os Pais dela.
Maju: Ta vendo? Você como um BOM NAMORADO tem que informar a sua sogra e a seu sogro. - a gente ri.
Doutor: Do que vocês estão rindo?
Pedro: É que a gente não namora, doutor.
Doutor: Ah não? Que pena,vocês formam um casal muito bonito. - eu sinto meu rosto corar.
Doutor: Aqui a lista, e você já está liberada. - ele diz entregando o papel para o Pedro.

Eu levanto da maca, com aquela sensação horrível de quando você está em um hospital. Não sei como a mamãe aguenta.

Na saída do Hospital, fomos até a farmácia para pegar os remédios que o doutor receitou.

Maju: Se o nome já é Ruim, imagina o gosto?
Pedro: Nem começa, tu vai ter que tomar.

Depois de pegarmos os remédios voltamos para casa.

Maju: Mais uma vez, obrigada!
Pedro: Mais uma vez, não precisa agradecer.
Maju: Seria mancada da minha parte... Você tem sido um cara muito legal comigo.
Pedro: Tô tentando!
Maju: Ta conseguindo...
Pedro: Ainda bem. Agora eu vou deixar você descansar, e vou te mandar mensagens a cada dois segundos pra te lembrar de tomar os remédios.
Maju: Ta bom!

Pedro: Esses abraços que você me dá sem avisar são os melhores

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Pedro: Esses abraços que você me dá sem avisar são os melhores.
Maju: Porque são os que o coração manda no modo automático.
Pedro: Tchau, Maju. Se cuida, e se precisar, porfavor, avisa.
Maju: Fica tranquilo.

O remédio tem gosto de ferrugem! Não que eu tenha comido ferrugem antes, mas... Sei lá. É horrível.

Espero melhorar 100% logo.

Eu já tenho tanto o que agradecer ao Pedro. De verdade, ele ta se superando.

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