Capítulo 30

3.5K 257 14
                                    


Haydée vendo que a namorada não iria se controlar e que viria bomba por aí, para deixar a família a sós ela desce disfarçadamente e fala com os pais para eles irem para casa dela com a desculpa de descansarem. Eles se despendem de todos e no carro Haydée fala para os pais o que provavelmente estava acontecendo.

-Pobre menina! – fala Ellena – Espero que dê tudo certo.

-Filha, tenho uns documentos para lhe entregar do detetive da Espanha – fala Carlos – Estão na minha mala.

-Alguma novidade? – pergunta Haydée ansiosa.

-Caso concluído segundo ele – sorri Carlos.

-Só você mesmo para resolver isso pai. Os detetives daqui até agora não me informaram nada.

-Eu contratei o melhor da Espanha para que cuidasse do caso. Espero que no dossiê que ele me mandou estejam todas as informações. Ele me garantiu que o caso já estava resolvido.

-Que bom!

Assim que chegam à casa de Haydée. Carlos entrega à filha do dossiê. Esta pede licença e vai para o quarto lê todo o documento, ao fim da leitura Haydée estava nervosa, confusa e com medo de que aquilo pudesse ser de fato verdade. Para saber se o que continha ali era de fato verdade ou não, apenas uma pessoa poderia esclarecer. A vontade de Haydée era ligar imediatamente para a pessoa, mas não podia fazer aquilo no momento, esperaria mais um pouco.

Casa dos pais de Annie.

-Bom já que estamos todos reunidos temos algo para dizer a todos – diz o marido de Marisa cabisbaixo.

-O que está acontecendo? – pergunta Ângela nervosa.

- Carolina andava cansada, tendo desmaios, entre outros mal-estares. Preocupada eu a levei ao médico para que este a examinasse. O médico diagnosticou uma possível anemia, mas para confirmar foi se feito um exame de sangue. Nesse exame o médico verificou algumas anormalidades e pediu outros exames antes de dar qualquer diagnóstico para ela. Levantou-se a suspeita de ser uma leucemia – fala com a voz embargada, como Marisa não conseguia continuar seu marido seguiu com a explicação.

- A Carol foi submetida a um teste físico, e fez vários exames de sangue. Antes de o médico levantar qualquer suspeita, ele pediu que a Carol fizesse um mielograma que é o teste de medula óssea que vai confirmar se a Carol tem ou não leucemia – fala com a voz abalada.

Todos ficam em silêncio. Abalados com a notícia. Tentando ser otimista Ângela fala:

- Não há de ser nada. Nada foi confirmado, temos que ter esperança – e vai em direção a Marisa que ainda está chorosa – Tranqüila minha criança, nada há de acontecer com a sua menina.

Annie vai para casa muito abalada. Tenta em vão dormir, mas não consegue. Então ela vai para casa de Haydée.

- Te acordei? - pergunta ao ver que Haydée a encarava.

-Não. O que aconteceu? - disse ela, puxando-a para um abraço.

-O médico está suspeitando que Carol esteja com leucemia – diz com os olhos lacrimejados.

-Ei! É só uma suspeita, não chora amor – diz a abraçando forte.

Annie aninha seu corpo ao de Haydée e esta faz leves carícias até Annie dormir.

Os dias seguintes foram angustiantes para todos. Ninguém conseguia se concentrar no trabalho. Haydée mandou que Annie ficasse em casa que ela cuidaria da empresa junto com os outros funcionários. Annie foi para casa da mãe que estava assim como ela aflita à espera do resultado do exame. Quando este saiu todos ficam ainda mais abalados e angustiados. Carolina é diagnosticada com Leucemia Mielóide Aguda. E deve ser submetida à quimioterapia imediatamente.

Entendendo um pouco deste tipo de leucemia:

A leucemia mielóide aguda (LMA) é resultado de uma alteração genética no DNA de células em desenvolvimento na medula óssea. Esta alteração não é hereditária. A leucemia mielóide aguda (LMA) gera crescimento exagerado e acúmulo de células chamadas de mieloblastos ou "blastos leucêmicos", que deixam de funcionar como células sangüíneas normais. Além disso, a leucemia mielóide aguda (LMA) bloqueia a produção normal de células da medula, com uma deficiência de células vermelhas, plaquetas e de células brancas no sangue. A deficiência de células vermelhas causa a anemia; a de plaquetas causa hematomas e sangramentos; e a de células brancas aumenta o risco de infecções.

Geralmente, é difícil estabelecer as causas da leucemia mielóide aguda. Entretanto, alguns estudos relacionam a LMA à exposição a benzeno, à radiação ionizante, como houve em Hiroshima e à quimioterapia no tratamento de câncer de mama, ovário ou linfomas.

A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) pode ocorrer na infância, adolescência, entre adultos e idosos, mas predomina na infância, tanto em meninos quanto em meninas. O risco de apresentar Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é maior em pacientes portadores de algumas doenças genéticas como síndrome de Down, anemia de Fanconi e anemia de Blackfan-Diamond. Existe maior risco também em crianças previamente tratadas de outro tipo de câncer.

Os sintomas da leucemia mielóide aguda são: palidez, sangramentos sem motivo aparente e febre. Raramente, pode haver aumento das gengivas e inchaço das glândulas parótidas, mas quando aparecem costumam ser sintomas de leucemia mielóide aguda. É comum também aparecerem ínguas e aumento do baço e fígado. Cloroma, que é uma massa localizada de células tumorais, pode aparecer em qualquer região do corpo, mas principalmente atràs dos olhos e na epidural que é a membrana que recobre o sistema nervoso central. O cloroma pode aparecer antes da leucemia mielóide aguda atingir totalmente a medula óssea.

É comum também os pacientes com leucemia apresentarem infecções, anemia e sangramentos.

O médico faz um levantamento histórico, um exame físico, pede exames de sangue antes de fazer um primeiro diagnóstico da leucemia mielóide aguda. leucemia, No entanto, o mielograma que é a punção da medula óssea é que confirma ou descarta esse diagnóstico. O diagnóstico definitivo de leucemia mielóide aguda é feito através da análise microscópica da medula óssea e da realização de exames de imunofenotipagem que são exames que avaliam o tipo de leucemia. A análise das alterações genéticas das células blàsticas é feita por um teste de citogenética e envolvimento do sistema nervoso pode ser avaliado por meio da coleta do líquido cefalorraquiano, o líquor.

O tratamento quimioterápico inicial da LLA é chamado de indução da remissão. O objetivo desse tratamento é chegar à remissão, isto é, fazer com que as células blàsticas desapareçam da medula óssea. Quando a remissão é atingida, a produção normal dos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas é volta ao normal.

O programa geral de tratamento para leucemia mielóide aguda (LMA) é feito por quimioterapia acrescido do tratamento preventivo do sistema nervoso central. Pacientes que não respondem ao tratamento são candidatos ao transplante de medula óssea

Fonte: http://www.oncoguia.com.br/site/interna.php?cat=36&id=308&menu=2

Outro site de pesquisa: http://www.abrale.org.br/doencas/leucemia/lma.php

CicatricesOnde histórias criam vida. Descubra agora