Adolescente Em Crise

Sorte ou Azar?

Eu realmente sou muito azarada.

Assim que acordamos, a Mãe da Louise recebeu uma ligação, e era do colégio, dizendo que A GREVE ACABOU! Porque???? O que eu fiz pra merecer tamanha injustiça?!

Maju: Af!
Isy: Que saco... Agora que a viagem tava ficando boa.
Maju: Pois é amiga, pois é! Eu nunca ví uma greve acabar tão rápido!
Isy: Devem ter desistido...
Maju: Devem ter sentido falta de nos torturar.
Isy: Falando em falta... Tô com saudade do Lucca.
Maju: Pelo menos agora cê já vai voltar, né.
Isy: Essa é a melhor parte de voltar. Porque o resto... Desnecessário.
Maju: Pois é.

Terminamos de arrumar nossas malas, para viajarmos de novo, afinal, nosso barato foi cortado.

Aposto que se eu estivesse em casa, a greve duraria três meses. Mas como eu estou em um lugar incrível, é claro que vai durar dois dias.

Eu deixei meu celular desligado dentro da mochila, e após esperar na rodoviária, nosso ônibus chegou.

E lá se vão horas e horas voltando para casa, com a bunda dolorida de tanto tempo sentada.

E para acabar com tudo, dessa vez tinha um bebê chorando descontroladamente. Na moral, eu estava com vontade de jogar ele pela janela.

Ok, eu sou um pouco agressiva, mas ninguém aguenta um bebê por horas e horas dando um show dentro de um local que não tem muitas opções de se livrar do barulho.

Depois daquele episódio do J.P, eu peguei trauma de bebês.

Parece que a volta da viagem sempre é mais rápida que a ida.

Quando chegamos, a mãe da Louise me levou em casa,

Mãe da Isy: Obrigada pela companhia, Majuzinha!
Maju: Eu que agradeço, Tia! - nos despedimos e eu entro em casa.

Oi, casa! Quanto tempo, não?!

Depois de muito tempo, eu lembrei que eu tinha deixado o celular dentro da mochila.

E fui correndo buscar, e mano, tinha tanta mensagem que meu celular travou.

E adivinhem de quem era a maioria?! Sim, era do Pedro. Ele se preocupa mesmo comigo...

Maju: TÔ AQUI! TO VIVA, TO INTEIRA! TO LEGAAAAL √√
Pedro: Pensei que tinha sido abduzida. √√
Maju: Já desisti dessa possibilidade. √√
Pedro: Onde você ta?!
Maju: Bom... Eu... √√
Pedro: Você... √√
Maju: Eu tô em casa, mano. √√
Pedro: EM CASA??? TIPO, A SUA??? ONDE VOCÊ MORA?? √√
Maju: Magina... √√
Pedro: Ta zuando?? √√
Maju: Não ué, sem zoa. Vem conferir então. √√
Pedro: PUTA MERDA, TO INDO AGORA, JÁ, NÃO SE MOVE, NÃO SAI DAÍ √√
Maju: Hahahaha, que bobo. Pode vir. √√

Ok, Maria Júlia. O Pedro vai chegar aí na sua casa em alguns instantes, e você ainda nem tomou banho.

Subi as escadas sem nem sentir os degraus, entrei dentro do banheiro tomei banho, e sai para pegar alguma roupa pra vestir.
Peguei um short, e uma blusinha. E vamos lutar para "pentear os cabelos" porque na verdade eu vou desembaraçar e fazer um coque.

Como já era previsto, o Pedro não demorou muito a chegar, e eu dessa vez tô tremendo, não sei o que deu em mim, mas estou nervosa. Até parece que é a primeira vez que eu vou ver ele.

Ainda tremendo, com o coração na garganta, pego na maçaneta, e abro a porta.

Pedro: Coisa! - ele diz me abraçando forte, muito forte... Forte demais.
Maju: Oi! Acho que alguém aqui esqueceu que malha... - digo em meio ao abraço.
Pedro: Ops... - ele fala me soltando devagar.
Maju: Tô aqui, cheguei! Para sua alegria, ou não.
Pedro: Ta brincando né?! Saber que você chegou foi a melhor notícia do dia!
Maju: Pode me dar mais um abraço, vai... - ele me abraça, só que dessa vez sem tanta força.
Maju: Vem, quer ficar aqui fora, ou quer entrar?!
Pedro: Na verdade eu ia perguntar se você não queria ir no shopping comigo.
Maju: Agora? Mas...
Pedro: Na moralzinha...
Maju: Ta vai, deixa eu colocar ao menos uma sandália.
Pedro: Vai lá, e coloca um casaco na cintura também, o clima daqui é bugado. Pode fazer frio ou calor do nada...
Maju: Mas ta mó calor...
Pedro: É melhor previnir.
Maju: Ta vai.